O elemento diferente que Simon McBride trouxe ao Deep Purple, segundo Ian Paice

Baterista estabeleceu uma comparação de estilos com o titular anterior da guitarra, Steve Morse

Em 2022 o Deep Purple enfrentou uma mudança de formação com a saída do guitarrista Steve Morse. O músico deixou o grupo após quase três décadas por conta da saúde de sua esposa Janine, que enfrentava um câncer em estágio terminal – que acabou a levando em fevereiro deste ano.

O escolhido para substitui-lo foi Simon McBride. Inicialmente, ele permaneceria de forma temporária. Porém, com a situação se prolongando, chegou o momento em que acabou sendo efetivado. Atualmente um integrante, o artista participou ativamente do processo de composição de “=1”, álbum que sai no próximo dia 19 de julho.

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Em entrevista ao site Classic Rock History, o baterista Ian Paice comentou como tem sido a metodologia de trabalho no quinteto atual. Disse o único membro de todas as formações da banda, conforme transcrição do Blabbermouth:

“Bem, somos um grupo democrático. Felizmente, com cinco integrante, sempre conseguimos uma decisão. O voto de Simon é tão valioso e importante quanto o de qualquer um dos outros quatro.”

A saída de Steve Morse e a decisão de continuar

Em relação a como a entrada do novo colega se deu, o percussionista começou falando sobre a situação de Morse, que forçou o grupo a tomar uma decisão.

“Nós soubemos muito, muito rápido, e tivemos uma situação impossível com nosso amigo Steve Morse. Ele teve essa tragédia e não podia ficar na estrada. A família vem em primeiro lugar. Ao mesmo tempo, não podíamos simplesmente dizer: ‘Olha, podemos fazer uma turnê no verão. Você quer reservar esse tempo agora? Nós te avisaremos mais tarde.’ Ninguém vai aceitar isso.”

Ao mesmo tempo, o músico sabia que se a banda parasse por um longo tempo, poderia significar o fim definitivo.

“Nesta fase de nossas vidas e carreiras, se parássemos e esperássemos por ele, provavelmente não iríamos continuar. Seria o fim. Você não pode tirar um ano, dois anos de folga. Não agora. Não é como ter 21 anos novamente. Não é a mesma coisa. Então, tivemos essa situação impossível, tanto ele quanto nós. E decidimos que tínhamos que continuar.”

As contribuições do novo integrante

A seguir, Paice falou sobre as credenciais que levaram Simon McBride a assumir a bronca, levando à posterior entrada na folha salarial.

“Ele já havia trabalhado com Don Airey e Ian Gillan antes em seus projetos solo. Os dois disseram que era um ótimo cara e não teria problemas em se adaptar. De minha parte, se era bom o suficiente para eles, seria bom o suficiente para mim. Bastou meia hora tocando juntos no primeiro dia para ficar óbvio que era a pessoa certa. Não apenas se mostrou um bom músico, mas tinha personalidade e conseguia respeitar o que foi feito no nosso passado. Foi e ainda é muito divertido tocar com ele.”

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Em relação ao que o “novato” oferece em contribuições sonoras, Ian faz uma inevitável comparação com o antecessor.

“Se eu digo que é como um novo ar, não é para negar a genialidade de Steve e sua contribuição nos últimos 20 anos. É apenas diferente, às vezes uma mudança de direção é muito importante. E acho que Simon nos deu isso. Ele trouxe uma abordagem mais riffeira para a composição. Algumas das coisas de Steve eram muito mais cerebrais. Você tinha que realmente descobrir para onde ele estava indo. Steve tem uma mente maravilhosa, pensa em coisas que ninguém mais consegue inventar, e elas são lindas, são inteligentes. Simon é um pouco mais fácil de compreender imediatamente. E isso é legal, porque, de novo, é apenas uma ligeira mudança de direção. Nada que não tenhamos feito antes. Se alguma coisa, remonta a algo do início dos anos 70.”

Sobre Simon McBride

Nascido na África do Sul e radicado na Irlanda do Norte, o guitarrista Simon McBride possui um currículo de respeito, tendo tocado com nomes como Sweet Savage – substituindo Vivian Campbell (Def Leppard, Dio) –, The Don Airey Band, Ian Gillan e Snakecharmer, entre outros.

Em maio de 2022, lançou o álbum solo mais recente, intitulado “The Fighter”. A sonoridade do trabalho tem como base o rock clássico, abraçando influências do blues e do soul, além de algumas pitadas hard.

Deep Purple no Brasil em 2024

O Deep Purple se apresenta duas vezes no Brasil em setembro próximo. Dia 13, a banda toca no Espaço Unimed, em São Paulo. Ingressos já estão à venda através do site Ticket360.

Já dia 15, o grupo será o headliner do Palco Sunset do Rock in Rio. Avenged Sevenfold, Evanescence, Journey, Incubus e Os Paralamas do Sucesso estão entre as outras atrações da mesma data.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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