Como já noticiado, o Primus está procurando um novo baterista. Depois da saída repentina de Tim “Herb” Alexander no último mês de outubro, a banda resolveu tentar encontrar um substituto por meio de uma seleção aberta a todo público.
Entre os inscritos para concorrer a vaga, curiosamente está Fred Durst. Nos Stories do Instagram, o vocalista do Limp Bizkit compartilhou que recebeu um e-mail de confirmação do processo seletivo após enviar as informações solicitadas.
Na legenda da imagem, ele escreveu:
“O baterista novo de vocês está pronto para fazer uma audição. De verdade mesmo.”
Enviada pela equipe da banda, a mensagem em questão destacou a grande quantidade de inscrições e agradeceu o empenho. Tratando o cantor por seu primeiro nome, o texto pontuou:
“Saudações, William,
Obrigado por se inscrever na nossa busca por um baterista. Devido ao grande volume de candidatos, infelizmente não poderemos dar a todos uma chance de audição. Caso você não receba o ‘retorno’, saiba que nós do Primus somos muito gratos pelo seu esforço e apoio. Se você receber uma resposta, ela virá nas próximas 2-3 semanas; tudo depende de quão rápido nossa equipe de avaliadores consegue revisar a grande quantidade de inscrições. Obrigado novamente pelo seu entusiasmo.”
Anteriormente, em comunicado, o Primus disse que os interessados podiam enviar currículo e uma apresentação em vídeo recente para o e-mail [email protected]. A nota afirma:
“Procura-se um indivíduo bem-educado e afável com sensibilidade e estética originais, possuindo um desejo de abrir novas portas no mundo criativo. Habilidades chamativas são maravilhosas, mas o groove e a capacidade de ouvir, reagir e contribuir para a conversa musical são essenciais.”
Fred Durst e Primus
Vale destacar que Fred Durst tem uma relação próxima com o Primus. O vocalista do Limp Bizkit produziu a faixa “Lacquer Head”, lançada pela banda como single do álbum “Antipop” (1999). Os dois grupos também excursionaram juntos em certas datas da “Family Values Tour” em 1999.
Tim “Herb” Alexander deixa a banda
No fim de outubro, o Primus anunciou a saída de Tim “Herb” Alexander, duas semanas após ter recebido a notícia por e-mail.
A notícia caiu como uma bomba, de acordo com os próprios. O grupo encerrou recentemente uma turnê e não via sinais de que o agora ex-colega pudesse tomar a decisão.
Foi a terceira passagem do instrumentista pelo conjunto. Ele participou inicialmente de 1989 a 1996, justamente o auge comercial. Regressou em 2003 e permaneceu até 2010, voltando outra vez a partir de 2013.
Eles explicam:
“Na quinta-feira, 17 de outubro, recebemos um e-mail de Tim ‘Herb’ Alexander expressando que, a partir de então, ele não estaria mais envolvido com o Primus. Foi um choque completo para todos nós. Logo após uma maravilhosa turnê de primavera e verão, com alguns planos fabulosos pela frente, tem sido um pouco desconcertante para nós que tenha desistido tão abruptamente. Após várias tentativas de comunicação com Herb, sua única resposta foi outro e-mail dizendo que ‘perdeu sua paixão por tocar’. Por mais decepcionante que isso seja, respeitamos sua escolha e isso nos forçou a tomar algumas decisões difíceis.”
Em comunicado à Rolling Stone, Alexander explicou seu ponto de vista. Ele declarou, inicialmente:
“Sei que há muitas perguntas sobre o motivo de eu ter saído do Primus e sinto que é importante compartilhar meu lado da história — para mim e para nossos fãs. Foi uma das decisões mais desafiadoras da minha vida, mas, no final das contas, tudo se resumiu ao amor — por mim, minha família e a vida que quero criar daqui para frente. Escolhi um caminho de amor.”
A seguir, Tim contou que o dito pela banda como seu motivo para sair – ter perdido a paixão por tocar – não representava o todo da fala.
“Eu disse isso. Mas também disse: ‘Todas essas turnês me deixaram com uma sensação de vazio. Meu corpo dói constantemente’. Esse contexto é importante. Também disse que eles merecem alguém que queira estar lá. Mantenho isso. No que diz respeito a ‘abruptamente’, suponho que nunca há o momento perfeito para deixar algo do qual você faz parte há tanto tempo. As bandas têm seu próprio funcionamento interno e são um relacionamento. Às vezes não parece equilibrado e às vezes não dá certo.”
No parágrafo seguinte, o artista falou sobre outro fator que pesou para abandonar o grupo: sua psique.
“Nos últimos meses, tenho estado em um lugar de cura profunda e reabilitação intensiva de saúde mental, aprendendo a confrontar lutas que carreguei por anos. Neste período de solidão, comecei a ver com nova clareza o que não me serve mais, as pessoas e situações que não apoiam meu bem-estar e as partes da minha vida que preciso deixar ir para encontrar paz e estabilidade.”
A saúde física também contou, especialmente pelos problemas cardíacos que já enfrentou.
“Ser baterista por quase quatro décadas tem cobrado seu preço do meu corpo. Como eu disse antes, meu corpo dói. Minhas mãos doem. Minhas costas doem. Dez anos atrás, fiz uma cirurgia de coração aberto e ainda estou lidando com as consequências.”
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