Kerry King ficou incrédulo com falta de ofertas para entrar em bandas

Guitarrista esperava receber convites após o fim — já revogado — do Slayer, inclusive de nomes como Mercyful Fate

Quando o Slayer encerrou as atividades, em 2019, Kerry King esperava um cenário bem diferente para sua carreira. E acabou se decepcionando.

O guitarrista confessou que não acreditou quando recebeu zero ofertas de emprego assim que a máquina da banda parou de funcionar. Acabou que, nesse tempo, ele gravou um disco solo e o grupo principal se prepara para voltar aos palcos.

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Em entrevista para a Metal Hammer (via Guitar.com), King se mostrou surpreso com a falta de interesse de outras bandas em sua disponibilidade. A situação deve ter sido ainda pior para o músico, considerando que ele não foi a favor do fim do Slayer, considerado por ele como “prematuro”. Ele disse:

“Eu tenho uma reputação! Não sou ruim! Pensei que talvez o Mercyful Fate poderia me procurar, mas não. Fiquei tipo: ‘o que diabos está acontecendo aqui?’.”

O Mercyful Fate, citado por King, optou por um caminho bem mais fácil: com apenas Hank Shermann se mantendo da dupla de guitarristas original, a banda recorreu a Mike Wead, da banda solo do vocalista King Diamond, para preencher a vaga de Michael Denner. Wead também já havia feito parte do grupo entre 1996 e 1999.

Phil Anselmo ficou no “quase”

Na mesma entrevista, Kerry King confirmou ter quase contratado Phil Anselmo (Pantera, Down) para cantar na banda que montou para gravar seu álbum solo, “From Hell I Rise” (2024). No fim das contas, o músico optou por Mark Osegueda (Death Angel) e um dos motivos foi a (falta de) comunicação com o frontman do Pantera.

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“Ele ouviu um pouco do material, mas honestamente, foi só isso. Nós falamos, trocamos e-mails, mensagens de texto de vez em quando, mas ele é um cara difícil de se contatar por telefone, um cara difícil de se obter respostas.”

Retorno do Slayer e relação com Tom Araya

King abordou ainda o inesperado retorno do Slayer, que toca em três festivais nos Estados Unidos ainda em 2024. A questão principal nessa volta é a relação do guitarrista com o vocalista e baixista Tom Araya. Apesar da parceria de longa data, ambos se desentenderam muito ao longo dos anos.

O artista explicou que isso não afeta o grupo em nada. Perguntado sobre a situação “anormal”, ele questionou:

“O que é normal? Não há um manual para coisas assim. Não é como se eu estivesse bravo com ele ou algo assim, nós somos pessoas muito diferentes e nos tornamos parceiros de negócios no fim de tudo. Ele tem interesses bem diferentes dos meus e visões diferentes. Isso me faz odiá-lo? Não. Mas não preciso falar com ele todo dia. Não é estranho. Nós apenas não temos muito em comum. Quando chegar a hora de ensaiar, não vou ter problemas em aparecer. Somos profissionais, é isso que fazemos.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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