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A fala de Clown que tranquilizou Eloy Casagrande em teste para o Slipknot

Pressão para ser tecnicamente perfeito deixou o baterista bastante tenso nos primeiros dias com a banda americana

Os testes para entrar no Slipknot representaram um momento decisivo na carreira de Eloy Casagrande. Após se consagrar como um dos melhores bateristas do metal ao lado do Sepultura, o brasileiro se deparou com o fim iminente do grupo e a necessidade de dar um próximo passo. 

Surgiu, então, a possibilidade de realizar um teste para a banda mascarada em dezembro de 2023. Os bastidores dos 10 dias de seleção foram abordados durante entrevista a Gustavo Chagas para o canal da Warner Brasil.

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Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, Casagrande contou inicialmente:

“Fui fazer um teste lá nos Estados Unidos, foi um teste de cerca de 10 dias. Eles marcaram um dia a mais no começo, adiantaram um dia só pra mim, só pra eu ir no estúdio e ter a tranquilidade de montar a bateria da forma como eu queria […], para que eu ficasse tranquilo pra resolver as questões do meu instrumento, porque é um instrumento grande, leva tempo, tem várias particularidades ali. Então me deram um dia só pra eu ficar tranquilo, pra organizar minhas coisas.”

Marcado por um clima profissional, o primeiro encontro com a banda buscava uma conexão social e musical entre os integrantes. 

“Aí no segundo dia, cheguei no estúdio, cheguei antes, fui o primeiro a chegar, e aos poucos eles foram chegando, os outros membros. Não lembro exatamente quem chegou antes de quem, mas meio que todo mundo foi chegando na mesma hora, e daí foi todo mundo se cumprimentando. Porque é um momento muito delicado, esse momento do teste em si, pra ver se as coisas vão se conectar ou não. Tem que conectar musicalmente e, possivelmente, melhor ainda, socialmente.”

O baterista refletiu sobre a importância de se conectar com os colegas de trabalho e do impacto disso na música.

“Se você tem uma boa relação com as pessoas com as quais você trabalha, melhor pra você. E isso acaba repercutindo muito na música. Mas acho que o principal objetivo ali era ter certeza que eu ia encaixar bem na banda, que eu ia conseguir executar as músicas, que eu ia trazer a energia necessária.”

Clown, uma voz de conforto

A pressão em torno do teste e a intenção de ser tecnicamente perfeito geraram uma tensão que foi percebida pelo percussionista M. Shawn “Clown” Crahan, um dos líderes e principal conceitualista do grupo, que orientou o brasileiro.

“Posso falar que todo mundo foi muito legal comigo desde o começo. Eles me deixaram muito à vontade, tentaram deixar o mais relaxado possível. Até foi no terceiro dia de teste, o Clown, o Shawn Crahan, ele chegou pra mim e falou: ‘pô, eu sei que você tá muito nervoso, dá pra ver que você tá todo dia bem nervoso’.”

Clown aconselhou o baterista a deixar a perfeição de lado e curtir a música para alcançar a energia que o Slipknot busca para impactar seu trabalho. Eloy relata:

“E ele falou: ‘Realmente, eu não queria estar na sua situação agora, não queria estar na sua pele. Mas cara, relaxa, tocar aqui no Slipknot não é sobre perfeição, ou sobre tocar tudo certinho. Aqui é sobre energia, sobre ser contundente, pra você impactar de alguma forma. Então ele falou, pensa nisso. Esquece a perfeição, curte a música’. Porque até então eu não sabia se eles estavam preocupados com a perfeição, se eu ia tocar todas as notas, se ia sair do jeito que eles queriam. Mas eles querem energia, eles querem alguém presente, eles querem fazer música.”

As palavras do percussionista acalmaram Casagrande. Ele relembra:

“Isso me trouxe uma tranquilidade muito maior, saber que tava todo mundo ali só pra curtir, pra fazer o som acontecer. Mas no primeiro dia, quando a gente começou a tocar, eu estava travado. Eu estava muito nervoso, não estava nem conseguindo fazer a contagem na baqueta. Não, brincadeira, a contagem eu consegui fazer. Mas estava extremamente nervoso, extremamente nervoso. Eu acho que se dependesse só do primeiro dia, eu não ia entrar na banda. Ainda bem que teve um segundo, terceiro e quarto.”

Eloy Casagrande no Slipknot

Os rumores em torno da ida de Eloy Casagrande para o Slipknot tomaram força com o anúncio da turnê de despedida do Sepultura, banda que integrava desde 2011. A possibilidade foi descartada inicialmente, mas em fevereiro o baterista oficializou sua saída do grupo brasileiro e dois meses depois fez sua estreia com os norte-americanos. 

