“Hallelujah” se tornou um daqueles célebres casos onde a criação se torna maior que o criador. A composição de Leonard Cohen ganhou vida própria através de uma série de versões, que compreendem artistas de diferentes estilos e origens. Completando 40 anos em 2024, a música ainda segue sendo utilizada nas mais variadas ocasiões. Especialmente em reality shows de cantores e aspirantes – em situação incômoda para St. Vincent.
A artista manifestou seu desgosto em recente entrevista à BBC Radio 2, conforme repercussão do Consequence. Annie Clark – seu nome verdadeiro – começou a declaração a Jo Whiley elogiando efusivamente a canção do saudoso intérprete canadense.
Ela disse:
“É uma absoluta obra de arte. Cohen demorou anos para finalizá-la. Fala sobre a complicação que é estar vivo – a agonia, o êxtase, tudo e todos os conflitos inerentes a isso.”
Ainda assim – ou até por isso –, ela acha que a obra acabou sendo banalizada, sendo um daqueles exemplos onde ninguém faz ideia do que está cantando. A artista comentou:
“Por um período de tempo ela se tornou uma música que as pessoas fariam um cover no ‘American Idol’ [imita o tom vocal], ‘Haaalelujah! Aleluuuujah!’ E é simplesmente a pior coisa do mundo. Tipo, é a pior coisa do mundo.”
Leonard Cohen e “Hallelujah”
Registrada pela primeira vez por Leonard Cohen para seu álbum “Various Positions” (1984), “Hallelujah” foi regravada centenas de vezes, aparecendo em trilhas sonoras de filmes, séries e programas televisivos – especialmente os competitivos entre artistas, que se valem da versatilidade com que a canção pode ser interpretada.
O primeiro cover a aumentar sua popularidade foi o de John Cale. Ele foi disponibilizado em 1991, no álbum tributo “I’m Your Fan”. O take alcançou o mainstream após ser usado no filme animado “Shrek”, de 2001.
A versão de Cale também inspirou o cover mais aclamado, gravado por Jeff Buckley para seu álbum de 1994, “Grace”. Após a morte do jovem cantor, recebeu veiculação ainda maior, com muitas pessoas a associando mais a ele do que ao próprio autor original.
No total, se estima que “Hallelujah” tenha recebido mais de 300 registros oficiais. Diferentes interpretações podem incluir versos variados entre os mais de 80 que Cohen escreveu originalmente.
St. Vincent e “All Born Screaming”
St. Vincent lança seu próximo álbum de estúdio no dia 26 de abril. “All Born Screaming” conta com 10 faixas e é o primeiro autoproduzido em toda a carreira da artista. Publicação e divulgação ficarão a cargo da parceria entre a Virgin Music e a Fiction Records.
O sucessor de “Daddy’s Home” (2021) conta com participações de Dave Grohl (Foo Fighters), Josh Freese (Foo Fighters), Rachel Eckroth, Mark Guiliana (Beat Music), Cate Le Bon (Drinks), Justin Meldal-Johnsen (ex-Nine Inch Nails), Stella Mogzawa (Warpaint) e David Ralicke (Beck).
Em comunicado à imprensa, Anne declarou de forma reflexiva:
“Existem alguns lugares, emocionalmente, que você só pode chegar fazendo uma longa caminhada sozinho na floresta – para descobrir o que seu coração realmente está dizendo. Parece real porque é real.”
Mais detalhes sobre o disco podem ser conferidos clicando aqui.
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Musiquinha chata pra caramba… Nem eu aguento mais!