A música e o disco do Deep Purple que são os preferidos de Tony Iommi

Guitarrista do Black Sabbath colaborou com o vocalista Ian Gillan em diferentes momentos da carreira

Black Sabbath e Deep Purple compartilharam histórias e palcos desde o início dos anos 1970. As bandas influenciaram todas as gerações posteriores do hard rock e do heavy metal – embora nenhuma das duas goste de ser rotulada como o segundo.

A nova edição da Classic Rock perguntou a Tony Iommi qual seria sua música preferida dos colegas. O riffmaster escolheu uma que estava saindo justamente quando seu grupo dava os primeiros passos.

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Ele disse, mencionando junto o disco do qual a canção faz parte:

“Sempre gostei do Deep Purple e meu álbum favorito deles é ‘In Rock’. Tem uma música clássica atrás da outra. Eles sempre criavam ótimos riffs, e ‘Speed King’ é difícil de superar.”

Para Iommi, a grande força da faixa está na capacidade de fazer com que cada músico se sobressaia.

“É uma música ótima e energética que mostra cada membro da banda fazendo o que sabe de melhor. Os vocais de Ian Gillan e os teclados de Jon Lord… Eles eram ótimos músicos.”

Tony Iommi e Ian Gillan

Além da admiração, Tony Iommi manteve uma relação profissional com Ian Gillan a partir de 1983, quando o cantor se juntou ao Black Sabbath. A parceria rendeu o álbum “Born Again”, que divide opiniões entre os fãs, especialmente por conta da produção. Ainda assim, o grupo fez uma turnê relativamente bem-sucedida, com direito a ser atração principal do Reading Festival.

Posteriormente, os dois se reencontrariam no projeto Rock Aid Armenia, criado para arrecadar dinheiro e ajudar os afetados pelo terremoto na Armênia de 1988. Em 2012, a dupla comandou ainda o WhoCares, sob o mesmo objetivo. O supergrupo gravou um EP e também contava com Jon Lord, além do baixista Jason Newsted (ex-Metallica), o baterista Nicko McBrain (Iron Maiden) e o guitarrista Mikko Lindström (ex-HIM).

Deep Purple e “In Rock”

Quarto trabalho de estúdio do Deep Purple, “In Rock” foi o primeiro de inéditas a contar com o vocalista Ian Gillan e o baixista Roger Glover. Marcou a mudança de sonoridade que consagraria o grupo, aderindo de vez ao lado mais pesado do rock.

A gravação durou seis meses, tempo extenso para os padrões da época. Com pouco dinheiro em caixa, a banda precisou intercalar as sessões com temporadas na estrada para conseguir se manter financeiramente.

A capa é uma alusão ao Monte Rushmore, localizado em Dakota do Sul, Estados Unidos. A escultura original conta com os rostos de quatro presidentes norte-americanos: George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln.

“In Rock” chegou ao 4º lugar na parada britânica, além do 1º na Alemanha e Áustria. Ganhou disco de ouro no Reino Unido e Estados Unidos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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