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O festival que recusou o “irrelevante” Ozzy e levou à criação do Ozzfest

Sharon Osbourne, empresária e esposa do Madman, ficou "furiosa" com justificativa dada pelo evento em questão e resolveu provar o contrário

Ozzy Osbourne e a esposa e empresária Sharon Osbourne criaram o Ozzfest em 1996. Bem-sucedido, o festival itinerante se tornou de extrema relevância no cenário do rock/metal e aconteceu em países como Estados Unidos e Japão. Black Sabbath, Slipknot, Pantera, Slayer, Linkin Park, System of a Down e muitas outras bandas participaram.

Curiosamente, o Ozzfest surgiu como uma espécie de “vingança” a outro evento: o Lollapalooza, fundado com a colaboração de Perry Farrell, frontman do Jane’s Addiction, em 1991. 

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Recentemente, à Billboard, Sharon revelou que quando tentou negociar uma aparição do marido no Lolla, recebeu a justificativa de que ele era “irrelevante”. Assim, decidiu provar o contrário.

Ela declarou: 

“Em 1996, eu disse aos agentes do Ozzy: ‘Ozzy deveria estar no Lollapalooza’. Eles perguntaram a respeito e a resposta foi: ‘Ozzy não é relevante’. Eu disse, basicamente, ‘f#da-se, vou mostrar o quão relevante ele é’. Fiquei tão furiosa com a forma como o desrespeitaram como artista.” 

Também partiu da empresária a ideia de escalar grupos novatos no lineup, como uma forma de trazê-los visibilidade, de acordo com Ozzy. Ele acrescentou: 

“Eu sei como é começar uma banda. Quando o Sabbath começou, não conseguíamos agendar um show em lugar nenhum. Então Sharon disse: ‘teremos dois palcos, com grandes bandas e também bandas novas’. Foi uma ótima ideia.” 

Ao site Stereogum em 2022, o próprio Madman já havia relembrado o ocorrido. Em suas palavras, a esposa ficou enlouquecida com toda a situação mencionada: 

“Eu lembro que Sharon tentou me colocar no Lollapalooza e alguém respondeu: ‘Ozzy é meio que um dinossauro agora’. E ela ficou louca pra caralh# e disse: ‘nós faremos nosso próprio festival’. E funcionou!”

Ozzfest nos últimos anos

A edição mais recente do Ozzfest aconteceu em 2022 de forma virtual, como parte do Metaverse Music Festival. Participaram Ozzy Osbourne, Motörhead, Black Label Society, Skid Row e The Raven Age. A atração foi realizada no mundo virtual Decentraland, idealizado pela empresa Kraken.

Já no formato tradicional, a versão derradeira aconteceu em Inglewood, Califórnia, dia 31 de dezembro de 2018. Além do dono da festa, o palco principal contou com Marilyn Manson, Rob Zombie, Jonathan Davis (Korn) e Body Count. No secundário se apresentaram Zakk Sabbath, Devildriver e Wednesday 13.

Em episódio do “The Osbournes Podcast”, Sharon não descartou que o evento retome sua característica original, percorrendo diferentes roteiros mundo afora, no futuro. Sua filha, Kelly, também opinou, estabelecendo o seguinte diálogo:

“Sharon: Sim, é claro que pode voltar.

Kelly: Tudo se resume a se as bandas e empresários serão realistas em termos de quanto querem receber por tocar no festival.

Sharon: Verdade. É ótimo. Era isso que queríamos: que todos fizessem spin-offs e montassem seus próprios festivais, seria muito bom. Para os fãs, seria brilhante. Mas por que é que, quando se trata de nós, todo mundo pensa que somos trilionários, e então todo empresário que quer sua banda no nosso festival quer um dos malditos trilhões que eles acham que temos para colocar no festival?”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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