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Um dos irmãos Menendez critica série da Netflix; Ryan Murphy rebate

Erik Menendez descreveu "Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" como um "retrato desonesto" e "mal-intencionado"

Recentemente, estreou na Netflix a série “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”. Segunda parte da antologia “Monstros”, responsável por mostrar crimes reais, a produção acompanha os irmãos Menendez, que estão presos até hoje por terem assassinado os pais – José e Mary Louise “Kitty” Menendez.

Desde o seu lançamento no último dia 18 de setembro, a história ganhou popularidade na plataforma. Só em seu primeiro fim de semana, bateu 12,3 milhões de visualizações e conseguiu o posto de série em inglês mais assistida no streaming. Com tal repercussão, polêmicas a respeito vêm sendo levantadas, inclusive dos envolvidos no enredo. 

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Erik Menendez, um dos irmãos mencionados, teceu inúmeras críticas à “Monstros”. Em comunicado compartilhado pela esposa Tammi Menendez (via Rolling Stone), ele acusou um dos criadores, Ryan Murphy, de ter retratado todo o contexto de maneira “mal-intencionada” e “desonesta”, perpetuando mentiras e colaborando para que a discussão a respeito de violência sexual sofrida pelos homens “voltasse no tempo”. 

Ambos os irmãos alegaram ter passado por abusos físicos, psicológicos e sexuais do pai, principalmente quando tinham na faixa de 6 a 8 anos de idade, mas persistentes ao longo de toda a vida — inclusive semanas antes do crime. Sendo assim, Erik acredita que a série não retrata tal cenário de maneira compatível com a realidade.

Primeiramente, ele escreveu na nota: 

“Acreditávamos que já tínhamos deixado de lado as mentiras e as horríveis retratações de Lyle [o outro irmão] em personagens, criados de maneira caricata e enraizados em péssimas e descaradas mentiras, que agora prevalecem na série. Só posso acreditar que isso foi feito de propósito. É com dor no coração que digo: acredito que Ryan Murphy não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas dessa forma sem fazer isso de maneira mal-intencionada.”

Em seguida, descreveu os retrato dos irmãos na série como “desprezíveis”. Também aproveitou para refletir acerca da violência contra figuras masculinas: 

“É triste para mim saber que o retrato desonesto da Netflix a respeito das tragédias que envolvem nossos crimes fez com que a dolorosa verdade desse vários passos para trás e voltasse no tempo. Que voltasse para uma época em que a justiça construiu uma narrativa dentro de um sistema de crenças de que os homens não eram abusados ​​sexualmente e que os homens vivenciavam o trauma do estupro de forma diferente das mulheres. 

Essas mentiras horríveis acabaram e foram expostas por inúmeras vítimas corajosas nas últimas duas décadas que venceram sua própria vergonha e corajosamente falaram a respeito. Então agora Murphy molda sua narrativa horrível por meio de retratos de personagens desprezíveis e terríveis de Lyle e de mim e com ofensas desanimadoras.”

Enfim, Erik agradeceu a quem o apoiou. E deixou a seguinte mensagem:

“A verdade não é suficiente? Deixe a verdade permanecer como a verdade. Quão desmoralizante é saber que um homem com poder pode acabar com décadas de progresso tentando falar a verdade sobre traumas de infância? A violência nunca é uma resposta, nunca é uma solução e é sempre trágica. Por experiência própria, espero que nunca seja esquecido o fato de que a violência contra uma criança gera inúmeros crimes silenciosos sombrios por trás de brilho e glamour e raramente são expostos até que a tragédia acometa todos os envolvidos. A todos aqueles que me estenderam a mão e me apoiaram. Obrigado do fundo do meu coração.”

A resposta de Ryan Murphy

O pronunciamento em questão chegou até Ryan Murphy, que decidiu rebatê-lo. Quando perguntado sobre o assunto em entrevista à E! News, o criador da série deixou claro que, ao seu ver, Erik não assistiu a “Monsters”. Isso porque, segundo o próprio, “60 a 65% da história gira em torno do abuso” enfrentado pelos irmãos. 

Ele declarou:

“Sei que ele não assistiu à série, então acho a opinião curiosa. Tenho certeza disso. Espero que ele assista. Acho que se ele assistisse, ficaria incrivelmente orgulhoso de Cooper Koch, que o interpreta. A série muito interessante. O que estamos tentando fazer é mostrar muitas, muitas, muitas, muitas perspectivas. Em cada episódio, você recebe uma nova teoria com base em pessoas que estavam envolvidas ou trabalharam no caso. Se você prestar atenção, cerca de 60 a 65% da série gira em torno de Erik e Lyle Menendez falando sobre seu abuso, falando sobre o que isso os causou emocionalmente.”

