Gene Simmons é um grande admirador da cultura britânica. Fã dos Beatles, o vocalista e baixista do Kiss chegou a admitir que, por um tempo, até forçava um sotaque inglês tamanha a paixão. Sendo assim, não surpreende que, em sua opinião, as bandas surgidas na Inglaterra sejam superiores às americanas.
Conversando com a rádio WDHA-FM 105.5 FM, o músico afirmou que tanto ele quanto os colegas de banda eram anglófilos — ou seja, tinham afinidade com o que vinha da Inglaterra. Segundo o próprio artista, “tudo começou” nos Estados Unidos, mas o país em questão elevou o rock a um novo patamar.
Conforme transcrição da Rock and Roll Garage, ele, primeiramente, explicou:
“Nós do Kiss éramos anglófilos. Amávamos a versão inglesa do que os americanos inventaram — o rock and roll e o blues, depois o rap e tudo mais. Tudo começou aqui, mas convenhamos: os ingleses nos deram os Beatles, o Led Zeppelin e por aí vai… e nós demos a eles o Grateful Dead.”
Para o Demon,“nada americano jamais” chegou ao nível mostrado pelos ingleses. Citando como exemplo o Fab Four, os Rolling Stones e a invasão britânica — fenômeno ocorrido na década de 1960 quando artistas do Reino Unido ficaram populares nos EUA —, ele disse:
“É uma diferença gigantesca. Nada americano jamais chegou àquele nível quando se trata de gente que toca guitarra. Nada — nem perto. E quando você faz uma lista das 10 maiores bandas de todos os tempos, todas são inglesas ou irlandesas. Os Beatles, os Stones, a invasão britânica e tudo mais… uma coisa atrás da outra. Canções incríveis.”
Apesar da visão deslumbrada a respeito, Gene acredita que as bandas britânicas, com exceção dos Beatles, também tinham um problema: uma configuração muito semelhante. Quando estrearam, os mascarados quiseram ir além de tal padrão visual e artístico, segundo o músico:
“Nossa ideia por trás do álbum de estreia do Kiss era montar a banda que nunca tínhamos visto no palco. Por um lado, tínhamos esse amor pela música britânica e pelas bandas inglesas, mas também havia uma certa mesmice — se você não conhecesse muito, não conseguiria diferenciar os Kinks, os Stones ou os Beatles, era tudo meio parecido. Todos tinham basicamente o mesmo tipo de corte de cabelo, a mesma faixa etária — exceto os Beatles: ali, todo mundo cantava, todo mundo era uma estrela. Isso fazia uma diferença enorme. Então, olhamos para os Beatles como um modelo […]. No Kiss, todos cantam músicas. E isso era algo que nos atraía muito.”
Gene Simmons e a paixão pela Inglaterra
Gene Simmons atribui o amor pela Inglaterra aos Beatles. À agência de notícias PA em 2023, como compartilhado pelo jornal Standard, o vocalista e baixista do Kiss refletiu sobre como o Fab Four mudou a história britânica e impactou inúmeros países com o seu surgimento, colocando o Reino Unido como referência:
“Os Beatles criaram uma cultura, quase uma religião, e Liverpool se tornou um solo sagrado. O Elvis era uma estrela, uma verdadeira estrela do rock, mas não influenciava a cultura; ele não afetava a forma como você vivia, o que fazia ou pensava. Já os Beatles mudaram tudo. Foi quase como BB e AB — antes dos Beatles e depois dos Beatles. Tudo mudou, e foi uma invasão britânica que atingiu não só os Estados Unidos, mas o mundo inteiro.”
Nas palavras do músico, o trabalho exercido pelo Quarteto de Liverpool era “inacreditável”. Foi aí que ele até tentou imitar um sotaque inglês na tentativa de ficar “mais britânico”:
“Eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava vendo e ouvindo, era inacreditável, e todos nós continuávamos apontando para a Inglaterra como referência — me impactou tanto que cheguei a falar com um falso sotaque inglês.”
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