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Entrevista: Chad Gray fala sobre estreia do Mudvayne no Brasil, Slipknot e músicas novas

Vocalista de uma das principais atrações do Knotfest 2024 também faz elogios ao Megadeth e relembra primeiro álbum, “L.D. 50”

“Que fato legal! Isso é super legal. Obrigado por compartilhar isso”. Esta foi a reação de Chad Gray, em tom de voz entusiasmado, ao ser informado por IgorMiranda.com.br que São Paulo é a terceira cidade no planeta que mais ouve Mudvayne no Spotify. A capital do estado de mesmo nome, que recebe a banda do vocalista para apresentação no Knotfest Brasil neste sábado (19) — primeiro dos dois dias de evento —, perde apenas para Chicago e Dallas, ambas nos Estados Unidos.

Apesar disso, ainda é difícil medir a força do grupo de nu/alternative metal no Brasil, visto que o show no festival criado pelo Slipknot será o primeiro por aqui. Sim: em quase três décadas de carreira, a banda notória pelas pinturas faciais e corporais e por hits como “Dig” e “Happy?” nunca se aventurou em território nacional ou pela América do Sul como um todo.

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Já estava em tempo. Gray, ao menos, já veio com o Hellyeah, sua outra banda que trazia o saudoso Vinnie Paul (Pantera) na bateria, para a edição 2016 do Maximus Festival. Em entrevista ao site, o cantor definiu como “incrível” a ocasião e disse não conseguir “nem dizer o quão animados” estão ele e seus colegas de Mudvayne.

Infelizmente, o grupo virá desfalcado. Devido a questões familiares, o guitarrista e membro fundador Greg Tribbett não estará presente — ele já havia se ausentado das datas finais de uma turnê norte-americana ao lado do Megadeth e All That Remains. Marcus Rafferty, outrora técnico do instrumento, já vinha se apresentando na guitarra rítmica desde a reunião em 2021 e agora tem assumido os solos. Gray comenta:

“Greg está muito chateado por não ir, mas ele está lidando com algumas questões familiares sérias. Sempre acreditamos que a família deve estar em primeiro lugar e iremos apoiá-lo. Mas nosso guitarrista de apoio está indo muito bem, ele é fenomenal. Houve um momento em que não sabíamos com certeza se deveríamos ir e deixar que Greg decidisse, mas Greg falou: ‘vocês têm que ir’. É uma oportunidade de tocar para vocês e, se vocês gostarem, poderemos voltar. Não é sobre o agora: pensamos no futuro do Mudvayne na América do Sul.”

E o que esperar do show único no Brasil? Chad Gray adianta que a base do repertório será o que se viu na mencionada tour pela América do Norte, mas até pelo tempo maior de performance no Knotfest, algumas surpresas podem rolar.

“Conversamos sobre colocar algumas coisas diferentes. Será uma mistura eclética de um pouco de todo o nosso material. Obviamente, iremos tocar ‘Happy?’, ‘Dig’, ‘Not Falling’ e coisas assim, mas poderemos entrar em coisas um pouco mais profundas de ‘L.D. 50’ (álbum de estreia lançado em 2000), que todos os fãs adoram. Haverá algumas músicas extras além das que tocamos na turnê com o Megadeth.”

Mudvayne e América do Sul

Ao ser perguntado sobre a razão pela qual o Mudvayne nunca veio à América do Sul, Chad Gray não poupou palavras. O vocalista disse que a banda sempre teve um empresariamento “muito, muito ruim”, com “pessoas que cuidavam somente de si e não da banda ou dos fãs”. Resumia-se somente a “ganhar dinheiro”, algo que os músicos nunca foram a favor.

“Sempre fomos tocar até mesmo em lugares onde sabíamos que não teríamos lucro, só iríamos cobrir as despesas. Mesmo se não ganharmos nada, vamos tocar. Não nos importamos, queremos servir nossos fãs. A América do Sul não fez nada de errado, isso é garantido. Sempre quisemos ir, só não tivemos a oportunidade.”

Gray afirma, ainda, que tocaria em qualquer lugar do planeta onde um álbum do Mudvayne tivesse sido lançado. Pode ser “na China, América do Sul, Japão, Austrália ou onde quer que seja”.

“São mais de 20 anos de frustração por não termos ido aí até agora, então, estamos muito gratos pelo Slipknot nos ter incluído em seu festival. Eles estão nos tratando com o respeito de sempre, pois são amigos de longa data.”

