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A contribuição de John Paul Jones ao som do Led Zeppelin, segundo o próprio

Apesar de não ter alcançado o status de estrela dos colegas, instrumentista e arranjador foi decisivo para o sucesso da banda

Jimmy Page e Robert Plant ajudaram a estabelecer o simbolismo dual entre o vocalista e o guitarrista nas performances de palco. Além de ser um dos maiores bateristas da história, John Bonham teve a imagem mitificada de vez após sua morte, que levou o Led Zeppelin ao encerramento das atividades. Porém, apesar de não ter alcançado o mesmo destaque dos colegas, John Paul Jones foi peça fundamental na banda.

O baixista foi a figura que mais evoluiu na estrutura interna com o passar dos anos. Saiu da figura básica inicial e ganhou funções cada vez mais decisivas na rica musicalidade do grupo.

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Mas qual seria sua função na engrenagem de acordo com o próprio? Disse o instrumentista e arranjador à revista Bass Player em 2008, conforme resgate da Guitar World:

“Eu fui uma espécie de especialista em Motown e Stax nos tempos de músico de estúdio. Então, levei esse tipo de registro para o Led Zeppelin. Bonzo também era um grande fã de R&B, então há muito disso na seção rítmica da banda. Além de teclado, bandolim e outras coisas do tipo, acabei oferecendo minha experiência.”

Led Zeppelin, a banda maior que os músicos

E apesar de tantos destaques individuais, Jones faz questão de exaltar que o poder do grupo estava justamente em seu aspecto coletivo.

“Sempre disse que o Led Zeppelin era o espaço gerado entre quatro músicos individuais. O conjunto era maior que a soma das partes. Todos nós tínhamos gostos musicais diferentes e não tentamos imitar nenhuma outra banda. Soul, jazz, country, folk, árabe, indiano – tínhamos essas influências diferentes e nenhuma vergonha de sacá-las em nenhum momento. A forma como elas se misturaram gerou o Zeppelin.”

Apesar da curta existência, a relevância do Led Zeppelin aparece tanto na influência de incontáveis artistas quanto nos números. Estima-se que o grupo tenha vendido mais de 300 milhões de cópias dos seus discos em todo o planeta até hoje.

Sobre John Paul Jones

Nascido em Sidcup, Inglaterra, John Richard Baldwin aprendeu piano com seu pai, Joe Baldwin, que atuou com grandes orquestras nos anos 1940 e 1950. Aos 14 anos já era organista e condutor do coral da igreja.

A seguir, passou a tocar em bandas de jazz e música pop, usando o baixo na maior parte das ocasiões. Fez nome e gravou como músico de estúdio com artistas como Rolling Stones, Jeff Beck, Cat Stevens, The Yardbirds e Rod Stewart, entre outros.

A consagração viria após o convite de Jimmy Page para integrar o The New Yardbirds, posteriormente conhecido como Led Zeppelin. Foi parte fundamental como baixista e tecladista, colaborando decisivamente para os arranjos dos maiores clássicos da banda.

Além de discos solo, integrou o Them Crooked Vultures, power trio que trazia Josh Homme (Kyuss, Queens Of The Stone Age) na guitarra e vocais, além de Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters) na bateria. Seu currículo ainda inclui colaborações com Heart, REM, Paul McCartney, Butthole Surfers, Ben E. King e Brian Eno.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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“Eu fui uma espécie de especialista em Motown e Stax nos tempos de músico de estúdio. Então, levei esse tipo de registro para o Led Zeppelin. Bonzo também era um grande fã de R&B, então há muito disso na seção rítmica da banda. Além de teclado, bandolim e outras coisas do tipo, acabei oferecendo minha experiência.”

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E apesar de tantos destaques individuais, Jones faz questão de exaltar que o poder do grupo estava justamente em seu aspecto coletivo.

“Sempre disse que o Led Zeppelin era o espaço gerado entre quatro músicos individuais. O conjunto era maior que a soma das partes. Todos nós tínhamos gostos musicais diferentes e não tentamos imitar nenhuma outra banda. Soul, jazz, country, folk, árabe, indiano – tínhamos essas influências diferentes e nenhuma vergonha de sacá-las em nenhum momento. A forma como elas se misturaram gerou o Zeppelin.”

Apesar da curta existência, a relevância do Led Zeppelin aparece tanto na influência de incontáveis artistas quanto nos números. Estima-se que o grupo tenha vendido mais de 300 milhões de cópias dos seus discos em todo o planeta até hoje.

Sobre John Paul Jones

Nascido em Sidcup, Inglaterra, John Richard Baldwin aprendeu piano com seu pai, Joe Baldwin, que atuou com grandes orquestras nos anos 1940 e 1950. Aos 14 anos já era organista e condutor do coral da igreja.

A seguir, passou a tocar em bandas de jazz e música pop, usando o baixo na maior parte das ocasiões. Fez nome e gravou como músico de estúdio com artistas como Rolling Stones, Jeff Beck, Cat Stevens, The Yardbirds e Rod Stewart, entre outros.

A consagração viria após o convite de Jimmy Page para integrar o The New Yardbirds, posteriormente conhecido como Led Zeppelin. Foi parte fundamental como baixista e tecladista, colaborando decisivamente para os arranjos dos maiores clássicos da banda.

Além de discos solo, integrou o Them Crooked Vultures, power trio que trazia Josh Homme (Kyuss, Queens Of The Stone Age) na guitarra e vocais, além de Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters) na bateria. Seu currículo ainda inclui colaborações com Heart, REM, Paul McCartney, Butthole Surfers, Ben E. King e Brian Eno.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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