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Por que o Pink Floyd não voltará, segundo David Gilmour

Para o guitarrista e vocalista, a banda deu o que tinha a dar e cada integrante deve seguir o próprio caminho

A esta altura, não são muitos os fãs que realmente esperam por um retorno do Pink Floyd. A curta apresentação no Live 8, em 2005, foi a derradeira do grupo. David Gilmour e Nick Mason ainda participaram de um show da The Wall Tour, de Roger Waters. Recentemente, o guitarrista e o baterista ainda se reuniram para gravar uma música inédita em apoio à Ucrânia, “Hey Hey Rise Up”.

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Porém, um retorno em tempo integral está totalmente descartado. Em 2016, quando divulgava o álbum “Rattle That Lock”, o marido e parceiro artístico de Polly Samson rechaçou qualquer possibilidade.

Curiosamente, para tal, precisou concordar com seu grande desafeto e parceiro no auge da carreira, que declarou à época não ver sentido, além de deixar claro que todos os envolvidos deveriam seguir seus próprios caminhos.

Disse o músico à Classic Rock:

“O Pink Floyd acabou. Tive uma vida com a banda dos 21 aos 69 anos. O período hoje considerado nosso apogeu representa 95% de histórias musicalmente gratificantes, alegres, cheias de diversão e risadas. Certamente não quero deixar que os outros 5% influenciem minha visão do que foi um longo e fantástico período juntos. Mas seguiu seu curso, terminamos, seria uma falsidade voltar e fazer tudo de novo.”

O falecimento do tecladista Richard Wright, ocorrido em 2008, também seria um obstáculo para David. Ele afirmou:

“Fazer isso sem Rick seria simplesmente errado. Sou totalmente a favor de Roger fazer o que quiser, se divertir e obter a alegria que deve ter tido com aqueles shows do ‘The Wall’. Estou em paz com todas essas coisas. Mas eu absolutamente não quero voltar. Não quero ir tocar em estádios sob a bandeira do grupo. Sou livre para fazer exatamente o que quero e como quero. Não sei se é tão bom quanto o Pink Floyd, pior que o Pink Floyd ou melhor que o Pink Floyd. Eu não dou a mínima. É o que quero fazer e é o que farei.”

David Gilmour – “Luck and Strange”

David Gilmour anunciou para 6 de setembro seu primeiro álbum solo em 9 anos. “Luck and Strange” chega a público por meio da Sony Music. O primeiro single, “The Piper’s Call”, já foi disponibilizado. O trabalho começou a ser desenvolvido durante a pandemia de covid-19. Porém, há uma colaboração que remete a tempos anteriores: a faixa-título apresenta teclados gravados pelo já mencionado Richard Wright.

A produção ficou a cargo de Charlie Andrew (Alt-J, Marika Hackman). As letras, escritas em parceria com Polly Samson, reflete. “o ponto de vista de se estar mais velho e a mortalidade como uma constante”.

Outros colaboradores incluem Guy Pratt (músico frequente do Pink Floyd), Steve Gadd e Roger Eno. A capa é de Anton Corbijn e foi inspirada em uma letra escrita por um dos filhos de Gilmour, Charlie, para a faixa final do álbum, “Scattered”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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