Slipknot e Megadeth

Já que o Slipknot foi mencionado, Chad Gray foi convidado a compartilhar algumas reflexões a respeito dos donos da festa, que estão celebrando os 25 anos de seu álbum de estreia, homônimo. A relação entre as bandas mascaradas é, realmente, de longa data, visto que o já mencionado álbum de estreia do Mudvayne, “L.D. 50”, teve produção executiva do percussionista M. Shawn “Clown” Crahan.

Embora tenha descrito que foi estranho ver outra banda mascarada fazendo um tipo de som similar — “já usávamos maquiagem há algum tempo antes de conhecermos o Slipknot” —, o vocalista define os colegas como “inovadores” e o trabalho musical deles como “incrível”. Há ainda enorme gratidão pelo grupo de Iowa tê-los levado para turnês logo nos primórdios.

“Eles nos acolheram desde o início e somos muito gratos. E aqui estão eles fazendo isso de novo. Acho fenomenal o que eles estão fazendo nessa atual turnê. É uma homenagem ao que fizeram: tocar aquele álbum na íntegra. É um disco arrasador do início ao fim. Conversei com Corey (Taylor, vocalista) e ele me disse que estão tocando até músicas como ‘Scissors’, que não a tocavam há 20 anos, assim como outras. Acho que todos os fãs estão animados.”

Gray, inclusive, se esforçou para assistir a algum show da atual turnê, que percorreu os Estados Unidos nos últimos tempos assim como o Mudvayne. Até agora, não deu certo, mas do Knotfest eles não “escapam”.

“Eu esperava que nossos caminhos se cruzassem em algum momento. Na última turnê, eles iriam tocar no mesmo lugar onde eu ia tocar com um dia de diferença. Infelizmente, acabei perdendo — e olha que eu viajaria de carro para qualquer lugar para vê-los. Agora que eles estão nos levando para São Paulo, finalmente poderei assistir.”

Chad também fez uma série de comentários positivos a respeito do Megadeth e do All That Remains, com quem realizou a citada turnê. Ao todo, a “Destroy All Enemies” passou por 34 cidades dos Estados Unidos.

“Fazemos turnê com o All That Remains há muitos anos e esses caras são sempre ótimos. Excursionei com o Megadeth uma vez na época do Hellyeah e fiz amizade com Dave Mustaine, um dos meus heróis no metal. Sou um grande fã de thrash metal e Metallica, Megadeth e Slayer são minhas bandas favoritas, então foi muito legal conhecê-lo e poder vê-lo ao vivo. A banda dele é fenomenal, todos os músicos são incríveis.”

Novas músicas do Mudvayne

Desde sua reunião em 2021, responsável por colocar fim a um hiato que durou 11 anos, o Mudvayne se dedicou exclusivamente aos shows. Até então, nada de música inédita: o álbum mais recente do grupo, homônimo, saiu em 2009.

Está levando um tempo, mas Chad Gray garante estar trabalhando em novas canções junto dos colegas. O processo ainda está nos primeiros estágios, com os integrantes trocando gravações com riffs e material do tipo.

“Estamos meio que trabalhando em coisas novas há três anos. Precisamos fazer a coisa certa e precisa soar como nós atualmente. Não quero tentar reproduzir o que fizemos no passado. Quero continuar criando e evoluindo. É uma questão de descobrir como soar agora. Mas temos ideias realmente boas e já criamos duas músicas bem pesadas, na pegada de singles, com bons ganchos.”

A próxima etapa, segundo o cantor, é entrar em estúdio e trabalhar com um produtor para fazer com que as ideias funcionem. Quando isso acontecer, será “bem rápido” para fluir, em sua opinião.

Os 25 anos de “L.D. 50”

Isso não impede que o Mudvayne também olhe para o passado. Afinal de contas, o já citado álbum de estreia “L.D. 50” completa 25 anos de lançamento em 2025. Não é exagero definir o trabalho em questão como um clássico do nu metal. Chad Gray reflete:

“Fizemos uma pausa que durou mais de 10 anos para nos afastarmos disso, pois havia tumulto demais dentro da banda por causa de quem estava no entorno dela. Tiraram a diversão para nós. Mas quando voltamos e vimos o ressurgimento disso, a recepção que estamos tendo… é inspirador. E é um marco enorme. 25 anos é muita coisa.”

Só não peça para a banda tocar o disco na íntegra, da forma como Slipknot e outros grupos têm feito em turnês recentes. O cantor se opõe à ideia.

