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A curiosa razão pela qual Paul Stanley não tem tocado mais guitarra

Frontman do Kiss entende que sentiria muita saudades do que fez nos últimos 50 anos caso empunhasse o instrumento

Após o encerramento das atividades de palco do Kiss, ocorrido no final do ano passado, Paul Stanley não tem tocado guitarra com muita frequência. Para o músico, a conexão com o que fez pelo último meio século ainda é forte. Caso passasse muito tempo com o instrumento, despertaria uma nostalgia com a qual ainda não está pronto para lidar.

A revelação do frontman aconteceu durante recente entrevista ao canal Gibson TV, administrado pela lendária empresa no YouTube. Para chegar a uma resposta, o mestre de cerimônias do quarteto precisou fazer uma reflexão de cunho quase analítico, olhando para dentro de si.

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Ele disse, conforme transcrição da Guitar World:

“Semana passada eu estava tentando descobrir por que não peguei uma guitarra nos últimos tempos. Não tenho tocado muito. E não conseguia entender o motivo. E então pensei que, se começasse a tocar, sentiria falta de estar com a banda e fazer o que fazemos.”

Para o Starchild, o distanciamento estratégico foi necessário para que outras perspectivas se abrissem no horizonte.

“É algo que está em meu DNA, só precisava me afastar um pouco. São 50 anos com o Kiss, uma marca fenomenal. E então, para cortar esses laços, pelo menos em termos de ser uma banda ao vivo, leva um tempo para se aclimatar e se ajustar. Precisava de um intervalo só para relaxar e me orientar.”

Saudades do Kiss

Mesmo assim, Paul não esconde sentir saudades de estar com os colegas. Especialmente se tratando de shows.

“Sempre foi incrível. E acho que perder isso de vista significaria que você não era merecedor – até a última noite, subir no palco e fazer o que eu aspirava quando era criança.”

De qualquer modo, ele deixa claro que o encerramento aconteceu no momento apropriado, o que não gera arrependimentos.

“Terminar do jeito que fizemos foi exatamente o desejado. Eu queria que terminássemos de uma forma que fosse inegável, de uma forma que as pessoas pudessem dizer ‘era uma vez uma banda’. Certamente há muitas bandas únicas. Mas há apenas um Kiss.”

A turnê “End of the Road” contou com 250 apresentações. A última foi realizada dia 2 de dezembro de 2023, no Madison Square Garden, em Nova York. A cidade dos Estados Unidos foi a mesma onde o Kiss iniciou a carreira, em 1973.

Paul Stanley e o futuro

Durante recente entrevista à jornalista Allison Hagendorf, Stanley deu algumas dicas sobre o futuro da marca Kiss. O grupo tem diversos projetos confirmados, como a realização de um espetáculo digital (Kiss Avatar) e uma cinebiografia (“Shout It Out Loud”), cujo prazo de lançamento, 2024, dificilmente será cumprido.

Além disso, a empresa também comandada pelo vocalista e baixista Gene Simmons anunciou em abril a venda de seu catálogo para a Pophouse, responsável justamente pelo Kiss Avatar. O valor da negociação é estimado em US$ 300 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão na cotação atual. Junto ao material musical, o acordo inclui marcas registradas como o logotipo e os desenhos das maquiagens.

Clique aqui para conferir uma transcrição mais detalhada do bate-papo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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