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O guitarrista que mudou a vida de Steve Morse, segundo o próprio

Testemunhar um show de lenda do jazz britânico ressignificou a carreira do músico do Dixie Dregs e ex-Deep Purple

Steve Morse possui uma veia jazzística bem forte, o que o tornou um ponto singular entre os guitarristas de rock. Há uma razão especial para isso, já que suas características foram mudadas quando assistiu ao show de uma lenda britânica do gênero.

O próprio contou a história durante entrevista ao Ernie Ball String Theory Podcast. De acordo com o músico, testemunhar uma abordagem diferente o ajudou a encontrar a linguagem que sentia ser a necessária para se sobressair – o que efetivamente aconteceu com o passar dos anos.

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Ele contou, conforme transcrição do Ultimate Guitar:

“Minhas influências mudaram quando fui a um concerto de John McLaughlin com a Mahavishnu Orchestra. Eu estava bem na frente e aquilo mudou minha vida. John estava escrevendo com todos aqueles caras, mas acho que Jan Hammer teve uma grande influência sobre ele. Então, entre a influência de Jan Hammer e a maestria simplesmente incrível de John McLaughlin, isso realmente disse algo.”

A principal lição veio justamente do fato de que as misturas e possibilidades musicais eram infinitas.

“Foi como se me dissessem: ‘ok, você pode sair da bolha, ser jazzístico, aventureiro e ainda assim ter uma energia rock and roll’. Pensei: ‘isso é para mim, é mais ou menos assim que eu imagino’. De qualquer forma, não queria apenas copiar o estilo dele e suas composições. A ideia pegar essa energia externa, em algum lugar entre jazz e rock, e misturá-las.”

A importância da melodia para desconhecidos

Outro aprendizado importante para Morse aconteceu enquanto ainda era acadêmico na Universidade de Miami e tinha sua banda pré-Dixie Dregs, o Rock Ensemble II, que tocava no fórum estudantil.

“Durante aquela época, eu observava as pessoas enquanto elas passavam. Meio que aprendi que completos estranhos que passavam podiam ficar intrigados com a melodia. Quanto mais melódica uma coisa era, mais tempo eles ficavam. E assim que começávamos a fazer muitos solos sem nenhuma variedade, as pessoas iam embora. Se você estudasse a música do Dregs, a maioria tem quatro minutos, os solos são bem curtos e com ênfase na melodia. Tudo isso foi gerado observando. Quando chegamos ao ponto em que os arranjos eram atraentes para quem passava e não nos conhecia, eu e todos na banda dissemos: ‘Isso realmente vai funcionar’.”

Sobre Steve Morse

Nascido em Hamilton, Ohio, Estados Unidos, Steve Morse despontou na cena como membro fundador do Dixie Dregs, banda referencial na fusão de rock com jazz. Nos anos 1980, formou a Steve Morse Band e também integrou o Kansas. Entre 1987 e 1988, fez uma pausa na carreira e trabalhou como piloto de avião em linhas comerciais.

Em 1994 se tornou integrante do Deep Purple, em substituição a Ritchie Blackmore. Entre os dois, houve uma breve passagem de Joe Satriani. Permaneceu até recentemente, saindo para cuidar da esposa que estava com um câncer terminal – que a levou no início do ano.

Desde 2012, também faz parte do supergrupo Flying Colors, que conta com Neal Morse, Dave LaRue, Casey McPherson e Mike Portnoy.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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O próprio contou a história durante entrevista ao Ernie Ball String Theory Podcast. De acordo com o músico, testemunhar uma abordagem diferente o ajudou a encontrar a linguagem que sentia ser a necessária para se sobressair – o que efetivamente aconteceu com o passar dos anos.

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“Minhas influências mudaram quando fui a um concerto de John McLaughlin com a Mahavishnu Orchestra. Eu estava bem na frente e aquilo mudou minha vida. John estava escrevendo com todos aqueles caras, mas acho que Jan Hammer teve uma grande influência sobre ele. Então, entre a influência de Jan Hammer e a maestria simplesmente incrível de John McLaughlin, isso realmente disse algo.”

A principal lição veio justamente do fato de que as misturas e possibilidades musicais eram infinitas.

“Foi como se me dissessem: ‘ok, você pode sair da bolha, ser jazzístico, aventureiro e ainda assim ter uma energia rock and roll’. Pensei: ‘isso é para mim, é mais ou menos assim que eu imagino’. De qualquer forma, não queria apenas copiar o estilo dele e suas composições. A ideia pegar essa energia externa, em algum lugar entre jazz e rock, e misturá-las.”

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“Durante aquela época, eu observava as pessoas enquanto elas passavam. Meio que aprendi que completos estranhos que passavam podiam ficar intrigados com a melodia. Quanto mais melódica uma coisa era, mais tempo eles ficavam. E assim que começávamos a fazer muitos solos sem nenhuma variedade, as pessoas iam embora. Se você estudasse a música do Dregs, a maioria tem quatro minutos, os solos são bem curtos e com ênfase na melodia. Tudo isso foi gerado observando. Quando chegamos ao ponto em que os arranjos eram atraentes para quem passava e não nos conhecia, eu e todos na banda dissemos: ‘Isso realmente vai funcionar’.”

Sobre Steve Morse

Nascido em Hamilton, Ohio, Estados Unidos, Steve Morse despontou na cena como membro fundador do Dixie Dregs, banda referencial na fusão de rock com jazz. Nos anos 1980, formou a Steve Morse Band e também integrou o Kansas. Entre 1987 e 1988, fez uma pausa na carreira e trabalhou como piloto de avião em linhas comerciais.

Em 1994 se tornou integrante do Deep Purple, em substituição a Ritchie Blackmore. Entre os dois, houve uma breve passagem de Joe Satriani. Permaneceu até recentemente, saindo para cuidar da esposa que estava com um câncer terminal – que a levou no início do ano.

Desde 2012, também faz parte do supergrupo Flying Colors, que conta com Neal Morse, Dave LaRue, Casey McPherson e Mike Portnoy.

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