“Definitivamente queremos fazer algo especial para celebrar e esperamos voltar à América do Sul para isso. Precisamos definir o que fazer. Não sei se alguém ficaria chateado com isso, mas não vejo como uma situação de tocar ‘L.D. 50’ na íntegra. Acho que muitas bandas têm feito isso e nós queríamos fazer outra coisa. Talvez seja mais divertido fazer uma mistura coletiva de todo o catálogo, homenagear toda a nossa obra, incluindo ‘L.D. 50’, resgatando coisas que normalmente não tocamos ao vivo.”

Knotfest Brasil 2024

O Knotfest Brasil 2024 acontece no próximo sábado (19) e domingo (20), no Allianz Parque, em São Paulo. Ingressos estão à venda no site Eventim. Confira as atrações:

Sábado (19/10):

  • 11h: Abertura dos portões
  • 12h30: Eskröta (Maggot Stage)
  • 13h: Orbit Culture (Knotstage)
  • 14h: Kryour (Maggot Stage)
  • 14h30: Dragonforce (Knotstage)
  • 15h30: Eminence (Maggot Stage)
  • 16h: Meshuggah (Knotstage)
  • 17h: Project46 (Maggot Stage)
  • 17h30: Amon Amarth (Knotstage)
  • 18h40: Krisiun (Maggot Stage)
  • 19h10: Mudvayne (Knotstage)
  • 20h20: Ratos de Porão (Maggot Stage)
  • 21h05: Slipknot (Knotstage) – celebração dos 25 anos de carreira

Domingo (20/10):

  • 11h: Abertura dos portões
  • 12h30: The Mönic (Maggot Stage)
  • 13h: Poppy (Knotstage)
  • 14h: Papangu (Maggot Stage)
  • 14h30: P.O.D. (Knotstage)
  • 15h30: Korzus (Maggot Stage)
  • 16h: Babymetal (Knotstage)
  • 17h: Seven Hours After Violet (Maggot Stage)
  • 17h30: Till Lindemann (Knotstage)
  • 18h40: Ego Kill Talent (Maggot Stage)
  • 19h10: Bad Omens (Knotstage)
  • 20h20: Black Pantera (Maggot Stage)
  • 21h05: Slipknot (Knotstage) – show especial do álbum “Slipknot” (1999)

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Igor Miranda
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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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“Que fato legal! Isso é super legal. Obrigado por compartilhar isso”. Esta foi a reação de Chad Gray, em tom de voz entusiasmado, ao ser informado por IgorMiranda.com.br que São Paulo é a terceira cidade no planeta que mais ouve Mudvayne no Spotify. A capital do estado de mesmo nome, que recebe a banda do vocalista para apresentação no Knotfest Brasil neste sábado (19) — primeiro dos dois dias de evento —, perde apenas para Chicago e Dallas, ambas nos Estados Unidos.

Apesar disso, ainda é difícil medir a força do grupo de nu/alternative metal no Brasil, visto que o show no festival criado pelo Slipknot será o primeiro por aqui. Sim: em quase três décadas de carreira, a banda notória pelas pinturas faciais e corporais e por hits como “Dig” e “Happy?” nunca se aventurou em território nacional ou pela América do Sul como um todo.

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Já estava em tempo. Gray, ao menos, já veio com o Hellyeah, sua outra banda que trazia o saudoso Vinnie Paul (Pantera) na bateria, para a edição 2016 do Maximus Festival. Em entrevista ao site, o cantor definiu como “incrível” a ocasião e disse não conseguir “nem dizer o quão animados” estão ele e seus colegas de Mudvayne.

Infelizmente, o grupo virá desfalcado. Devido a questões familiares, o guitarrista e membro fundador Greg Tribbett não estará presente — ele já havia se ausentado das datas finais de uma turnê norte-americana ao lado do Megadeth e All That Remains. Marcus Rafferty, outrora técnico do instrumento, já vinha se apresentando na guitarra rítmica desde a reunião em 2021 e agora tem assumido os solos. Gray comenta:

“Greg está muito chateado por não ir, mas ele está lidando com algumas questões familiares sérias. Sempre acreditamos que a família deve estar em primeiro lugar e iremos apoiá-lo. Mas nosso guitarrista de apoio está indo muito bem, ele é fenomenal. Houve um momento em que não sabíamos com certeza se deveríamos ir e deixar que Greg decidisse, mas Greg falou: ‘vocês têm que ir’. É uma oportunidade de tocar para vocês e, se vocês gostarem, poderemos voltar. Não é sobre o agora: pensamos no futuro do Mudvayne na América do Sul.”

