Chris Slade entrou para o AC/DC em 1989. À época, o baterista contribuiu não só com as gravações do disco “The Razors Edge” (1990), como também com a turnê realizada em divulgação.
Porém, anos mais tarde, em 1994, a banda fez uma proposta que deixou o músico extremamente ofendido ao ponto de abandonar permanentemente os colegas. Retornou apenas entre 2015 e 2016, de forma temporária.
A ideia do grupo era retomar as atividades com Phil Rudd, que havia atuado como baterista entre 1975 e 1983. Ao mesmo tempo, os integrantes não queriam descartar os serviços de Slade e pensavam em mantê-lo na “reserva” no caso de qualquer problema.
Quando o saudoso guitarrista Malcolm Young comunicou o fato, o baterista sentiu-se um tanto quanto insultado. Assim, optou por recusar o convite na mesma hora, como relembrou no quadro 1 Question With (via Classic Rock):
“Me senti meio ofendido sim. Não fiquei muito feliz com isso. Quem ficaria, né? Eles queriam continuar comigo. Na verdade, Malcolm me ligou e ele era um cara muito legal. Me ligou diretamente e eu lembro muito bem. Ele disse: ‘olha, não é por nada que você esteja fazendo ou não tenha feito, mas vamos tentar com Phil novamente, ok?’. E eu respondi: ‘então é isso, estou fora’. Aí ele falou: ‘não, não, gostaríamos que você ficasse por perto’. Eu disse: ‘não, não mude o que está funcionando, Malcom’.”
De qualquer maneira, o músico não guardou ressentimentos do antigo colega. Slade disse:
“Ele era um guitarrista genial. Ele não era apenas muito bom. Ele é o melhor guitarrista base com quem já trabalhei na minha vida e duvido que haja outro instrumentista assim que possa tocar ao lado de Malcom.”
Chris Slade e AC/DC
Ao não aceitar a proposta, Chris Slade acabou ficando arrependido da decisão. Ao menos, foi o que o baterista contou ao site Music Radar em 2014 (via Loudwire):
“Provavelmente deixei meu orgulho estúpido falar mais alto. Se fosse meu filho, eu diria: ‘espere, eles vão te procurar’. Para ser honesto, acho que eles teriam [me procurado]. Mas eles são muito orgulhosos e não voltariam atrás agora.”
O músico voltou ao AC/DC em 2015, para a turnê do álbum “Rock or Bust”, lançado no ano anterior. Ao final do giro, foi convidado a se retirar novamente. Entre outras bandas que integrou estão o The Firm, Uriah Heep, Manfred Mann’s Earth Band e Asia. Também acompanhou David Gilmour e Tom Jones.
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