O disco do Queen com o melhor trabalho de guitarra da história para Marty Friedman

Ex-integrante do Megadeth classificou audição recente do álbum em equipamento de alto nível como "experiência religiosa"

Entre tantos deuses da guitarra, por vezes o nome de Brian May é deixado em segundo plano. Marty Friedman não concorda e exalta o legado do músico do Queen. Para ele, existe um disco do grupo britânico que traz o melhor trabalho de todos os tempos no instrumento.

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Em conversa com a Goldmine, o ex-Megadeth revelou que considera o álbum The Game (1980) não apenas o maior exemplo do talento de May, como também sua “apresentação de guitarra favorita no contexto geral de uma banda”. Curiosamente, porém, seu solo favorito de Brian não vem desse disco.

Inicialmente, ele explicou:

“Os elogios para esse álbum (‘The Game’) quase não são suficientes. Ele mostra um lado menos orquestrado e harmonizado do trabalho de Brian May na guitarra, eu o amo. O solo de ‘Somebody to Love’ (do álbum ‘A Day at the Races’, de 1976) é meu favorito de todos os tempos, mas a incrível variedade de melodias de guitarra perfeitamente escolhidas em todo o ‘The Game’ é impressionante.”

Friedman relembrou uma audição recente de “The Game” que confirmou sua opinião positiva sobre o disco. O guitarrista classificou a ocasião como uma “experiência religiosa”.

“Quando o filme do Queen (‘Bohemian Rhapsody’) saiu há alguns anos, fiz uma festa de audição para esse disco em uma loja de equipamento estéreo de alto nível em Tóquio, e ouvir ‘The Game’ em um sistema de som do nível de um estúdio foi uma experiência religiosa..”

Por fim, Friedman apresenta a sua conclusão sobre o disco:

“Posso dizer honestamente que esse álbum tem minha apresentação de guitarra favorita dentro do contexto geral de uma banda. Cada nota tocada é bem-vinda e mantém o foco nessas grandes canções e arranjos incríveis.”

O ex-Megadeth não é o único fã famoso do oitavo disco de estúdio do Queen. Kirk Hammett já destacou o álbum e um de seus hits, “Dragon Attack”, como sua música favorita do quarteto britânico. Para o integrante do Metallica, o destaque também vai para as guitarras de Brian May.

Sobre “The Game”

Lançado em 1980, “The Game” é um dos álbuns mais bem-sucedidos do Queen. Marcado pelo uso de sintetizadores, o disco foi o único da banda a alcançar o primeiro lugar da principal parada americana, Billboard Hot 100.

Só nos Estados Unidos, vendeu mais de quatro milhões de cópias. O trabalho inclui os singles “Another One Bites the Dust”, “Crazy Little Thing Called Love”, “Save Me”, “Play the Game” e “Need Your Loving Tonight”.

“The Game” marca a transição entre as principais “fases” do Queen, na virada dos anos 70, onde a banda tinha uma sonoridade mais pesada e experimental, para a década de 80, o período mais pop da banda.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

1 COMENTÁRIO

  1. Essa experiência que Friedman considera ”religiosa”, é algo que o público que nasceu e viveu só no mp3, que é um formato lossy (com perdas), não entendem. O Friedman, assim como eu, é da geração que cresceu com rádio e MTV de antes, mas também com os formatos de vinyl, fita k7 até o CD, DVD. Sabe bem como é escutar uma midia multichannel de alta definição, é quase como estar num show ao vivo, que cada membro da banda com seus instrumentos estão separados no palco, ou, com a banda tocando no estúdio.

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