A treta entre David Draiman e o Kneecap segue a todo vapor nas redes sociais. Na última declaração, o politizado grupo norte-irlandês de hip hop compartilhou uma imagem do vocalista do Disturbed assinando mísseis israelenses que foram usados na Faixa de Gaza, em 2024. Agora, o cantor americano explicou a situação de seu ponto de vista.
O desentendimento começou quando Tom Morello definiu a banda como “o Rage Against the Machine da atualidade”, o que desagradou Draiman, visto que o Kneecap ganhou manchetes por realizar críticas a Israel e defender a Palestina durante shows. Rebatido pelo grupo com a mencionada foto, David ofereceu uma tréplica via X/Twitter.
Ele disse:
“O negócio é o seguinte, e eu vou falar com vocês em palavras simples, para que entendam. Aquele míssil era para o HAMAS. Sabe, a organização que jurou assassinar todos os judeus, não só os israelenses, mais de uma vez, incluindo minha família.
Você atira nos judeus? Espere que os judeus atirem de volta. Todas as vidas inocentes perdidas nesse conflito foram por causa do Hamas usando seu próprio povo como bucha de canhão, para que possam ganhar a simpatia daqueles que estão muito ansiosos para entrar no trem do ódio aos judeus.
Se os reféns fossem soltos e o Hamas se rendesse, o derramamento de sangue iria terminar. Mas nem vocês e nem o Hamas realmente querem isso. Porque sem palestinos mortos martirizados para abastecer sua visão de mundo, tanto vocês como eles perdem poder.
Aproveitem seus cinco minutos de fama, cavalheiros. Poderia ter sido com sua arte, mas em vez disso, vocês escolheram fazer isso com ódio. Agora tchau.”
David Draiman, Tom Morello e o Kneecap
David Draiman foi um dos participantes do Back to the Beginning, festival que marcou a despedida de Ozzy Osbourne e Black Sabbath dos palcos, cuja direção foi assumida por Tom Morello, guitarrista do Rage Against the Machine. O frontman do Disturbed foi vaiado pelo público ao entrar no palco, justamente por seu posicionamento político e defesa de Israel no conflito.
Sobre o acontecido, o cantor afirmou também no X/Twitter:
“Como podem ver pela transmissão, eu não fui ‘vaiado para fora do palco’, como muitos na imprensa — e certamente o pessoal do #PalestinaLivre — querem que você acredite. Sim, houve algumas vaias quando entrei, mas eu estava ali para homenagear meus mestres, meus ídolos, o poderoso Black Sabbath, e não deixaria que alguns idiotas antissemitas atrapalhassem isso.”
Logo após o evento, Draiman criticou Morello por conta de elogios do guitarrista ao Kneecap, já que o grupo tem forte posicionamento pró-Palestina e carrega isso em suas letras e apresentações. Na mesma rede social, o vocalista do Disturbed declarou:
“Vergonhoso. De verdade. Gostaria de dizer que estou surpreso, mas não estou. Pelo visto, minha família simplesmente não importa quando se trata das demonstrações de virtude do meu ‘amigo’ em favor de quem apoia o terror e incita o ódio aos judeus.”
Até o momento, Morello não respondeu ao comentário. Mas o próprio Kneecap tomou partido pelo músico. Os norte-irlandeses postaram a já famosa foto de Draiman assinando o míssil israelense e afirmaram:
“A gente não se importa com a religião de ninguém… ou se a pessoa tem uma. Amamos todo mundo que seja gente boa. Sorrir e assinar bombas que são lançadas pra matar crianças e as famílias dos outros te torna, simplesmente, um grandíssimo filho da p#t@. Simples assim. Palestina livre.”
Vale lembrar que, anteriormente, o integrante do Disturbed já havia manifestado uma opinião contrária ao Kneecap. Após o festival americano Coachella em abril, onde o grupo exibiu uma mensagem dizendo “F#d@-se Israel, Palestina livre” nos telões, o cantor endossou o discurso de Sharon Osbourne, esposa de Ozzy, que criticou o grupo pela atitude.
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