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David Gilmour recua após comparação entre novo álbum solo e “Dark Side of the Moon”

Músico havia dito que “Luck and Strange” seria seu melhor disco desde o icônico trabalho do Pink Floyd

No comunicado enviado à imprensa promovendo seu novo álbum, David Gilmour havia declarado que “Luck and Strange” seria seu melhor disco desde o histórico “The Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd. Obviamente, a frase se tornou capa de revista e manchete em sites de todo o planeta.

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Sabemos que é comum para um artista exaltar o trabalho mais recente como um dos principais da carreira. No entanto, o tempo se encarrega de colocar as coisas no lugar.

Para o britânico, as coisas já estão acontecendo antes mesmo de 6 de setembro, quando o play será oficialmente disponibilizado. O próprio reconheceu durante entrevista à Rolling Stone:

“Foi uma declaração exagerada, na verdade. Quer dizer, não é como se ‘Dark Side of the Moon’ fosse meu álbum favorito. Acho que prefiro ‘Wish You Were Here’.”

Ainda assim, a empolgação com o play não diminui. Gilmour reafirma sua confiança no material.

“De qualquer forma, parece-me a melhor coisa que fiz em mais ou menos minha memória viva, porque algumas dessas coisas parecem ter sido de outra pessoa, naquelas eras atrás. Eu estava na casa dos 30 quando Roger deixou nosso pequeno grupo pop, hoje tenho 78.”

David Gilmour e “Luck and Strange”

“Luck and Strange” sai dia 6 de setembro e conta com nove faixas – além de duas bônus para a versão em CD. Para este álbum, seu quinto em carreira solo, David Gilmour trabalhou com o co-produtor Charlie Andrew (Alt-J, Marika Hackman).

Outros colaboradores incluem Guy Pratt (músico frequente do Pink Floyd), Steve Gadd e Roger Eno, entre outros. A capa é de Anton Corbijn e foi inspirada em uma letra escrita por um dos filhos de Gilmour, Charlie, para a faixa final do álbum, “Scattered”.

Há outros familiares envolvidos: Romany Gilmour toca harpa e faz vocais principais em “Between Two Points” (cover de Montgolfier Brothers), enquanto Gabriel Gilmour canta backing vocals no geral.

Pink Floyd e “Dark Side of the Moon”

Oitavo álbum de estúdio do Pink Floyd, “Dark Side of the Moon” é seu trabalho mais bem-sucedido, com mais de 45 milhões de cópias vendidas mundialmente. Permaneceu 741 semanas consecutivas na Billboard 200, principal parada norte-americana, entre 1973 e 1988.

Foi concebido como um trabalho conceitual focado nas pressões enfrentadas pela banda e os problemas de saúde mental do ex-membro Syd Barrett, que deixou o grupo em 1968. O material foi desenvolvido em performances ao vivo, com boa parte sendo executada nos palcos antes mesmo das gravações.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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