A curiosa reação de Ritchie Blackmore após Lars Ulrich cumprimentá-lo

Baterista do Metallica admitiu arrogância do ídolo, mas disse ser exatamente o que ele esperava

O mundo sabe que Ritchie Blackmore não é uma pessoa fácil. Dentro e fora dos palcos, o guitarrista que fez história com Deep Purple e Rainbow coleciona desafetos e incidentes, incluindo momentos em que saiu na mão com colegas de banda – especialmente vocalistas.

Lars Ulrich havia assistido o ídolo ainda na infância, quando morava na Dinamarca. Posteriormente, teve a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Como não poderia ser diferente, o ícone do hard rock transformou o ambiente em um espaço de pura tensão com seu comportamento.

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Lembrou o baterista do Metallica em entrevista de 2012 à revista Classic Rock:

“Ele era indiferente, arrogante, era Ritchie Blackmore. Você não gostaria que ele fosse diferente. Lembro que a primeira vez que falei com ele foi nos bastidores de um show Sacramento, no ano de 1987, na turnê do álbum ‘House of Blue Light’, do Deep Purple. Um assistente nos apresentou e eu disse: ‘Ei, como vai você?’ E ele olhou para mim, fez uma pausa e respondeu: ‘Se eu dissesse que estou bem, seria uma resposta muito convencional’. Essa foi a primeira coisa que ele me disse. Eu estava tipo: ‘Cara, você é a pessoa mais legal do planeta’.”

Lars Ulrich e Ian Gillan

Já em se tratando do cantor e maior desafeto de Blackmore, a situação mudou de figura totalmente.

Ian Gillan é uma das pessoas mais legais do planeta. Tivemos ótimas sessões de vídeo juntos, incluindo uma que envolveu ele vindo à minha casa para assistir algumas filmagens do Purple. Isso foi surreal. Eu senti como se tivesse 16 anos de novo, exatamente como sempre me sinto quando estou perto deles.”

Discurso sobre o Deep Purple

Em 2016, Lars Ulrich pôde explicitar ao mundo sua admiração pelo Deep Purple ao realizar o discurso de entrada do grupo ao Rock and Roll Hall of Fame. Como já era imaginado, o temperamental Ritchie Blackmore não compareceu – o que não poupou o ambiente de muita tensão, especialmente da parte de Ian Gillan para com David Coverdale e Glenn Hughes, membros de distintas formações.

Na ocasião, no trecho final de sua fala, o baterista declarou:

“Milhões de seguidores ao redor do mundo enxergam o Deep Purple como épico, imprevisível, enérgico, legal, intenso, brilhante, impulsivo, espontâneo, hipnotizante, de cair o queixo, sobrenatural, implacável, pioneiro e, em última análise, eterno. Ritchie Blackmore, David Coverdale, Rod Evans, Ian Gillan, Roger Glover, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice, eles deveriam estar aqui há muito tempo. Eles estão agora aqui, onde pertencem. Eu sempre quis dizer isso, por favor, seja bem-vindo ao palco e ao Rock and Roll Hall of Fame, aplausos para o Deep Purple.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. Eu concordo com Lars, mas essa parada de ‘Rock and roll hall of fame’ não ter incluido ainda, o Iron Maiden, que está lá no topo do metal, junto de Metallica, e lendas como Black Sabbath, Judas Priest, Deep Purple, UFO — mas, apesar disso, já incluíram gente que sequer tocar rock. Até o Johnny Rivers, que é um dos pioneiros do rock n roll dos primórdios, desde as décadas 50s/60s, também não está lá. O Mark Knopfler fez bem em ter dado o cano na cerimônia desse lugar.

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