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O momento onde Mustaine notou que o Led Zeppelin havia deixado de tocar bem

Para líder do Megadeth, álbum ao vivo em específico deixou claro o desempenho da banda aquém do esperado

Dave Mustaine já demonstrou admiração pelo Led Zeppelin. O líder do Megadeth não esconde o apreço por discos como Led Zeppelin IV (1971) e Presence (1976).

Porém, ao mesmo tempo, o vocalista e guitarrista do Megadeth acredita que a banda apresentou um desempenho aquém do esperado a partir de determinado período de sua carreira. 

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Conversando com o canal AXS TV, o músico explicou que, quando o grupo lançou o álbum ao vivo “The Song Remains the Same” (1976, mas gravado em 1973), trilha sonora do filme de mesmo nome, percebeu que os músicos já não tocavam mais tão bem como antes. Conforme transcrição da Ultimate Guitar, ele opinou: 

“Eu me lembro quando o Led Zeppelin surgiu. Quando eles fizeram a última turnê enquanto John Bonham estava vivo, eu tinha ouvido o álbum ao vivo ‘The Song Remains the Same’ e pensei: ‘esses caras não estão mais tocando bem’.”

Apesar de defender tal ponto de vista, Mustaine ficava receoso de expressá-lo publicamente. Isso porque ainda era apenas um adolescente novato à época, enquanto o guitarrista Jimmy Page já tinha o status de lenda. 

De qualquer forma, o período serviu para logo perceber que não conseguiu “criar uma conexão” com o colega de profissão, como relatado: 

“Quem era eu para dizer aquilo? Eu era um moleque, um guitarrista novato que estava começando, enquanto Jimmy Page era uma lenda. Mas eu tinha meus motivos para ter essa opinião e ele não estava tocando bem, então eu não fingi que gostei do disco. O engraçado é que eu nunca consegui realmente criar uma conexão com Jimmy. Nós conversamos várias vezes. Eu sei que ele é uma pessoa amigável, mas nunca consegui me conectar com ele.”

Curiosamente, em anos passados por meio do X/Twitter, Mustaine chamou Page de sua primeira influência, assim como “grande herói”. Também atribuiu ao Led Zeppelin a capacidade de “abrir a sua mente” quanto às possibilidades na guitarra. 

A opinião de Jay Jay French sobre o Led Zeppelin

Outro guitarrista concorda parcialmente com Dave Mustaine. Jay Jay French, músico do Twisted Sister, chegou a descrever Jimmy Page como “mais preguiçoso” ao tocar ao vivo no livro “Twisted Business: Lessons from My Life in Rock ‘n Roll” (2021). Porém, ao menos para ele, isso não era exatamente um problema: 

“Eu vi o Zeppelin um zilhão de vezes ao vivo. Com certeza, Page era ótimo. Antes de tudo, ele era um músico de estúdio e conseguiu criar credibilidade assim. Mas com o passar do tempo, eu sinto que sua forma de tocar ficou desleixada, pelo menos para mim. Dava para notar a diferença entre Page tocando ao vivo e Page tocando em estúdio […]. Em estúdio, ele era muito focado, muito preciso. Já quando estava no palco com o Led Zeppelin, era um astro do rock. E eu preferia que ele fosse assim mais ‘desleixado’, porque isso envolvia o espetáculo, do que se ele estivesse lá tentando fazer tudo certo.” 

Sobre “The Song Remains the Same”

Para eternizar as apresentações feitas no Madison Square Garden, Nova York, em 1973, o Led Zeppelin lançou o filme-concerto “The Song Remains the Same” (1976) e a trilha sonora de mesmo nome. Com registros dos shows e tomadas fictícias dos integrantes, a produção recebeu críticas negativas e ficou marcada por uma série de adversidades. 

Insatisfeito com as escolhas do diretor original Joe Massot, o empresário Peter Grant substituiu o profissional por Peter Clifton em 1974, depois que os concertos já tinham sido registrados. Ao inspecionar as imagens e as pontas soltas, Clifton sugeriu então a recriação de parte dos shows no estúdio de cinema Shepperton Studios. 

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

4 COMENTÁRIOS

  1. Led Zeppelin merece o status de ”Lenda do Rock”. Gosto mais do estilo “Communication Breakdown”, o som mais hard rock dos primeiros discos, embora eles também tenham coisas interessantes do folk britânico, além de covers de blues norte-americano.

    Nos discos seguintes, gravaram muita coisa diferente como reggae, temas sobre ocultismo e rock progressivo, e até influencias de samba, como em Fool in the rain.

    Após o “The song remains the same”, creio que o Led faria algo melhor se não parassem em 1980. O lançamento do ”How the west was won”, comprova isso.

    Não dá para considerar o Live Aid, porque Phil Collins sequer teve tempo de ensaiar com os caras. ”Celebration Day” é bom, mas já é de uma época distinta.

  2. Zeppelin é uma lenda e uma banda que foi mais longe q outras bandas, em minha opinião. Eu concordo parcialmente com Mustaine. Ouvi muitas coisas ao vivo deles e acho q houve uma decadência ao vivo de Page e Plant a partir dos shows de 1975 pra frente. O The song remains the same foi da turnê de 1973 e o filme lançado em 1976. Nesse ano eles estavam em forma e o show foi ótimo, com pouquíssimas falhas. Page estava muito bem e a voz de Plant estava no auge.

