Fernanda Lira, vocalista e baixista da Crypta, não participou do show realizado pela banda em Audincourt, na França, na última quarta-feira (7). Tocando apenas como trio, o grupo explicou nas redes sociais que a integrante precisou ser hospitalizada por um problema estomacal, o que ocasionou sua ausência.
Pouco depois, nos Stories do Instagram, Fernanda agradeceu pelo carinho do público e compartilhou que estava “bem melhor”, ao ponto de conseguir cumprir com a performance do dia seguinte em Aarau, na Suíça. Além disso, na ocasião, a musicista prometeu que explicaria em breve tudo que aconteceu por meio de um vídeo.
De fato, a artista publicou um registro a respeito do assunto no sábado (10). Como relatado pela própria, tudo começou quando membros da equipe do grupo, que está em turnê pela Europa como abertura do Aborted, pegaram uma virose:
“Tudo começou quando algumas pessoas na turnê tiveram uma intoxicação alimentar. É uma coisa que acontece com a gente, porque cada dia estamos num país e cada país tem comidas diferentes, bactérias diferentes, água diferente, não tem como a gente controlar. Só que depois de um tempo a gente descobriu que não foi apenas uma intoxicação alimentar, foi uma virose, que acabou passando para algumas outras pessoas ao longo dos dias.”
Não demorou para que a baixista também recebesse o mesmo diagnóstico. Porém, os sintomas acabaram aparecendo de maneira mais pesada enquanto ela tocava em Lisboa, Portugal, no dia 2 de maio. Foi aí que ela procurou o primeiro atendimento médico
“Eu fui a última do grupo a pegar essa virose. Foi realmente muito pesado pra mim. Eu comecei a me sentir mal depois do show de Lisboa. Na verdade, durante o show eu quase desmaiei, tive muita ânsia, muita tontura, muita fraqueza. Depois do show, muita diarreia e um mal estar geral extremo, com febre a noite inteira. Então, eu fui pro hospital pra tentar receber uma medicação pra me recuperar, pra ajudar pra eu poder fazer o show em Madrid e acabou funcionando.”
Num primeiro momento, ela conseguiu ficar relativamente bem, para performar em Madri, na Espanha, no dia 3. Mas, durante a madrugada, o mal-estar voltou de maneira considerável, incluindo um “vômito preto”. Por isso, Fernanda resolveu voltar ao hospital, onde ficou nove horas para receber atendimento, o que, somado ao seu estado físico, impossibilitou que tocasse com as colegas:
“Depois do tratamento eu me senti muito bem, consegui fazer o show bem, apesar de muito fraca. Porém, na noite do dia seguinte, foi um pesadelo […]. Eu acordei passando muito mal de madrugada, a ponto de mal, consegui descer as escadas do ônibus. Eu pedi para o meu tour manager para pararmos, ele falou com o motorista e aí foi horrível, eu vomitei muito, tive muita diarreia. O grande problema foi que o meu último vômito perto das 10 da manhã foi preto, e isso me assustou muito […]. Por conta dessa combinação de fatores, eu decidi que eu precisava ser hospitalizada de novo. Eu precisava de um diagnóstico, entender o que estava acontecendo […]. Eu fiquei mais de 9 horas no hospital. E aí por isso que tomamos a decisão de o show acontecer sem a minha presença, porque eu não tinha a menor condição de estar naquele palco, entregar um show. E depois dessas 9 horas de atendimento e tratamento, eu finalmente tive diagnóstico.”
Além da gastroenterite viral, ela descobriu que, por consequência, desenvolveu uma inflamação aguda no estômago. Apesar disso, agora a condição está sob controle. A ideia, como mencionou, é continuar investigando a doença quando retornar ao Brasil:
“O primeiro diagnóstico foi uma gastroenterite viral. Só que a virose foi tão brutal que eu desenvolvi uma segunda condição, uma segunda doença, que é uma inflamação aguda no estômago, de tanto que a virose destruiu o meu estômago. Aquele vômito preto muito provavelmente foi sangue de alguma ferida no estômago que eu acabei vomitando. Agora eu estou muito melhor graças ao tratamento e porque também o ciclo da virose acabou. E agora vou continuar com o tratamento do estômago e, quando chegar no Brasil, fazer uma endoscopia […].
Por fim, Fernanda aproveitou para ressaltar que só conseguiu atendimento devido ao seguro de saúde feito pela banda:
“Vi que já chegaram comentários das pessoas perguntando se usei o SUS e não, não usei o SUS, porque aqui fora não tem sistema público de saúde gratuito, como felizmente a gente tem no Brasil. Eu só consegui ser atendida porque a gente sempre faz seguro de viagem pra banda, porque não existe tratamento gratuito aqui.”
Crypta no Brasil
A Crypta anunciou recentemente uma nova turnê pelo Brasil. Chamada de “In the Other Side Tour”, a extensa série de shows contará com mais de 20 datas no itinerário e acontecerá entre os próximos meses de julho e agosto.
Será a primeira excursão da banda em território nacional desde a saída da guitarrista Jéssica di Falchi, que rompeu com o grupo em março. Até então, a última passagem da banda pelo país havia ocorrido com a “Shades of Sorrow Tour” em dezembro de 2024.
Ainda não há uma substituta confirmada para as apresentações. Ao menos na Europa, entre este mês de abril e maio, Helena Nagagata, conhecida por seu trabalho solo e pelas colaborações com Sinaya e o projeto Shamangra, está ocupando o posto.
A expectativa é de que, ao longo dos próximos giros, a Crypta teste musicistas diferentes na vaga. Em resposta a um fã na seção de comentários do Instagram, a vocalista e baixista Fernanda Lira ressaltou anteriormente:
“Iremos com muita calma e tranquilidade nessa escolha. Até que oficializemos alguém, vamos testar e fazer turnês com algumas meninas diferentes! Mas seguiremos como quarteto sim.”
Com variações a depender do compromisso, Allen Key, Paradise Flames e Hatefulmurder ficarão a cargo da abertura. Segundo comunicado, mais datas e informações chegarão em breve. Detalhes como venda de ingressos já estão disponíveis aqui.
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