Uma das músicas mais populares do System of a Down é “Toxicity”. Presente no disco de mesmo nome lançado em 2001, a canção conseguiu figurar na parada americana Billboard Hot 100 e acumula mais de 900 milhões de reproduções somente no Spotify.
Há diferentes interpretações para a letra. Alguns fãs acreditam que a canção aborde a toxicidade de Hollywood ou até mesmo da indústria da música. Durante festival em 2005, conforme o Songfacts, o guitarrista Daron Malakian chegou a dizer que o hit falava sobre Transtorno de Déficit de Atenção (TDA).
Porém, segundo Serj Tankian, o significado é um tanto quanto espiritual – ao menos no refrão. Durante recente participação no podcast Soul Boom, com transcrição pela NME, o vocalista detalhou a inspiração por trás das seguintes frases:
“Now, somewhere between the sacred silence (agora, em algum lugar entre o silêncio sagrado)/ Sacred silence and sleep (silêncio sagrado e o sono)/ Somewhere (em algum lugar)/Between the sacred silence and sleep (entre o silêncio sagrado e o sono).”
Em relação ao “silêncio sagrado” citado, o cantor explicou que a expressão é uma referência ao estado de espírito alcançado após a meditação. Ele disse:
“O ‘silêncio sagrado’ faz alusão à compreensão dos nativos americanos sobre espiritualidade e é o lugar que você alcança quando medita. Tudo se perde e tudo se encontra em meio ao silêncio sagrado.”
Já a menção ao sono remete ao estágio mais profundo do repouso – conhecido como REM. De acordo com o artista, o “momento único” também é equivalente à uma meditação e, por isso, acabou sendo empregado:
“Sabemos o que o sono significa. Então, ‘em algum lugar’ é uma coisa bonita porque eu acho que quando as pessoas vão dormir, na parte mais profunda do sono, há um momento em que você está meditando e simplesmente não percebe. É uma referência a esse momento único.”
System of a Down e o álbum “Toxicity”
Lançado em 4 de setembro de 2001, “Toxicity” trouxe a banda agregando ainda mais influências ao seu caldeirão sonoro, incluindo uso de instrumentos como cítara, banjo e piano. As letras contam com críticas a temas como encarceramento em massa, reducionismo científico, brutalidade policial, a guerra às drogas, investigações da CIA e maus tratos ao meio ambiente.
Mais de 30 canções foram trabalhadas, com 14 entrando no tracklist definitivo. Outras foram retrabalhadas em lançamentos posteriores.
Primeiro single, “Chop Suey!” chegou a ter sua veiculação proibida nas rádios americanas após os ataques terroristas. Algumas semanas depois, foi autorizada a rodar novamente.
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