“Live at Pompeii” tornou-se uma das performances mais celebradas do Pink Floyd. Realizada no anfiteatro de Pompeia, localizado nas ruínas da cidade italiana destruída por um vulcão ainda na antiguidade, a apresentação virou um filme em 1972, que ganhará um relançamento remasterizado no próximo dia 24 de abril nos cinemas de todo o mundo.
Até hoje, o show, filmado sem plateia entre os dias 4 e 7 de outubro de 1971, é reconhecido por seu valor histórico e cultural. Porém, segundo Nick Mason, a banda não recebeu praticamente nenhum dinheiro com a produção, apesar de tal aspecto.
Durante entrevista à Rolling Stone, o baterista explicou que, como o longa-metragem não trouxe lucro, os integrantes até mesmo preferiram não documentar a divulgação do “The Dark Side of the Moon” (1973). O músico contou:
“Eu acho que não percebemos que era uma boa ideia filmar as coisas. Talvez seja porque o filme (‘Live at Pompeii’) não rendeu nenhum dinheiro para nós, mas é uma grande pena que não demoramos mais e fizemos algo semelhante com ‘The Dark Side of the Moon’.”
No livro “The Rough Guide to Pink Floyd” (2006), uma das razões atribuídas ao pouco dinheiro recebido é justamente o lançamento de “The Dark Side of the Moon” pouco depois da produção. O autor Toby Manning explicou na página 68:
“Quando o filme finalmente foi relançado em 1974, ‘The Dark Side of the Moon’ já havia conquistado o mundo […]. A banda quase não ganhou dinheiro com o filme, e quando, após um show do ‘Dark Side’ em Nova York, um magnata disse a Waters quanto ele havia ganhado com o filme, o magnata foi escoltado para fora do prédio.”
O próprio Mason apresentou anteriormente o mesmo argumento no livro “Inside Out: Minha história com o Pink Floyd” (2004), dizendo:
“‘Live at Pompeii’ foi muito decepcionante em termos financeiros, especialmente porque se perdeu em meio ao ‘Dark Side’. Por um longo tempo, nós praticamente não recebemos nenhuma recompensa por nossos esforços em relação ao filme. Tanto que, quando, anos mais tarde, um magnata do cinema de Nova York abordou Roger em um show para dizer que ele havia ganhado milhões com o filme, ele ficou surpreso que, em vez de Roger parabenizá-lo, ele foi escoltado para fora do local.”
Relançamento de “Pink Floyd: Live at Pompeii”
Como mencionado, entre 4 e 7 de outubro de 1971, o Pink Floyd registrou uma série de performances no anfiteatro de Pompeia. O local foi construído por volta do ano 70 a.C. e faz parte das ruínas da cidade italiana de Pompeia, destruída por um vulcão ainda na antiguidade. O momento rendeu o filme “Pink Floyd: Live at Pompeii”, lançado no ano seguinte.
Idealizado pelo cinegrafista francês Adrian Maben, o trabalho ganhou popularidade além dos fãs convencionais da banda. Até hoje é reconhecido por seu valor histórico e cultural.
Agora, o registro ganha uma nova versão. “Pink Floyd at Pompeii MCMLXXII” acaba de ser digitalmente remasterizado e remixado por Steven Wilson. Também será lançado em cinemas IMAX, em 24 de abril. É possível ver em quais salas do Brasil a produção estará disponível no site oficial.
O registro em áudio contém as performances ao vivo do filme, bem como duas faixas adicionais, incluindo uma versão estendida inédita de “A Saucerful of Secrets”. Nos formatos de vinil, CD e Dolby Atmos, será disponibilizado em 2 de maio.
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