Por sua vez, Nicholas Alexander Chavez, responsável por interpretar Lyle, diz entender o descontentamento de Erik. Ao Usa Today (via Deadline), o ator explicou o motivo: 

“Só posso reagir com compaixão e empatia, porque não consigo nem imaginar o quão difícil é ter o momento mais traumático da sua vida exposto em uma série para todos verem.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Desde o seu lançamento no último dia 18 de setembro, a história ganhou popularidade na plataforma. Só em seu primeiro fim de semana, bateu 12,3 milhões de visualizações e conseguiu o posto de série em inglês mais assistida no streaming. Com tal repercussão, polêmicas a respeito vêm sendo levantadas, inclusive dos envolvidos no enredo. 

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Erik Menendez, um dos irmãos mencionados, teceu inúmeras críticas à “Monstros”. Em comunicado compartilhado pela esposa Tammi Menendez (via Rolling Stone), ele acusou um dos criadores, Ryan Murphy, de ter retratado todo o contexto de maneira “mal-intencionada” e “desonesta”, perpetuando mentiras e colaborando para que a discussão a respeito de violência sexual sofrida pelos homens “voltasse no tempo”. 

Ambos os irmãos alegaram ter passado por abusos físicos, psicológicos e sexuais do pai, principalmente quando tinham na faixa de 6 a 8 anos de idade, mas persistentes ao longo de toda a vida — inclusive semanas antes do crime. Sendo assim, Erik acredita que a série não retrata tal cenário de maneira compatível com a realidade.

Primeiramente, ele escreveu na nota: 

“Acreditávamos que já tínhamos deixado de lado as mentiras e as horríveis retratações de Lyle [o outro irmão] em personagens, criados de maneira caricata e enraizados em péssimas e descaradas mentiras, que agora prevalecem na série. Só posso acreditar que isso foi feito de propósito. É com dor no coração que digo: acredito que Ryan Murphy não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas dessa forma sem fazer isso de maneira mal-intencionada.”

Em seguida, descreveu os retrato dos irmãos na série como “desprezíveis”. Também aproveitou para refletir acerca da violência contra figuras masculinas: 

“É triste para mim saber que o retrato desonesto da Netflix a respeito das tragédias que envolvem nossos crimes fez com que a dolorosa verdade desse vários passos para trás e voltasse no tempo. Que voltasse para uma época em que a justiça construiu uma narrativa dentro de um sistema de crenças de que os homens não eram abusados ​​sexualmente e que os homens vivenciavam o trauma do estupro de forma diferente das mulheres. 

Essas mentiras horríveis acabaram e foram expostas por inúmeras vítimas corajosas nas últimas duas décadas que venceram sua própria vergonha e corajosamente falaram a respeito. Então agora Murphy molda sua narrativa horrível por meio de retratos de personagens desprezíveis e terríveis de Lyle e de mim e com ofensas desanimadoras.”

Enfim, Erik agradeceu a quem o apoiou. E deixou a seguinte mensagem:

“A verdade não é suficiente? Deixe a verdade permanecer como a verdade. Quão desmoralizante é saber que um homem com poder pode acabar com décadas de progresso tentando falar a verdade sobre traumas de infância? A violência nunca é uma resposta, nunca é uma solução e é sempre trágica. Por experiência própria, espero que nunca seja esquecido o fato de que a violência contra uma criança gera inúmeros crimes silenciosos sombrios por trás de brilho e glamour e raramente são expostos até que a tragédia acometa todos os envolvidos. A todos aqueles que me estenderam a mão e me apoiaram. Obrigado do fundo do meu coração.”

A resposta de Ryan Murphy

O pronunciamento em questão chegou até Ryan Murphy, que decidiu rebatê-lo. Quando perguntado sobre o assunto em entrevista à E! News, o criador da série deixou claro que, ao seu ver, Erik não assistiu a “Monsters”. Isso porque, segundo o próprio, “60 a 65% da história gira em torno do abuso” enfrentado pelos irmãos. 

Ele declarou:

“Sei que ele não assistiu à série, então acho a opinião curiosa. Tenho certeza disso. Espero que ele assista. Acho que se ele assistisse, ficaria incrivelmente orgulhoso de Cooper Koch, que o interpreta. A série muito interessante. O que estamos tentando fazer é mostrar muitas, muitas, muitas, muitas perspectivas. Em cada episódio, você recebe uma nova teoria com base em pessoas que estavam envolvidas ou trabalharam no caso. Se você prestar atenção, cerca de 60 a 65% da série gira em torno de Erik e Lyle Menendez falando sobre seu abuso, falando sobre o que isso os causou emocionalmente.”

Por sua vez, Nicholas Alexander Chavez, responsável por interpretar Lyle, diz entender o descontentamento de Erik. Ao Usa Today (via Deadline), o ator explicou o motivo: 

“Só posso reagir com compaixão e empatia, porque não consigo nem imaginar o quão difícil é ter o momento mais traumático da sua vida exposto em uma série para todos verem.”

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