O Príncipe das Trevas viu o sol brilhar, no meio de tanta escuridão recentemente, quando foi eleito para o Rock and Roll Hall of Fame por sua carreira solo. A questão que resta saber é: Ozzy Osbourne será capaz de cantar na cerimônia de entrada, marcada para 19 de outubro?
Segundo o artista, vontade não falta. Durante um episódio recente de seu programa “Ozzy Speaks”, do sistema pago americano SiriusXM (via Ultimate Classic Rock), o cantor falou sobre seu desejo de se apresentar.
De forma breve, comentou:
“Eu quero fazer um show sem cair sozinho, mas o médico está sendo cauteloso.”
O músico já faz parte do Rock Hall desde 2006, quando entrou como parte do Black Sabbath. Contudo, em entrevista à Billboard, Ozzy disse que ser eleito por sua carreira solo era algo diferente.
Ele afirmou:
“Isso porque minha carreira solo representa uma parte muito maior da minha carreira musical inteira.”
Tratamento com células-tronco
Ozzy Osbourne teve seu diagnóstico de Parkinson revelado em 2020. Desde então, tem muitas dificuldades para se locomover.
Durante outra aparição no Ozzy Speaks, seu programa na rádio Ozzy’s Boneyard, da SiriusXM, o cantor forneceu maiores informações sobre a que vem sendo submetido em tempos recentes.
Disse o artista, conforme transcrição do Blabbermouth:
“Acabo de chegar do médico, me injetaram células-tronco. Você sai de lá não se sentindo muito bem, mas seria muito pior caso não tivesse essa alternativa. Essa coisa que eu tenho é como uma super célula-tronco, sabe? Eles colocaram três garrafas em mim esta manhã. Já havia feito uma sessão cerca de três meses atrás e a nova foi um acompanhamento. Volto lá daqui uns seis meses.”
O uso de células-tronco no tratamento de portadores do Parkinson vem sendo estudado desde o início do século. Em 2002, conforme registro da Folha, um paciente americano teve diminuição de 83% dos sintomas através de um transplante. Agora, em experimentos conduzidos na Suécia, médicos e cientistas buscam a cura definitiva se valendo do mesmo método.
Ozzy Osbourne e o Parkinson
No final de 2022, Ozzy falou ao The Guardian sobre como lida com os efeitos da doença, com a qual foi diagnosticado há quase duas décadas, embora só a tenha trazido a público recentemente.
“A pior parte é caminhar. Você pensa que o pé levantou, mas ele não saiu do lugar. Sinto como se estivesse usando botas de chumbo o tempo todo.”
A outra consequência acabou sendo a depressão. Ele disse:
“Cheguei a um patamar mais baixo do que eu queria. Nada realmente funcionava para me animar. Então comecei a tomar antidepressivos e eles funcionam bem.”
Ozzy ainda toma três remédios para controlar o Parkinson, o que o causa perda de memória a curto prazo, além de constipações, o que o faz recorrer a laxantes. Aí o próprio não pode perder a piada.
“Depois que tomo o laxante, é hora de dinamite!”
Mas o momento dura pouco quando Osbourne reflete sobre o aspecto mais frustrante da doença: o destino final.
“Você aprende a viver o momento, porque não sabe o que vai acontecer. Você não sabe quando vai acordar e não vai conseguir sair da cama. A solução é simplesmente não pensar nisso.”
Rock and Roll Hall of Fame 2024
Dave Matthews Band, Cher, A Tribe Called Quest, Mary J. Blige, Peter Frampton, Foreigner e Kool & The Gang serão os outros homenageados na próxima cerimônia, que acontece dia 19 de outubro no Mortgage Fieldhouse, em Cleveland, Estados Unidos.
Além disso, Jimmy Buffett, MC5, Dionne Warwick e Norman Whitfield serão incluídos na categoria “excelência musical”. Alexis Korner, John Mayall e Big Mama Thornton entram na seção de “influência musical”. A produtora de entretenimento Suzanne de Passe foi a vencedora do prêmio anual Ahmet Ertegun.
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