Otep Shamaya anunciou sua aposentadoria da música. A vocalista do Otep confirmou a notícia por meio das redes sociais no último sábado (16), ao colocar inúmeros instrumentos e equipamentos de turnê à venda.
Por meio do Facebook, a artista de 45 anos primeiramente escreveu:
“Estou vendendo meu extenso equipamento musical: guitarras autografadas usadas em turnês/estúdio, um raro conjunto de bateria Yamaha usado pelo Mark ‘Moke’ Bistany [baterista] em turnês/estúdio, iluminação de palco, máquinas de fumaça com luzes LED, monitores de palco e muito mais. Vou fornecer atualizações assim que tudo estiver pronto. Só irei considerar ofertas financeiras justas. Obrigada pelo amor e apoio ao longo dos anos.”
Na seção de comentários da publicação, a cantora e também poetisa, ilustradora, autora e ativista revelou que irá abandonar permanentemente os palcos. Apesar de não fornecer mais detalhes, prometeu trazer atualizações até o fim de 2024:
“Sim, estou me aposentando. De verdade. Para sempre. Minhas razões serão explicadas antes do final do ano. Obrigada aos que são de verdade.”
Sobre o Otep
Formado em 2000, o Otep ficou conhecido pela sonoridade influenciada pelo nu metal e composições de temática política. Ao longo dos anos, a formação do grupo mudou constantemente. Apenas Otep Shamaya permaneceu em todas as configurações.
Em sua carreira, a banda disponibilizou nove álbuns de estúdio, sendo “The God Slayer” (2023) o mais recente. Primeiro disco do grupo em cinco anos, o material trouxe faixas originais e releituras de canções dos mais variados gêneros musicais, passando por artistas como Nirvana, Eminem, Billie Eilish, Slipknot e Olivia Rodrigo.
Shamaya já havia confirmado que o álbum provavelmente seria o último. À época do lançamento, ao canal de Belgian Jasper, ela contou (via Blabbermouth):
“Acho que você realmente tem que amar música. Você precisa amar criar música e tocar música para estar na indústria da música. E desde meu último álbum, muitas coisas aconteceram na minha vida pessoal. Meu irmão mais velho morreu, todo mundo no mundo enfrentou a pandemia. Havia muita coisa acontecendo na época. Estávamos em quarentena aqui nos Estados Unidos e uma gravadora entrou em contato comigo e disse: ‘ei, você gostaria de fazer um álbum de covers?’. Simplesmente aconteceu. Eu sentia falta de criar música e sentia falta desse escape. E eu sentia falta de me apresentar. Porque eu não tocava em solo americano desde 2018. E foi isso que me trouxe de volta. Em termos simbólicos, nove é o último dígito único. Então representa o último. Não sei se farei outro disco. Mas eu me diverti muito criando este com as pessoas com quem trabalhei.”
No passado, a cantora quase havia encerrado as atividades do Otep. Após o álbum “Hydra” (2013), ela mencionou para a revista Noisecreep a vontade de sair da indústria:
“A música foi ótima para mim e me deu uma vida maravilhosa. Mas as coisas mudaram, incluindo a forma como a indústria reage à pirataria, a forma como isso se tornou parte de nossa cultura agora. As pessoas dizem: ‘a pirataria veio para ficar.’ Sim, veio, e eu entendo isso. Também entendo quando os artistas decidem que precisam fazer outra coisa […]. Quando você está tentando criar música, ser um artista e viver a vida, é difícil quando há tantas coisas contra você, incluindo seus próprios apoiadores […]. Talvez no futuro eu volte para a música, mas por enquanto acho que fiz o que precisava fazer.”
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