Ex-integrante do Misfits, o vocalista Michale Graves confirmou dois shows no Brasil. As apresentações acontecem nos dias 19 e 20 de outubro, respectivamente em São Paulo e Sorocaba, sob promessa de um repertório focado nos clássicos de sua antiga banda.
Na capital paulista, o músico americano realiza uma apresentação solo, com abertura do grupo uruguaio The Moors, no Hangar 110. Ingressos estão à venda no site Pixel Ticket.
Já na cidade do interior do estado, Graves é uma das atrações do festival Lucky Friends Rodeo Motorcycle, a ser realizado na Lucky Friends Arena. O músico é o headliner do segundo dia do evento, 20 de outubro, que ainda conta com Hillbilly Rawhide, Peter Pan Speedrock, Gabriel Thomaz, entre outros. Já na data inaugural, tocam Supersuckers, Jimmy London & Rats, Zumbis do Espaço e mais. Ingressos poderão ser adquiridos a partir de 20 de julho.
Sobre Michale Graves
Nascido Michael Emanuel, Michale Graves se juntou ao Misfits em 1995, quando a banda anunciou sua retomada às atividades 12 anos após seu encerramento. Ao lado de Doyle Wolfgang Von Frankenstein (guitarra), Jerry Only (baixo) e Dr. Chud (bateria), gravou os álbuns “American Psycho” (1997) e “Famous Monsters” (1999).
Saiu em 2001 e montou com Chud a banda Graves, com a qual lançaram o disco “Wheb of Dharma” (2002). Já sem Chud, renomeou a banda como Gotham Road e fez um breve tour pelos Estados Unidos para tocar músicas do álbum “Seasons of the Witch” (2003). Desde então, passou a se dedicar à carreira solocom uma série de álbuns de estúdio lançados.
Veio ao Brasil cinco vezes: uma com o Misfits em 1999 e quatro em carreira solo em 2010, 2012, 2019 e 2022. A penúltima passagem foi cercada de controvérsia: parte das apresentações não aconteceu porque, segundo a produtora Venus Concerts, o artista e sua equipe foram embora do país sem comunicá-los, deixando de se apresentar em cinco cidades. Rumores apontavam que Graves havia voltado para os Estados Unidos e passado alguns dias em um resort, mas ele se justificou em comunicado e acusou a empresa local de ter lhe submetido a situações antiprofissionais.
Nos últimos anos, também se notabilizou por ter se filiado a um grupo classificado como sendo de extrema direita, Proud Boys, que aceita apenas homens brancos como membros e, de acordo com a Reuters, teria se envolvido na invasão ao Capitólio americano por parte de apoiadores de Donald Trump em 2021. Sobre o vínculo, em entrevista ao jornalista Marcelo Vieira, Michale declarou:
“O Proud Boys atua mais no campo ideológico, sem qualquer participação na violência que vinha tomando conta do país. Eu já conhecia pessoas do alto escalão do grupo, e outras coisas que aconteceram me levaram a ingressar. Me juntar ao Proud Boys foi a minha maneira de dizer que este é o lado que escolho; o lado da não violência. Foi também como uma forma de representar o grupo e as pessoas daquele grupo para os mais jovens que também se identificam com essa ideologia; chegar até eles e ser uma espécie de líder e mentor para eles, para que não usem da violência e tomem as decisões certas. Muito do meu trabalho se dá no campo espiritual. Sou um cristão convertido, aceitei Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador. Então me sento com muitos desses jovens para conversar sobre espiritualidade, tomada de decisões e também coordenar, com membros do Black Lives Matter e Antifa, essa coisa de que a violência tem que parar. Chega de assassinatos nas ruas.”
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