Mikkey Dee recentemente publicou um comunicado nas redes sociais a respeito de sua saúde. Na última quinta-feira (2), o baterista do Scorpions, ex-Motörhead e King Diamond, revelou que ficou hospitalizado por três semanas devido a uma infecção sanguínea “muito séria”, em suas palavras.
Conversando com o jornal sueco Aftonbladet, o músico explicou que tudo começou quando torceu o pé em dezembro e desenvolveu sepse, popularmente conhecida como “infecção generalizada”. Sem saber da gravidade do problema, o artista se automedicou e continuou com a agenda de shows normalmente — até que a condição piorou.
Conforme o Blabbermouth, ele disse:
“O meu tornozelo inchou pra caramba, depois tomou uma forma e aparência estranha, parecendo um presunto muito cozido. Fiquei muito doente, então tive que ir de ambulância para o hospital Sahlgrenska, e lá descobriram muitas alterações, então me colocaram como prioridade máxima.”
Segundo o próprio, a situação era tão séria que quase chegou a morrer. Mencionando Lemmy Kilmister, saudoso líder do Motörhead, o baterista relembrou:
“Precisei ir para a cirurgia imediatamente, a primeira de três. Eles cortaram o que estava morto, infectado e gravemente comprometido. Se tivesse demorado mais um dia, eu estaria tocando bateria com o Lemmy no céu. Posso dizer isso.”
Alta hospitalar e recuperação
De qualquer forma, o músico já recebeu alta hospitalar e está em casa. Ele garante que conseguirá participar dos próximos shows do Scorpions, que em 27 de fevereiro inicia uma temporada como residente em Las Vegas e em abril vem à América do Sul para uma turnê.
Leia o comunicado a seguir:
“Apenas uma declaração rápida sobre o que tem acontecido comigo nas últimas três semanas:
Primeiro, gostaria de agradecer a todos pelas calorosas saudações de Natal e Ano Novo, às quais não consegui responder. Sempre tento fazer isso todos os anos.
Nesta temporada de férias, fui hospitalizado com uma infecção sanguínea muito séria (sepse). Fiquei internado por três semanas, mas agora estou em casa lutando contra essa bactéria cretina. Felizmente, recebi cuidados fantásticos no Hospital Universitário Sahlgrenska em Gotemburgo, minha cidade natal. Então, muito obrigado a todos os médicos e enfermeiros que têm me dado os melhores cuidados. Depois de várias operações, agora estou de volta em casa e os exames estão todos indo na direção certa. Ainda tenho muita recuperação e reabilitação pela frente.
Agora estou trabalhando 100% para voltar ao banco da bateria para a residência que começa em Las Vegas em 27 de fevereiro. Temos um tremendo 2025 pela frente, celebrando 60 anos de Scorpions e muitos shows emocionantes ao redor do mundo.
Então, mal posso esperar para ver todos vocês na estrada e agitar pra caramba! Desejo a todos um fantástico 2025 com muita saúde e muito Rock n’ Roll!”
Sobre Mikkey Dee
Nascido em 31 de outubro de 1963 em Gotemburgo, Suécia, Michail Kiriakos Delaoglou — posteriormente conhecido como Mikkey Dee — sempre teve como objetivo ser um atleta, não um baterista. Tocar bateria era mais um hobby para ele.
Quando se tornou adolescente e passou a atender pela alcunha que todos sabemos, isso simplesmente mudou. “Eu praticava esportes seis dias por semana”, conta ele em entrevista ao All About the Rock. “Até que a música simplesmente tomou conta e me levou por um caminho diferente.”
Em 1985, aos 21 anos, depois de reunir certa experiência espancando peles na banda Geisha, Dee se juntou ao recém-formado King Diamond, a bordo do qual gravou quatro álbuns até sua saída, em 1989. Também quebrou galhos para Nadir e Don Dokken antes de se juntar ao Motörhead e ficar conhecido como “o” baterista do Motörhead.
De 1992 a dezembro de 2015, Dee tocou em 13 álbuns da banda liderada pelo saudoso Lemmy Kilmister. Quando perguntado durante uma entrevista ao Paiste.com em que período ele mais gostou de tocar com eles, Mikkey disse:
“Cada dia que tive com o Motörhead foi único. Claro, no início era tudo novo e tudo eram flores. Me dediquei muito à banda desde o primeiro dia. Era fácil, no entanto, trabalhar duro com esses caras. Tivemos nossos altos e baixos, mas sempre passávamos por cima. E eu gostava disso. Nunca nos acomodamos ou nos demos por satisfeitos. Estávamos evoluindo a cada disco e a cada turnê, e acho que isso é superimportante.”
Dee foi oficializado como membro do Scorpions em 2016 e tem feito turnês pelo mundo desde então. Segundo ele, tocar com o grupo alemão é “muito mais exigente fisicamente” do que tocar com o Motörhead jamais foi.
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