O nome de Rita Lee pode ser incorporado ao Parque Ibirapuera, na capital paulista. Na última quarta-feira (10), a Câmara de São Paulo aprovou o projeto que propõe a homenagem.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, para de fato sair do papel e entrar em vigor, a iniciativa precisa agora passar por uma votação no Legislativo. Por último, deverá receber a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
João Lee, filho da artista, gostou da ideia. Por meio das redes sociais, compartilhou a notícia e escreveu:
“Ela vai ficar tão feliz.”
Em maio do ano passado, Luna Zarattini (PT) formalizou a proposta. Para defendê-la, a vereadora explicou que a cantora mencionou o parque em músicas como “Vírus do Amor” e “Minas de Sampa” e também abordou sua relação próxima com o local em sua primeira autobiografia. Ainda, utilizou o cenário como a capa de “Entradas e Bandeiras” (1976), seu quinto álbum solo e terceiro com a banda Tutti Frutti.
Ela declarou:
“Rita Lee e o parque Ibirapuera são dois grandes símbolos da cidade de São Paulo e estão no imaginário de milhares de paulistanos e paulistanas quando pensamos na nossa cidade. Rita Lee era visita frequente no parque e já declarou publicamente seu afeto pelo Ibirapuera. Rita uma vez disse que ao morrer poderia ter seu nome entregue a uma rua ou praça. Nada mais digno que seu nome esteja presente no Parque Ibirapuera. Um patrimônio dá nome a outro.”
Rita Lee e Parque Ibirapuera
Rita Lee morreu no dia 8 de maio do ano passado, aos 75 anos. O velório da cantora, que foi aberto ao público, aconteceu no Planetário do Parque Ibirapuera.
O lugar foi escolhido devido à história de Rita. No capítulo “Mutatis Mutandis” de sua primeira autobiografia, lançada em 2016, ela contou que, em determinada época, visitava o local semanalmente.
“O planetário do Ibirapuera era o must semanal, e depois da sessão, uma banana-split na lanchonete ao lado.”
Já no capítulo “Floresta Encantada”, da mesma obra, a artista revelou que seus antigos piqueniques costumavam ter como cenário o Ibirapuera:
“Antes de virar parque, a floresta do Ibirapuera era o lugar perfeito para os piqueniques dos Jones, domingo sim, domingo não. Socadas no Jeep com Charles pilotando, as seis mulheres equilibravam cestas de comidas e ferramentas de jardinagem. Estacionávamos em frente ao Instituto Biológico e de lá seguíamos a pé dois quarteirões até a entrada da floresta.”
João Lee também já confirmou o amor da saudosa mãe pelo parque. Em declaração concedida sobre o velório, publicada também pela Folha de S. Paulo, o DJ e produtor disse:
“Ela morava na Vila Mariana, perto do Ibirapuera. Vinha com os pais aqui. Para você ter uma ideia, a irmã dela, minha tia, faz o aniversário todo ano aqui com um piquenique. A família sempre teve uma ligação muito grande com a natureza e com esse espaço aqui. Todo mundo se identifica com o Ibirapuera. Ele é democrático. Então é importante o velório ser aqui.”
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