Tommy Thayer e Eric Singer concordam com o fim do Kiss? Guitarrista responde

Banda concluiu turnê de despedida "End of the Road" em dezembro do ano passado e continuará ativa nos palcos por meio de avatares

O Kiss encerrou sua trajetória nos palcos em dezembro do ano passado. Depois de 50 anos de atividades, a banda finalizou a turnê de despedida “End of the Road” e anunciou que continuará ativa por meio de avatares.

Desde o início, ficou claro que os “chefes” Paul Stanley (voz e guitarra) e Gene Simmons (voz e baixo), respectivamente com 72 e 74 anos, encabeçaram a decisão. Mas e os outros dois membros?

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Conversando com o jornal The Sun, o guitarrista Tommy Thayer, integrante oficial do quarteto desde 2002, afirmou que ele e o baterista Eric Singer — ambos mais jovens, respectivamente com 63 e 66 anos — também concordaram com o término. Isso porque seria difícil manter o mesmo nível de performance no futuro, já que, durante os shows, os envolvidos utilizavam figurinos pesados e apostavam em muita pirotecnia para além da música.

“Gene, Paul Stanley, eu e Eric Singer decidimos que, por causa do aspecto envolvido no que o Kiss faz, é um pouco diferente [tocar ao vivo]. É uma performance elevada e fisicamente vai muito além do que os grupos comuns estão fazendo. Foi por isso que decidimos meio que parar enquanto as coisas ainda estavam muito fortes, com a banda ainda sendo ‘muito quente’.”

Porém, em 2019, durante bate-papo com o Review Journal, ele já havia destacado que a ideia, de fato, partiu de Gene e Paul. À época, contou ao veículo:

“Começou com Gene e Paul, obviamente. Eu sabia que eles queriam sair em uma turnê comemorando 45 anos e fazer isso enquanto a banda ainda está em sua melhor forma, enquanto podemos fazer um show tão bem quanto conseguimos.”

Kiss e avatares

No dia 2 de dezembro, em seu último show, o Kiss anunciou que a história da marca será prosseguida através de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que ainda serão devidamente explicados.

Os avatares do Kiss foram criados pela Industrial Light & Magic (ILM), financiados e produzidos pela Pophouse Entertainment. Para a criação de suas versões digitais, os músicos ensaiaram com trajes de captura de movimento. A proposta é retratá-los como super-heróis, mas registrando seus trejeitos ao máximo.

O primeiro show da versão avatar deve demorar um pouco para rolar. De acordo com um vídeo publicado pela banda nas redes sociais, a apresentação inaugural acontecerá em 2027.

Outros projetos

A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise.

A cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção e a ideia é lançá-la em 2024. A história do grupo será contada em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975.

A obra é uma parceria com a Netflix, que se encarregará da promoção e distribuição. O norueguês Joachim Rønning (“Malévola: Dona do Mal”, “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “A Aventura de Kon-Tiki”) é o diretor. O roteiro é assinado por Ole Sanders.

Sobre Tommy Thayer

Nascido em Portland, Oregon, Estados Unidos, Thomas Cunningham Thayer é filho de uma cantora clássica/violinista com um militar de reserva, empresário e líder comunitário. Começou a carreira tocando em bandas locais.

Seu primeiro momento de destaque ocorreu no Black ‘N Blue. Lançou 4 álbuns de estúdio, produzidos por Dieter Dierks, Bruce Fairbairn e Gene Simmons. Apesar de não ter feito tanto sucesso, o grupo se tornou um nome respeitado entre os fãs do hard rock oitentista.

A partir do final dos 1980, passou a se envolver com os bastidores do Kiss, atuando tanto na parte empresarial como na função de compositor. Assinou faixas nos álbuns “Hot In The Shade” (1989), “Carnival Of Souls: The Final Sessions” (1997) e “Psycho Circus” (1998) – tendo gravado passagens nesse último. Em 2002 substituiu Ace Frehley no posto de guitarrista, permanecendo até o final.

Seu currículo também conta com gravações ao lado de Jimmy Barnes, Doro Pesch, Loverboy, Medicine Wheel, Shake The Faith e Harlow, entre outros.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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