E o que esperar do show único no Brasil? Chad Gray adianta que a base do repertório será o que se viu na mencionada tour pela América do Norte, mas até pelo tempo maior de performance no Knotfest, algumas surpresas podem rolar.

“Conversamos sobre colocar algumas coisas diferentes. Será uma mistura eclética de um pouco de todo o nosso material. Obviamente, iremos tocar ‘Happy?’, ‘Dig’, ‘Not Falling’ e coisas assim, mas poderemos entrar em coisas um pouco mais profundas de ‘L.D. 50’ (álbum de estreia lançado em 2000), que todos os fãs adoram. Haverá algumas músicas extras além das que tocamos na turnê com o Megadeth.”

Mudvayne e América do Sul

Ao ser perguntado sobre a razão pela qual o Mudvayne nunca veio à América do Sul, Chad Gray não poupou palavras. O vocalista disse que a banda sempre teve um empresariamento “muito, muito ruim”, com “pessoas que cuidavam somente de si e não da banda ou dos fãs”. Resumia-se somente a “ganhar dinheiro”, algo que os músicos nunca foram a favor.

“Sempre fomos tocar até mesmo em lugares onde sabíamos que não teríamos lucro, só iríamos cobrir as despesas. Mesmo se não ganharmos nada, vamos tocar. Não nos importamos, queremos servir nossos fãs. A América do Sul não fez nada de errado, isso é garantido. Sempre quisemos ir, só não tivemos a oportunidade.”

Gray afirma, ainda, que tocaria em qualquer lugar do planeta onde um álbum do Mudvayne tivesse sido lançado. Pode ser “na China, América do Sul, Japão, Austrália ou onde quer que seja”.

“São mais de 20 anos de frustração por não termos ido aí até agora, então, estamos muito gratos pelo Slipknot nos ter incluído em seu festival. Eles estão nos tratando com o respeito de sempre, pois são amigos de longa data.”

Slipknot e Megadeth

Já que o Slipknot foi mencionado, Chad Gray foi convidado a compartilhar algumas reflexões a respeito dos donos da festa, que estão celebrando os 25 anos de seu álbum de estreia, homônimo. A relação entre as bandas mascaradas é, realmente, de longa data, visto que o já mencionado álbum de estreia do Mudvayne, “L.D. 50”, teve produção executiva do percussionista M. Shawn “Clown” Crahan.

Embora tenha descrito que foi estranho ver outra banda mascarada fazendo um tipo de som similar — “já usávamos maquiagem há algum tempo antes de conhecermos o Slipknot” —, o vocalista define os colegas como “inovadores” e o trabalho musical deles como “incrível”. Há ainda enorme gratidão pelo grupo de Iowa tê-los levado para turnês logo nos primórdios.

“Eles nos acolheram desde o início e somos muito gratos. E aqui estão eles fazendo isso de novo. Acho fenomenal o que eles estão fazendo nessa atual turnê. É uma homenagem ao que fizeram: tocar aquele álbum na íntegra. É um disco arrasador do início ao fim. Conversei com Corey (Taylor, vocalista) e ele me disse que estão tocando até músicas como ‘Scissors’, que não a tocavam há 20 anos, assim como outras. Acho que todos os fãs estão animados.”

Gray, inclusive, se esforçou para assistir a algum show da atual turnê, que percorreu os Estados Unidos nos últimos tempos assim como o Mudvayne. Até agora, não deu certo, mas do Knotfest eles não “escapam”.

“Eu esperava que nossos caminhos se cruzassem em algum momento. Na última turnê, eles iriam tocar no mesmo lugar onde eu ia tocar com um dia de diferença. Infelizmente, acabei perdendo — e olha que eu viajaria de carro para qualquer lugar para vê-los. Agora que eles estão nos levando para São Paulo, finalmente poderei assistir.”

Chad também fez uma série de comentários positivos a respeito do Megadeth e do All That Remains, com quem realizou a citada turnê. Ao todo, a “Destroy All Enemies” passou por 34 cidades dos Estados Unidos.

