Mick Mars era o “homem velho” do Mötley Crüe. Não apenas pela idade um pouco acima dos colegas, mas por todo o background, sendo mais experiente e tendo influências sonoras mais diversificadas.
As diferenças acabaram contribuindo para o sucesso da banda. Todavia, também o deixaram desconfortável em parte do tempo.
Durante entrevista publicada pela revista Classic Rock em março de 2024, o guitarrista não negou que precisou se adaptar aos parceiros de jornada. Com isso, nem sempre pôde desfrutar das mesmas glórias dos outros integrantes – o que sua condição de saúde apenas agravou.
Ele respondeu, ao ser questionado sobre o quanto se divertiu no auge do grupo:
“Foi divertido durante dois terços do tempo. Sempre havia aquele momento em que eu precisava dizer: ‘fiquem longe de mim, vocês estão me incomodando’.”
O melhor e o pior do Mötley Crüe
Perguntado sobre quais teriam sido os melhores momentos, Mars declarou:
“O principal foi tocar em todos esses lugares que você nunca, jamais pensou que tocaria. As coisas foram aumentando até parecerem quase maiores que a vida. Você é apenas um cara sentado ali, as pessoas estão olhando para você, dizendo: ‘uau, lá está ele!’. Lembro de, na Cidade do México, estar em um carro com vidros à prova de balas e havia algumas centenas de pessoas ao redor. Acho que elas não perceberam como era para nós.”
Mas também foi preciso lembrar o que de pior aconteceu. Foi quando a questão da convivência voltou à tona.
“Bem, às vezes eram caras mais novos sendo caras mais novos e um mais velho apenas querendo dormir. Jogar spray de cabelo na minha porta e atear fogo não era algo que eu via como divertido, embora seja meio engraçado lembrar agora. Tommy (Lee, baterista) correndo nu por um corredor e todas essas mulheres velhas colocando suas cabeças para fora das portas. Olhando para trás, é engraçado, mas na época eu só pedia: ‘Vocês podem ser um pouco mais tranquilos?’”
Mick Mars atualmente
Mick Mars não faz mas parte do Mötley Crüe desde outubro de 2022. O avanço da espondilite anquilosante tornou a rotina de estrada insuportável para os padrões do músico, atualmente com 73 anos. A banda mantém suas atividades com John 5 na guitarra.
Em fevereiro do ano atual saiu o álbum solo “The Other Side of Mars” – confira resenha clicando aqui. Contando com sonoridade mais moderna e obscura, o disco obteve repercussão discreta nas paradas. Seu sucessor já está sendo trabalhado, de acordo com o próprio Mick.
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