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Por que Kerry King não gosta das músicas recentes do Iron Maiden

Guitarrista aposta que novo álbum solo de Bruce Dickinson ficou melhor do que discos mais atuais da banda que o consagrou

Vários fãs de Iron Maiden declaram pelas redes sociais que não gostam tanto dos álbuns mais recentes. A principal reclamação — já respondida por integrantes — tem a ver com a duração das músicas, cada vez mais longas.

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Kerry King faz parte desse time. O guitarrista do Slayer, que está prestes a lançar seu álbum solo “From Hell I Rise”, refletiu sobre o assunto em entrevista ao Riffx (via Ultimate Guitar).

Inicialmente, King revelou ainda não ter ouvido “The Mandrake Project”, novo disco solo do vocalista do Maiden, Bruce Dickinson, divulgado em março último. Porém, um de seus amigos lhe contou que o trabalho está melhor do que os registros recentes da Donzela de Ferro.

“Não ouvi o novo álbum do Bruce, mas tenho um amigo que me disse que é melhor que o Maiden. Não me surpreenderia. Nada contra o Maiden, mas as músicas deles ficaram tão longas, cara. E minha capacidade de atenção não é muito grande.”

A opinião sobre o Judas Priest atual é mais entusiasmada. Kerry revelou ter conferido algumas músicas de “Invincible Shield”, álbum mais recente do grupo, também disponibilizado no início do ano.

“Não ouvi todo o novo álbum do Priest, mas escutei algumas músicas na rádio via satélite. Algumas são, você sabe, típicas. Isso é muito legal. Parece uma progressão do que o Priest faz. Gostei. Não ouvi o disco todo, mas certamente irei ouvir. Na verdade, vou fazer shows com o Priest dentro de algumas semanas.”

Associação ao Slayer e AC/DC

Ainda durante a entrevista, Kerry King declarou que nenhum fã de Slayer deve esperar algo diferente de “From Hell I Rise”. O guitarrista traçou um paralelo com outra banda gigante do rock: o AC/DC.

“Gosto do AC/DC, porque eles soam como o AC/DC. Acho que é por isso que todo mundo gosta do AC/DC. Aí alguém chega e fala: ‘bem, esse disco solo parece um pouco com o Slayer’. Minha resposta é: ‘que m#rda você acha que vai soar?’. Dei aos fãs uma sonoridade por 40 anos. Seria estranho se as pessoas não comparassem isso com a minha última banda, porque eu tinha muito a ver com o som daquela banda.”

Por fim, ele apontou:

“É o que eu quero tocar. Se tivesse algo que eu quisesse tocar além do Slayer, esta seria a hora de fazê-lo. Mas, obviamente, não fiz. Sabe, é disso que eu gosto. E é por isso que as pessoas gostam de mim, eu acho.”

Kerry King solo

Nesta sexta-feira (17), Kerry King lança seu primeiro álbum solo, “From Hell I Rise”. Por enquanto, o projeto do guitarrista está escalado para uma série de festivais na América do Norte, além da turnê “Ashes of Leviathan”, que reúne Lamb of God e Mastodon como coheadliners. O giro acontece entre os meses de julho e agosto.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

2 COMENTÁRIOS

  1. Ou seja, o tal Kerry gosta de ser ”repetitivo”, não sai da zona de conforto, não se arrisca em outras ideias sonoras … Também gosto do AC/DC, é uma banda incrível, mas todos os albuns soam meio que semelhantes. É o tipo de banda que, em ”coletânea” você já adquire o suficiente.

    Quanto ao ”The Mandrake Project” do Bruce, realmente é um bom álbum, mas não é melhor que Senjutsu do Maiden, não tem aquela mesma densidade. Apesar disso, é a intenção do Bruce em buscar algo diferente do que já fazia no Maiden, isso é louvável.

  2. Se quer ouvir algo diferente, ouve outra banda. Se quer fazer algo diferente, monte um projeto. Se quer o céu de outra cor, mude de planeta..fã é fã, tem a ver com fidelidade ao som, ao estilo base que se apaixonou e virou fã. Se vem com a vibe de ecletismo dentro da proposta inicial, já saiu da órbita, do foco, pulverizou, descaracterizou, então muda o nome e vai se abrir para o novo! Claro, cada um pensa de uma forma, é o q penso sobre foco, paixão, retidão..

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