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O que diz Mike Muir sobre troca de bateristas entre Slipknot, Sepultura e Suicidal Tendencies

Jay Weinberg, Eloy Casagrande e Greyson Nekrutman trocaram de lugar entre as bandas nos últimos meses

No final do ano passado, a demissão de Jay Weinberg do Slipknot deu início a uma curiosa “ciranda” de bateristas. Como sabemos, o instrumentista foi substituído por Eloy Casagrande, que precisou deixar o Sepultura para assumir a vaga. A banda brasileira recrutou Greyson Nekrutman para sua turnê de despedida. Este era o titular das baquetas no Suicidal Tendencies, que chamou… Jay Weinberg.

O vocalista Mike Muir considera a situação normal. Em entrevista à Rolling Stone Brasil, o frontman do ST comentou o assunto e procurou manter tudo sob a ótica de uma “ação entre amigos”. E ainda ressaltou não haver qualquer tipo de controvérsia entre todos os envolvidos.

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Ele disse, mencionando outros nomes que passaram por seu grupo:

“Greyson estava no show do No Values Festival. Josh Freese também estava nesse festival, agora ele é o baterista do Foo Fighters, começou tocando com a gente quando tinha 17 anos. Ele tocou com Sting, Guns N’ Roses e em diversos discos. Brooks Wackerman, conhecemos ele quando tinha 14 anos. Agora ele está no Avenged Sevenfold. Thundercat, o baixista, tinha 17 anos quando começou com a gente.”

Greyson Nekrutman em show com o Sepultura (Foto: Vanessa Leão @vanessaleaoph)

Amizade mantida e feliz pelos colegas

Mike ainda fez questão de deixar claro manter uma relação harmoniosa com todos os envolvidos.

“Até onde eu sei, me dou bem com todos dos Slipknot. Considero Greyson como um amigo, apesar de não termos feito tantos shows. Mas com o Jay, chegamos a fazer uma turnê com o Infectious Grooves antes disso tudo acontecer.”

Jay Weinberg se apresentando com o Suicidal Tendencies no Rio de Janeiro (foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos)

O vocalista também entende que esse tipo de mudança é positivo, não apenas para as bandas, mas para os músicos individualmente.

“Amo quando as pessoas saem e fazem coisas — isso é ótimo. Tivemos tantas pessoas diferentes na banda que fizeram tantas coisas e aproveitaram ótimas oportunidades. Gosto de todos e estou feliz por todos. Espero e acho que todos serão desafiados. Para a internet, é engraçado, mas não tem nenhuma briga.

Acho que o ego de todo mundo aparece, todos querem mostrar o que sabem fazer. Será benéfico para todos: o Slipknot vai aproveitar — acho que o Sepultura não está gravando material novo, mas será bom para eles também. Estou feliz por todos, e é uma ótima oportunidade para o Greyson. Está tudo certo.”

Eloy Casagrande tocando com o Sepultura em 2022, antes de entrar para o Slipknot (foto: Jeff Marques @jeffmaarques_)

Mike Muir sobre Jay Weinberg

Ao site IgorMiranda.com.br, Mike Muir disse ter conhecido o trabalho de Jay Weinberg antes mesmo do Slipknot, pois soube que o baterista havia substituído o próprio pai, Max Weinberg, na E Street Band de Bruce Springsteen em 2009. Porém, a indicação veio de uma pessoa inusitada: o próprio filho de Muir, Tyson.

Robert (Trujillo, baixista) sinalizou que teria um período para fazer shows com o Infectious Grooves. Chamamos Brooks (Wackerman, baterista), mas ele estava com o Avenged Sevenfold, então tivemos que contratar um baterista. Meu filho, Tyson, é um grande fã de Jay e ficou falando para eu ligar para ele. Na época, ele havia feito uma cirurgia (no quadril e fêmur) e estava voltando a andar, então achei que ele não iria conseguir, fisicamente falando. Mas meu filho falou para ligar e descobrir. Eu nem tinha o número, mas Robert tinha, então mandei uma mensagem para saber como estava. Acabou dando tempo de ele se recuperar.”

Mike Muir, vocalista do Suicidal Tendencies, em São Paulo (foto: Leandro Bernardes @leandrolb / PxImages)

O frontman está muito satisfeito com o novo integrante. Em sua opinião, Jay “se encaixa no Suicidal, abraça e entende quem nós somos, de onde viemos e para onde queremos ir”.

“Quando fizemos o primeiro ensaio, foi muito divertido. Acho que foi ótimo para ele também, pois ele conseguiu misturar muitas coisas do que faz. Ele gosta dessa liberdade. Pedimos para ele tocar do jeito dele. Mesmo que tenhamos tocado várias dessas músicas centenas de vezes, vejo filmagens depois e percebo o quão incrível tem ficado. Amo o jeito que ele toca e tenho muita sorte por tê-lo conosco.”

Suicidal Tendencies no Brasil em 2024

No momento da publicação desta matéria, o Suicidal Tendencies realiza uma turnê pelo Brasil. O giro compreende cinco shows. Eis os locais e datas:

  • 12/07: Rio de Janeiro (RJ) – Sacadura 154 – confira resenha clicando aqui
  • 13/07: São Paulo (SP) – Centro Esportivo Tietê – confira resenha clicando aqui
  • 14/07: Curitiba (PR) – Tork n’ Roll
  • 16/07: Florianópolis (SC) – John Bull
  • 17/07: Belo Horizonte (MG) – Mister Rock
Suicidal Tendencies ao vivo em São Paulo (foto: Leandro Bernardes @leandrolb / PxImages)

Esta é a décima visita da banda de crossover thrash. Antes, eles vieram em 1994 (na edição inaugural do festival Monsters of Rock), 1997, 2008, 2012, 2013, 2014, 2016, 2017 e 2019.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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