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A curiosa opinião de Eric Clapton sobre a pichação “Clapton é Deus”

Frase acabou popularizada na década de 1960, após aparecer em parede em Londres, na Inglaterra

Durante a década de 1960, o nome de Eric Clapton passou a ser atrelado a uma emblemática pichação. À época, uma parede em Islington, Londres, na Inglaterra, trouxe a frase “Clapton is God”, em português, “Clapton é Deus”. Logo, a expressão se popularizou, aparecendo em outros locais e criando uma comoção ao redor do guitarrista. 

Em partes, o músico gostou de ser colocado em tal patamar. Apesar de reconhecer que era “arrogante” à época, o artista confessou em entrevista para a Guitar World em 1994 que, de fato, pensava ter certo nível de superioridade.

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Ele disse:

“Eu achei [o grafite] bem justo, pra ser honesto. Acho que senti que merecia aquilo, pelo nível de seriedade que eu colocava no que fazia. Eu levava tudo absurdamente a sério. Achava que todo o resto estava ali só pra aparecer no programa ‘Top of the Pops’, pra pegar garotas ou por algum motivo duvidoso. Eu estava ali pra salvar o mundo, queria falar pro mundo sobre o blues e fazer isso da forma certa. Mesmo naquela época, eu achava que estava em uma espécie de missão, então, de certa forma, pensei: ‘sim, eu sou Deus, justo’. Meu ego era enorme. Eu era insuportavelmente arrogante e, na maior parte do tempo, uma pessoa nada agradável de se ter por perto, porque me sentia superior e julgava muito.” 

Mais recentemente, Clapton confessou que o status de “Deus” acabou virando um fardo em sua carreira. À Classic Rock em 2016, o músico explicou o motivo:

“Eu nunca me senti desse jeito. Pode até ter sido genuína no começo [a repercussão], mas depois virou um tipo de rótulo, e eu não via relação nenhuma com o que eu fazia. Ao mesmo tempo, sou muito grato por isso, porque ajudou a divulgar a música que eu tentava promover — que era blues, country e gospel —  em vez de ser só música pop. Mas isso também virou um fardo enorme pra mim, e eu realmente não queria carregar isso.”

Inclusive, o “Slowhand” não acha que um fã foi o responsável pela pichação. Sua suspeita é de que um membro da equipe do Yardbirds quem teve a ideia, como contou no mesmo bate-papo: 

“Quando tocamos com os Yardbirds no clube Crawdaddy, havia um cara que trabalhava com o [empresário dos Yardbirds] Giorgio Gomelsky, e o nome dele era Hamish Grimes. Um cara muito gente boa. O trabalho dele, antes de a gente subir ao palco, era animar a plateia […]. Ele subia lá e fazia o pessoal bater palmas, gritar e tal. Sempre suspeitei que foi ele quem pegou um balde de tinta e um pincel e escreveu aquilo na parede. Duvido muito que tenha sido um fã de verdade.”

Eric Clapton atualmente

Eric Clapton lançou recentemente um novo álbum de estúdio. “Meanwhile” foi disponibilizado nas plataformas digitais dia 4 de outubro, logo após a turnê do músico pelo Brasil. As edições físicas, em CD e LP, chegam apenas em 24 de janeiro de 2025.

O tracklist conta com 14 faixas, sendo que 8 delas saíram nos últimos anos como singles avulsos. Entre as participações especiais, nomes como Van Morrison, Bradley Walker, Judith Hill, o brasileiro Daniel Santiago e Simon Climie, além de uma participação póstuma de Jeff Beck.

É o primeiro trabalho de inéditas do artista desde “I Still Do”, lançado em 2016. Dois anos depois, saiu o natalino “Happy Xmas”.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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