Mesmo com o Kiss oficialmente aposentado, Gene Simmons segue tendo opiniões fortes a respeito da indústria musical. O vocalista e baixista mantém seu velho discurso de que o rock está morto e explica como, ao mesmo tempo, fenômenos de popularidade e venda como Taylor Swift são possíveis.
Prestes a vir ao Brasil com sua banda solo para tocar na edição local do festival Summer Breeze, o músico refletiu sobre a viabilidade financeira de artistas como Swift, enquanto bandas de rock já não dispõem de um orçamento desse tamanho. O assunto, recorrente em suas entrevistas, surgiu em conversa com André Barcinski para o jornal Folha de S. Paulo.
Ele disse:
“O rock está acabando, não há uma banda nova que seja tão relevante ou influente. Mas, por outro lado, vemos artistas como Taylor Swift, cuja turnê acaba de bater recordes de bilheteria. Por que ela faz tanto sucesso e o rock está em crise?”
O linguarudo acredita ter a resposta, situada algumas décadas atrás, com a popularização da internet em uma época onde ainda não havia streaming. Naquela época, os downloads ilegais eram bem mais comuns do que hoje.
“Acho que isso tem a ver com a falência do modelo de negócios das gravadoras, que começou há uns 20 anos, quando discos passaram a ser baixados por qualquer um. As gravadoras demoraram a perceber o perigo que aquilo representava e agora estão pagando o preço. Elas deveriam ter lidado com essa questão de maneira muito mais agressiva.”
Fãs de rock inviabilizaram o negócio
Em outra entrevista, dessa vez ao G1, Simmons deixa seu argumento ainda mais claro: o rock está se tornando inviável porque os fãs não gastam mais dinheiro com os artistas. Já no lado pop, segundo ele, não é isso que ocorre.
O músico foi perguntado por Marina Lourenço a respeito de uma suposta “morte” de toda a indústria musical, não só do rock. Ele respondeu:
“Com exceção de Taylor Swift, Ariana Grande, algumas bandas de rap e country. Porque seus fãs ainda pagam pela música. Os fãs de rock não. O rock está morto. É muito triste porque existem vários artistas novos talentosos por aí. Mas eles nunca terão a chance que tivemos. Não pode haver outro AC/DC ou Metallica porque as novas bandas não conseguem ganhar dinheiro suficiente para estar numa banda.”
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