Eloy entrou em estúdio com a banda para a gravação de “Long May You Die”, música inédita ainda sem data de lançamento. Atualmente, o grupo comemora os 25 anos de seu álbum de estreia com uma turnê que passará pelo Brasil nos dias 19 e 20 de outubro, com duas noites no festival Knotfest, em São Paulo.

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Tairine Martinshttps://www.youtube.com/channel/UC3Rav8j4-jfEoXejtX2DMYw
Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

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Surgiu, então, a possibilidade de realizar um teste para a banda mascarada em dezembro de 2023. Os bastidores dos 10 dias de seleção foram abordados durante entrevista a Gustavo Chagas para o canal da Warner Brasil.

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Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, Casagrande contou inicialmente:

“Fui fazer um teste lá nos Estados Unidos, foi um teste de cerca de 10 dias. Eles marcaram um dia a mais no começo, adiantaram um dia só pra mim, só pra eu ir no estúdio e ter a tranquilidade de montar a bateria da forma como eu queria […], para que eu ficasse tranquilo pra resolver as questões do meu instrumento, porque é um instrumento grande, leva tempo, tem várias particularidades ali. Então me deram um dia só pra eu ficar tranquilo, pra organizar minhas coisas.”

Marcado por um clima profissional, o primeiro encontro com a banda buscava uma conexão social e musical entre os integrantes. 

“Aí no segundo dia, cheguei no estúdio, cheguei antes, fui o primeiro a chegar, e aos poucos eles foram chegando, os outros membros. Não lembro exatamente quem chegou antes de quem, mas meio que todo mundo foi chegando na mesma hora, e daí foi todo mundo se cumprimentando. Porque é um momento muito delicado, esse momento do teste em si, pra ver se as coisas vão se conectar ou não. Tem que conectar musicalmente e, possivelmente, melhor ainda, socialmente.”

O baterista refletiu sobre a importância de se conectar com os colegas de trabalho e do impacto disso na música.

“Se você tem uma boa relação com as pessoas com as quais você trabalha, melhor pra você. E isso acaba repercutindo muito na música. Mas acho que o principal objetivo ali era ter certeza que eu ia encaixar bem na banda, que eu ia conseguir executar as músicas, que eu ia trazer a energia necessária.”

Clown, uma voz de conforto

A pressão em torno do teste e a intenção de ser tecnicamente perfeito geraram uma tensão que foi percebida pelo percussionista M. Shawn “Clown” Crahan, um dos líderes e principal conceitualista do grupo, que orientou o brasileiro.

“Posso falar que todo mundo foi muito legal comigo desde o começo. Eles me deixaram muito à vontade, tentaram deixar o mais relaxado possível. Até foi no terceiro dia de teste, o Clown, o Shawn Crahan, ele chegou pra mim e falou: ‘pô, eu sei que você tá muito nervoso, dá pra ver que você tá todo dia bem nervoso’.”

Clown aconselhou o baterista a deixar a perfeição de lado e curtir a música para alcançar a energia que o Slipknot busca para impactar seu trabalho. Eloy relata:

“E ele falou: ‘Realmente, eu não queria estar na sua situação agora, não queria estar na sua pele. Mas cara, relaxa, tocar aqui no Slipknot não é sobre perfeição, ou sobre tocar tudo certinho. Aqui é sobre energia, sobre ser contundente, pra você impactar de alguma forma. Então ele falou, pensa nisso. Esquece a perfeição, curte a música’. Porque até então eu não sabia se eles estavam preocupados com a perfeição, se eu ia tocar todas as notas, se ia sair do jeito que eles queriam. Mas eles querem energia, eles querem alguém presente, eles querem fazer música.”

As palavras do percussionista acalmaram Casagrande. Ele relembra:

“Isso me trouxe uma tranquilidade muito maior, saber que tava todo mundo ali só pra curtir, pra fazer o som acontecer. Mas no primeiro dia, quando a gente começou a tocar, eu estava travado. Eu estava muito nervoso, não estava nem conseguindo fazer a contagem na baqueta. Não, brincadeira, a contagem eu consegui fazer. Mas estava extremamente nervoso, extremamente nervoso. Eu acho que se dependesse só do primeiro dia, eu não ia entrar na banda. Ainda bem que teve um segundo, terceiro e quarto.”

Eloy Casagrande no Slipknot

Os rumores em torno da ida de Eloy Casagrande para o Slipknot tomaram força com o anúncio da turnê de despedida do Sepultura, banda que integrava desde 2011. A possibilidade foi descartada inicialmente, mas em fevereiro o baterista oficializou sua saída do grupo brasileiro e dois meses depois fez sua estreia com os norte-americanos. 

Eloy entrou em estúdio com a banda para a gravação de “Long May You Die”, música inédita ainda sem data de lançamento. Atualmente, o grupo comemora os 25 anos de seu álbum de estreia com uma turnê que passará pelo Brasil nos dias 19 e 20 de outubro, com duas noites no festival Knotfest, em São Paulo.

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