Quem conhece a carreira solo de Bruce Dickinson, sabe que a obra do vocalista do Iron Maiden tem referências a um antigo poeta britânico. Ele inspirou praticamente todo o álbum “Chemical Wedding” (1998) e também é citado tanto no disco como na HQ que acompanha o trabalho mais recente, “The Mandrake Project” (2024). Agora, ele revelou por que o considera o maior artista de todos.
Falando à American Songwriter, Dickinson comentou sobre o poeta inglês William Blake, que viveu entre os séculos 18 e 19. Para o cantor do Maiden, a filosofia de trabalho do artista é algo que ele leva para a própria carreira. Felizmente, ele obteve mais sucesso comercial do que Blake, que morreu de forma discreta em 1827.
Bruce afirmou:
“Para mim, William Blake é o artista definitivo. Ele é um homem que sacrificou tudo – quero dizer, tudo mesmo – e não fez concessões. E tem uma frase dele: ‘eu não vou raciocinar e comparar, meu negócio é criar’. Isso deveria ser queimado na testa de todo diretor de filmes, artista… seu negócio é criar o texto, não medir, não usar métricas, não dizer ‘qual vai ser a reação do público a isso?’”
Sobre William Blake
William Blake foi um poeta e pintor, além de trabalhar com impressão de livros. É conhecido como uma figura de extrema importância no movimento romântico da literatura inglesa e apesar de ter morrido já levando uma vida discreta, teve grande fama enquanto esteve na ativa. Ele criou uma rica mitologia própria, envolvendo a história da Grã-Bretanha e conceitos filosóficos e ocultistas.
Personagens e conceitos dos chamados “livros proféticos” de Blake são encontrados ao longo das canções do álbum “Chemical Wedding”, de Bruce Dickinson. A capa do álbum é uma reprodução da pintura “O Fantasma de Uma Pulga”, do artista.
A admiração por parte do vocalista é tão grande que, em 2018, ele participou da reinauguração do túmulo do poeta, em Londres.
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