Formado em 2014, o Ego Kill Talent conquistou participações expressivas ao longo da carreira. Nos últimos anos, a banda esteve escalada para abrir shows de grandes nomes internacionais no Brasil – o que vem gerando críticas nas redes sociais devido à frequência.
Com Emmily Barreto nos vocais, os artistas foram atração de abertura do Evanescence em 2023, do Linkin Park no ano passado e, agora, de toda a turnê sul-americana do System of a Down, ocorrida entre abril e maio. Em sua formação anterior, com o vocalista Jonathan Dörr, o grupo também esteve à frente de apresentações do Korn, em 2017; Foo Fighters e Queens of the Stone Age, em 2018, além do Metallica, em 2022.
Além disso, a banda marcou presença em festivais de peso no país. Maximus Festival (2016), Lollapalooza (2016, 2018 e 2022), Rock in Rio (2019) e Knotfest (2024) integram a lista. Até mesmo no exterior, estiveram no lineup de eventos norte-americanos e europeus como Rock am Ring / Rock im Park (2018 e 2022), Download France (2017 e 2018), Hellfest (2022), Graspop Metal Meeting (2022), Aftershock (2022), Louder Than Life (2022). Ainda, excursionaram junto a Within Temptation, Shinedown e ao próprio System of a Down.
Diante do espaço conquistado, os membros acreditam que não deveriam “gerar inveja” em outros nomes da cena. Quando perguntados a respeito durante entrevista ao Canal Amplifica para Ludymila Kage, a baixista Cris Botarelli afirmou que, no fim das contas, “todo mundo está meio junto nessa”.
Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, ela explicou:
“Se gera [inveja], acho que não deveria gerar, porque nós somos uma banda do Brasil, fazemos parte da cena do Brasil. Todos já tocamos em muitas outras bandas também. E eu me sinto parte quando alguém tá conquistando alguma coisa, especialmente no rock, que é um gênero que não está no mainstream como estava há 20 anos. Como alguém que está na cena há mais de 20 anos, toda vez que alguma banda está conquistando algum espaço, ganhando alguma relevância, eu me sinto parte disso e fico feliz pra caramba. Então, se gera inveja, não deveria. Talvez não sejam das pessoas da cena, talvez sejam pessoas de fora. Acho que tá todo mundo meio junto nessa.”
De modo mais direto, o baterista Raphael Miranda complementou:
“Tem que perguntar para as bandas, se a galera está com inveja. Porque não sei, não sei mesmo.”
Anteriormente à Folha de S. Paulo, a baixista também avaliou que o incômodo do público não é diretamente com o EKT. Ao seu ver, há uma insatisfação geral pela falta de oportunidades para bandas menores.
“Para um ‘hate’, nem foi tão pessoal. É uma dor muito mais por uma cena que não tem tanto espaço para se desenvolver como deveria. No Brasil, além do underground, a gente tem os grandes festivais e um mercado médio sustentado pelo Sesc. Tem muitas bandas que crescem em qualidade e experiência e não têm para onde ir.”
Mais sobre Ego Kill Talent
Atualmente, o Ego Kill Talent conta com Emmily Barreto (Far From Alaska) nos vocais, Theo van der Loo e Niper Boaventura se alternando entre guitarra e baixo, Raphael Miranda na bateria e baixo e Cris Botarelli (também Far From Alaska) no baixo. Em formações iniciais, teve o vocalista Jonathan Dörr / Jonathan Corrêa (Reação em Cadeia) e o baterista Jean Dolabella (ex-Sepultura).
Por transitar em grandes eventos, o Ego Kill Talent acumula alguns feitos curiosos. De acordo com a base de dados Setlist.fm, a banda é a segunda atração que mais se apresentou no Autódromo de Interlagos (cinco vezes, atrás apenas de Alok com seis) e a terceira que mais subiu ao palco do Allianz Parque (oito vezes; atrás de Paul McCartney, com 16; e Chris Holmes, o DJ de McCartney, com nove).
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É só dar oportunidades a outras bandas tbm. Apenas isso.
Se a banda tem cacife, caixa ou amigos para ter essas oportunidades, tudo bem e ninguém tem nada a ver com isso! Pena que essa estratégia não tenha levantado a carreira do grupo e o tornado relevante na cena…