“Fazemos turnê com o All That Remains há muitos anos e esses caras são sempre ótimos. Excursionei com o Megadeth uma vez na época do Hellyeah e fiz amizade com Dave Mustaine, um dos meus heróis no metal. Sou um grande fã de thrash metal e Metallica, Megadeth e Slayer são minhas bandas favoritas, então foi muito legal conhecê-lo e poder vê-lo ao vivo. A banda dele é fenomenal, todos os músicos são incríveis.”

Novas músicas do Mudvayne

Desde sua reunião em 2021, responsável por colocar fim a um hiato que durou 11 anos, o Mudvayne se dedicou exclusivamente aos shows. Até então, nada de música inédita: o álbum mais recente do grupo, homônimo, saiu em 2009.

Está levando um tempo, mas Chad Gray garante estar trabalhando em novas canções junto dos colegas. O processo ainda está nos primeiros estágios, com os integrantes trocando gravações com riffs e material do tipo.

“Estamos meio que trabalhando em coisas novas há três anos. Precisamos fazer a coisa certa e precisa soar como nós atualmente. Não quero tentar reproduzir o que fizemos no passado. Quero continuar criando e evoluindo. É uma questão de descobrir como soar agora. Mas temos ideias realmente boas e já criamos duas músicas bem pesadas, na pegada de singles, com bons ganchos.”

A próxima etapa, segundo o cantor, é entrar em estúdio e trabalhar com um produtor para fazer com que as ideias funcionem. Quando isso acontecer, será “bem rápido” para fluir, em sua opinião.

Os 25 anos de “L.D. 50”

Isso não impede que o Mudvayne também olhe para o passado. Afinal de contas, o já citado álbum de estreia “L.D. 50” completa 25 anos de lançamento em 2025. Não é exagero definir o trabalho em questão como um clássico do nu metal. Chad Gray reflete:

“Fizemos uma pausa que durou mais de 10 anos para nos afastarmos disso, pois havia tumulto demais dentro da banda por causa de quem estava no entorno dela. Tiraram a diversão para nós. Mas quando voltamos e vimos o ressurgimento disso, a recepção que estamos tendo… é inspirador. E é um marco enorme. 25 anos é muita coisa.”

Só não peça para a banda tocar o disco na íntegra, da forma como Slipknot e outros grupos têm feito em turnês recentes. O cantor se opõe à ideia.

“Definitivamente queremos fazer algo especial para celebrar e esperamos voltar à América do Sul para isso. Precisamos definir o que fazer. Não sei se alguém ficaria chateado com isso, mas não vejo como uma situação de tocar ‘L.D. 50’ na íntegra. Acho que muitas bandas têm feito isso e nós queríamos fazer outra coisa. Talvez seja mais divertido fazer uma mistura coletiva de todo o catálogo, homenagear toda a nossa obra, incluindo ‘L.D. 50’, resgatando coisas que normalmente não tocamos ao vivo.”

Knotfest Brasil 2024

O Knotfest Brasil 2024 acontece no próximo sábado (19) e domingo (20), no Allianz Parque, em São Paulo. Ingressos estão à venda no site Eventim. Confira as atrações:

Sábado (19/10):

  • 11h: Abertura dos portões
  • 12h30: Eskröta (Maggot Stage)
  • 13h: Orbit Culture (Knotstage)
  • 14h: Kryour (Maggot Stage)
  • 14h30: Dragonforce (Knotstage)
  • 15h30: Eminence (Maggot Stage)
  • 16h: Meshuggah (Knotstage)
  • 17h: Project46 (Maggot Stage)
  • 17h30: Amon Amarth (Knotstage)
  • 18h40: Krisiun (Maggot Stage)
  • 19h10: Mudvayne (Knotstage)
  • 20h20: Ratos de Porão (Maggot Stage)
  • 21h05: Slipknot (Knotstage) – celebração dos 25 anos de carreira

Domingo (20/10):

  • 11h: Abertura dos portões
  • 12h30: The Mönic (Maggot Stage)
  • 13h: Poppy (Knotstage)
  • 14h: Papangu (Maggot Stage)
  • 14h30: P.O.D. (Knotstage)
  • 15h30: Korzus (Maggot Stage)
  • 16h: Babymetal (Knotstage)
  • 17h: Seven Hours After Violet (Maggot Stage)
  • 17h30: Till Lindemann (Knotstage)
  • 18h40: Ego Kill Talent (Maggot Stage)
  • 19h10: Bad Omens (Knotstage)
  • 20h20: Black Pantera (Maggot Stage)
  • 21h05: Slipknot (Knotstage) – show especial do álbum “Slipknot” (1999)

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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