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A consequência negativa do veto a celulares em shows do Ghost

Por causa da medida, fãs enfrentaram problemas na apresentação realizada na Utilita Arena Birmingham, na Inglaterra, no último domingo (20)

O Ghost proibiu o uso de celulares em sua nova turnê “Skeletour”. Para a série de shows, responsável por divulgar o próximo disco “Skeletá” e iniciada no último dia 15 de abril, a banda resolveu adotar o formato “phone-free”.

A iniciativa é viabilizada através de uma parceria com a Yondr, empresa americana que tem como especialidade propiciar espaços livres de tecnologia. Basicamente, a companhia fornece ao público na entrada uma bolsa para “lacrar” os smartphones – que serão abertos somente ao final.

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Para o líder Tobias Forge, a ação é uma maneira de ter uma plateia mais engajada e de proporcionar uma experiência diferenciada. Porém, por outro lado, a medida também vem causando problemas. 

Conforme publicado pelo NME, os fãs enfrentaram filas gigantes para a apresentação na Utilita Arena Birmingham, em Birmingham, na Inglaterra, no último domingo (20). Como era preciso guardar os celulares de cada um dos presentes, o fluxo de entrada ficou extremamente lento, de acordo com relatos nas redes sociais.

Por meio do X/Twitter, um perfil destacou que passou horas esperando e culpou a organização, afirmando que era como se “tivessem esquecido que há 16 mil pessoas para entrar”. Já Kirsty Bosley, redatora do tabloide Birmingham Mail, escreveu no site que “foi talvez a fila mais absurda que já vi em um show em Birmingham”. Segundo a profissional, por causa disso, a banda atrasou a performance em meia hora.

Veja registros da confusão abaixo:

Ghost e a proibição de celulares

Segundo Tobias Forge, a proibição de celulares nada tem a ver com o controle sob o material que é gravado. Para a rádio Planet Rock (via Blabbermouth), o cantor, primeiramente, explicou:

“Eu realmente quero enfatizar que a proibição não tem nada a ver com controle de direitos autorais. Não se trata de querermos reter todo o material e impedir que outras pessoas monetizem [os vídeos da banda]. Não tem nada a ver com isso.”

Então, o artista exemplificou a ideia mencionando o filme “Ghost: Rite Here Rite Now” (2024). A gravação da produção aconteceu durante duas apresentações no The Forum, em Los Angeles, nos EUA, em setembro de 2023. Na ocasião, o público também não pôde mexer no celular, o que deixou a plateia “muito engajada”, segundo Forge: 

“Filmamos dois shows em Los Angeles diante de um público que precisou lacrar seus celulares. Você não entrega o celular. Ele continua com você, então não precisa se preocupar com isso. Se precisar fazer uma ligação, pode sair. Se quiser tirar uma foto, pode tirar no saguão. Isso é permitido. Quando adotamos essa estratégia, tivemos uma plateia tão engajada, que parecia estar alegre de um jeito que… Tive que voltar no tempo para lembrar da última vez que vi um público completamente envolvido, onde todos realmente assistiam ao show.”

Por querer proporcionar uma “experiência avassaladora” para quem ver o Ghost ao vivo, Tobias, então, pensou na ação. O cantor concluiu o argumento relembrando como era mágico assistir às apresentações no passado sem a presença de aparelhos tecnológicos: 

“Não quero transformar isso em uma questão de idade, como se eu fosse dizer para adolescentes de 14 anos que tudo era melhor antes. Mas eu juro que a experiência dos shows e a criação de memórias, a criação da magia, era muito mais poderosa. Eu talvez nem tenha visto uma foto de alguns dos melhores shows que já fui, porque eles vivem aqui [na minha cabeça]. Eles vivem dentro de mim. Essa é a memória que eu tenho. Obviamente, para a parte do nosso público que é mais velha e mais consciente, talvez isso soe um pouco nostálgico. Mas eu realmente acredito que a parcela mais jovem do nosso público sairá dos shows, assim como aconteceu em Los Angeles, dizendo: ‘isso não foi apenas um grande show; foi uma experiência avassaladora.’ Porque eu realmente acredito que você vai sentir isso.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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