Se existe uma autoridade no quesito “som de bateria nos anos 80”, é Phil Collins. O músico não apenas ajudou a popularizar a sonoridade característica da época, como também estava presente para seu advento. E não foi com a icônica “In the Air Tonight”, de sua carreira solo.
Em entrevista de 2018 ao site Prog, a lenda da música discutiu várias parcerias ao longo de sua trajetória. Quando chegou o momento de falar sobre seu trabalho em “Melt” (1980), terceiro álbum solo de seu ex-colega de Genesis, Peter Gabriel, ele relembrou a grande descoberta durante as gravações:
“Ah, o bom e velho gated reverb [reverb fechado, que mescla o reverb com noise gate, que corta o sinal em sua ponta]. Aquele som construiu os anos 1980. Foi um completo acidente.”
Literalmente. O que aconteceu: Collins estava tocando normalmente quando o microfone usado para comunicação entre a cabine e a sala de gravação capturou sem querer o som da bateria. Ele explicou:
“Aqueles microfones não foram feitos para gravar música e aparentemente soou completamente diferente. Peter estava na cabine e falou: ‘O que foi isso? Eu gostei’. E ele foi burilar isso. Quando a gente percebeu, tínhamos esse negócio… novo.”
Phil Collins e o gated reverb
A primeira aparição do gated reverb se deu em “Intruder”, primeira faixa do terceiro álbum solo de Peter Gabriel, apelidado por seus fãs de “Melt”.
Entretanto, foi Phil Collins em carreira solo quem colocou o efeito no mapa, através do single “In the Air Tonight”, lançado em janeiro de 1981. A canção se tornou uma das mais famosas da década.
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