Bruce Dickinson não só sabe pilotar aviões, como também tem uma oficina especializada em aeronaves. Desde 2012, o vocalista do Iron Maiden dirige uma empresa de manutenção do ramo, chamada Caerdav. Todos os meses, a companhia lucra uma fortuna — e o valor acaba de ser revelado.
Segundo o próprio cantor, a situação inicial era o inverso. Como explicou para o jornal britânico Mirror, o projeto trouxe muitos custos e despesas para os envolvidos até que passasse a gerar alguma quantia expressiva.
Ele declarou:
“Não vou entrar nos detalhes chocantes, mas, por muito tempo, precisamos colocar muito dinheiro [na empresa]. Uma das razões é porque eu estava tão ocupado trabalhando, tentando investir dinheiro na oficina, que não fiquei lá tempo suficiente para ter certeza de que as pessoas não estavam me enganando. Estava custando uma pequena fortuna, mas nós conseguimos dar a volta por cima.”
Em seguida o artista revelou que, no momento, a oficina tem um lucro líquido mensal de £ 400 mil — aproximadamente R$ 2,5 milhões na cotação atual. As coisas estão indo tão bem que os funcionários já possuem compromissos marcados para daqui os próximos dois anos.
“Estamos obtendo lucro líquido de £ 400 mil todos os meses agora. Temos agenda fechada até o final de 2026.”
Bruce Dickinson e a paixão por aviões
Em entrevista à IstoÉ em março, Bruce Dickinson contou como começou sua trajetória nos ares e revelou como conseguiu conciliar a paixão com a música. Sua primeira aula foi com cerca de 28 anos de idade — ou seja, possivelmente em 1986, ano em que o grupo lançou seu sexto álbum de estúdio, “Somewhere in Time”.
Ele disse:
“Comecei a aprender a pilotar quando tinha uns 28 anos. Fiz uma aula durante umas férias na Flórida, nos EUA, antes de sair do Iron Maiden para me dedicar à carreira solo. Fiquei fascinado, era algo que eu sonhara desde criança. Comecei a visitar aeroportos e contratar pilotos para me darem dicas. Aí percebi que queria me qualificar de verdade. Estudava de manhã e ia para o estúdio à tarde. Aprendi a pilotar aeronaves maiores, mas sabia que, se quisesse pilotar Boeings, não poderia comprar um jato, como John Travolta. Então pensei em trabalhar como piloto comercial.”
Assim, nos anos 1990 passou a integrar a tripulação da Astraeus, companhia britânica que encerrou as atividades em 2011, pilotando um Boeing 757. Nesse período, deixou o grupo entre 1993 e 1999 para focar em sua carreira solo e foi somente a partir de 1999, quando retornou, que deu início à era de vocalista e capitão da Donzela de Ferro.
“Quando voltei para o Iron Maiden, ganhei um bom dinheiro e decidi comprar um avião pequeno. Usamos na turnê norte-americana e na Europa. Um dia, compartilhei o simulador com um diretor de uma companhia aérea. Passou um tempo e ele me ligou perguntando se eu gostaria de trabalhar para a British Airways como primeiro oficial de Boeing 757. Aceitei. Minha esposa, que estava ao lado, me perguntou: ‘Como você vai fazer isso se voltou a ser vocalista do Iron Maiden?’. Respondi que ia trabalhar na folga da banda e ninguém precisava saber. Anos depois, estava pilotando os Boeings na turnê do Iron Maiden.”
O Boeing 757 batizado de Ed Force One decolou sob o comando de Bruce Dickinson em duas ocasiões. A primeira foi em 2008-09 na turnê “Somewhere Back in Time”. Depois, para “The Final Frontier World Tour”, em 2011. A última foi em 2016, na turnê de “The Book of Souls”, quando receberam um “upgrade” e voaram na verdade em um Boeing 747, mas de mesmo nome.
Em 2010, foi contratado como diretor de marketing da Astraeus, visando promover a empresa por meio de vídeos – confira um deles, chamado “Safety in the Balance” clicando aqui. Após o fim da companhia, fundou a Cardiff Aviation Ltda (atual Caerdav), em maio de 2012, cujo foco é o reparo e a manutenção de aeronaves.
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