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Para líder do Megadeth, álbum ao vivo em específico deixou claro o desempenho da banda aquém do esperado

Dave Mustaine já demonstrou admiração pelo Led Zeppelin. O líder do Megadeth não esconde o apreço por discos como Led Zeppelin IV (1971) e Presence (1976).

Porém, ao mesmo tempo, o vocalista e guitarrista do Megadeth acredita que a banda apresentou um desempenho aquém do esperado a partir de determinado período de sua carreira. 

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Conversando com o canal AXS TV, o músico explicou que, quando o grupo lançou o álbum ao vivo “The Song Remains the Same” (1976, mas gravado em 1973), trilha sonora do filme de mesmo nome, percebeu que os músicos já não tocavam mais tão bem como antes. Conforme transcrição da Ultimate Guitar, ele opinou: 

“Eu me lembro quando o Led Zeppelin surgiu. Quando eles fizeram a última turnê enquanto John Bonham estava vivo, eu tinha ouvido o álbum ao vivo ‘The Song Remains the Same’ e pensei: ‘esses caras não estão mais tocando bem’.”

Apesar de defender tal ponto de vista, Mustaine ficava receoso de expressá-lo publicamente. Isso porque ainda era apenas um adolescente novato à época, enquanto o guitarrista Jimmy Page já tinha o status de lenda. 

De qualquer forma, o período serviu para logo perceber que não conseguiu “criar uma conexão” com o colega de profissão, como relatado: 

“Quem era eu para dizer aquilo? Eu era um moleque, um guitarrista novato que estava começando, enquanto Jimmy Page era uma lenda. Mas eu tinha meus motivos para ter essa opinião e ele não estava tocando bem, então eu não fingi que gostei do disco. O engraçado é que eu nunca consegui realmente criar uma conexão com Jimmy. Nós conversamos várias vezes. Eu sei que ele é uma pessoa amigável, mas nunca consegui me conectar com ele.”

Curiosamente, em anos passados por meio do X/Twitter, Mustaine chamou Page de sua primeira influência, assim como “grande herói”. Também atribuiu ao Led Zeppelin a capacidade de “abrir a sua mente” quanto às possibilidades na guitarra. 

A opinião de Jay Jay French sobre o Led Zeppelin

Outro guitarrista concorda parcialmente com Dave Mustaine. Jay Jay French, músico do Twisted Sister, chegou a descrever Jimmy Page como “mais preguiçoso” ao tocar ao vivo no livro “Twisted Business: Lessons from My Life in Rock ‘n Roll” (2021). Porém, ao menos para ele, isso não era exatamente um problema: 

“Eu vi o Zeppelin um zilhão de vezes ao vivo. Com certeza, Page era ótimo. Antes de tudo, ele era um músico de estúdio e conseguiu criar credibilidade assim. Mas com o passar do tempo, eu sinto que sua forma de tocar ficou desleixada, pelo menos para mim. Dava para notar a diferença entre Page tocando ao vivo e Page tocando em estúdio […]. Em estúdio, ele era muito focado, muito preciso. Já quando estava no palco com o Led Zeppelin, era um astro do rock. E eu preferia que ele fosse assim mais ‘desleixado’, porque isso envolvia o espetáculo, do que se ele estivesse lá tentando fazer tudo certo.” 

Sobre “The Song Remains the Same”

Para eternizar as apresentações feitas no Madison Square Garden, Nova York, em 1973, o Led Zeppelin lançou o filme-concerto “The Song Remains the Same” (1976) e a trilha sonora de mesmo nome. Com registros dos shows e tomadas fictícias dos integrantes, a produção recebeu críticas negativas e ficou marcada por uma série de adversidades. 

Insatisfeito com as escolhas do diretor original Joe Massot, o empresário Peter Grant substituiu o profissional por Peter Clifton em 1974, depois que os concertos já tinham sido registrados. Ao inspecionar as imagens e as pontas soltas, Clifton sugeriu então a recriação de parte dos shows no estúdio de cinema Shepperton Studios. 

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  1. Led Zeppelin merece o status de ”Lenda do Rock”. Gosto mais do estilo “Communication Breakdown”, o som mais hard rock dos primeiros discos, embora eles também tenham coisas interessantes do folk britânico, além de covers de blues norte-americano.

    Nos discos seguintes, gravaram muita coisa diferente como reggae, temas sobre ocultismo e rock progressivo, e até influencias de samba, como em Fool in the rain.

    Após o “The song remains the same”, creio que o Led faria algo melhor se não parassem em 1980. O lançamento do ”How the west was won”, comprova isso.

    Não dá para considerar o Live Aid, porque Phil Collins sequer teve tempo de ensaiar com os caras. ”Celebration Day” é bom, mas já é de uma época distinta.

  2. Zeppelin é uma lenda e uma banda que foi mais longe q outras bandas, em minha opinião. Eu concordo parcialmente com Mustaine. Ouvi muitas coisas ao vivo deles e acho q houve uma decadência ao vivo de Page e Plant a partir dos shows de 1975 pra frente. O The song remains the same foi da turnê de 1973 e o filme lançado em 1976. Nesse ano eles estavam em forma e o show foi ótimo, com pouquíssimas falhas. Page estava muito bem e a voz de Plant estava no auge.

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