Paul Di’Anno, que teve sua morte anunciada na última segunda-feira (21) aos 66 anos, terá um documentário oficial sobre sua vida em breve. Apesar de não ter título divulgado, a produção a respeito do ex-vocalista do Iron Maiden deve sair já no início de 2025.
Wes Orshoski, conhecido por trabalhar em “Lemmy” (2010) e “The Damned: Don’t You Wish That We Were Dead” (2015), está responsável pela direção. Por meio das redes sociais, o próprio confirmou a notícia em homenagem ao cantor.
Conforme compartilhado pelo Blabbermouth, ele disse:
“Acabei de saber que Paul Di’Anno morreu. Ainda não tenho muitos detalhes. Dia muito triste. Como muitos sabem, tenho trabalhado em um documentário sobre Paul nos últimos anos, pois ele vinha lutando para se recuperar — fisicamente, emocionalmente e profissionalmente. É obviamente muito triste que tenha terminado dessa forma. Sou muito grato pelas experiências e oportunidades que tive com Paul e por causa de Paul. E aprendi muito com ele.”
Como destacado, é provável que o filme estreie primeiro em festivais de cinema. Segundo o cineasta, o intuito com o longa-metragem é mostrar as dificuldades enfrentadas pelo artista — que sofria inúmeros problemas de saúde, estando inclusive em uma cadeira de rodas — nos anos mais recentes.
“O filme será lançado no ano que vem e mais detalhes serão divulgados. A esperança é que estreie em festivais de cinema no início de 2025. Estou muito animado para que os fiéis fãs do Maiden assistam. Quando for lançado, vocês verão o quão difícil foi a vida dele na última década e o quanto ele lutou para mudá-la. Talvez ele finalmente tenha encontrado um pouco de paz.”
Paul também já havia mencionado o documentário. Durante entrevista concedida no último mês de agosto para a KNAC, o saudoso artista revelou que a produção englobará toda as mais diversas facetas de sua vida, declarando:
“Wes é meu amigo. Ele fez o documentário do Motörhead e do The Damned também. E ele é um cara ótimo. Nós planejávamos um documentário já há alguns anos. Infelizmente precisamos dar uma pausa nos momentos em que Wes pode me encontrar e fazer as gravações [.,.]. [O documentário abordará] tudo. Terá minha determinação às vezes e o desespero, além de muitas emoções diferentes. Eu confio em Wes . Ele me colocou em todos os tipos de situações estranhas. Ele até queria entrar na sala médica e filmar a operação em que passei. Mas não deixaram.”
Sobre Paul Di’Anno
Paul Di’Anno gravou os álbuns “Iron Maiden” (1980) e “Killers” (1981), os dois primeiros do Iron Maiden, saindo para a entrada de Bruce Dickinson. Seu primeiro projeto após deixar a banda foi o Di’Anno, com sonoridade mais comercial. O nome foi reaproveitado na virada do século, com uma banda formada apenas por instrumentistas brasileiros.
A seguir fundou o Battlezone, com sonoridade mais pesada. O grupo existiu entre 1985 e 1989, retornando brevemente em 1998. Na sequência veio o Killers, que teve no álbum “Murder One” (1991) o trabalho mais elogiado do vocalista fora do Maiden.
Também gravou e excursionou com Gogmagog, Praying Mantis, Scelerata e Architects of Chaoz, entre outros. Nos últimos anos, participou do Warhorse, com músicos croatas, aproveitando sua estadia no país para tratamento visando readquirir independência de locomoção.
Nos últimos anos, os fãs acompanharam os problemas de saúde de Paul Di’Anno. Uma mobilização mundial foi feita para que o cantor pudesse ter acesso a um tratamento para lidar com problemas em seus membros inferiores.
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