Chris Shiflett entrou para o Foo Fighters em 1999. Antes de juntar-se a Dave Grohl e companhia, o guitarrista já tinha passado por algumas bandas, mas nenhuma tão bem-sucedida. Por isso, sua visão a respeito da fama no rock era um tanto quanto fora da realidade.
Em entrevista ao canal da marca de instrumentos Andertons Music Co, transcrita pelo Ultimate Guitar, o músico refletiu a respeito da questão. Como relatou, integrar o Foo Fighters à época mudou sua vida de várias maneiras, sobretudo porque era um fã do trabalho apresentado pelo grupo.
Ele disse:
“O Foo Fighters era minha banda favorita naquela época. Quando eu estava na banda No Use for a Name, conversávamos com nosso agente de shows e sempre dizíamos: ‘arrume para a gente um show do Foo Fighters, nós amamos os Foos’. Entrar para a banda foi super emocionante porque eu não os conhecia pessoalmente. Então estava me juntando à banda que amava e conhecendo os integrantes dela.”
Estar em uma banda que realizava turnês, possuía clipes rodando na MTV e concedia entrevistas para revistas era um cenário totalmente desconhecido para o músico. No seu pensamento, qualquer grupo que apresentasse uma rotina do tipo vivia em meio ao luxo – o que não era bem verdade.
“A banda era diferente em termos de grandiosidade. Eu via os vídeos deles na MTV, eles faziam grandes turnês, estavam nas capas de revistas – todo esse lado era algo que eu nunca tinha experimentado. Eu realmente não sabia muito sobre como funcionava o negócio da música, além do que eu já tinha vivido, que era uma parte muito pequena. Na minha opinião, se uma banda aparecesse na MTV, todos os integrantes moravam em mansões e dirigiam Ferraris. Fazendo parte da banda naquela época, foi interessante ver a realidade e estar lá pela banda, construindo uma base de fãs ao vivo. As pessoas nunca acreditam em mim, mas o público era muito menor naquela época. “
Situação começa a melhorar
Gradativamente, as coisas tornaram-se ainda maiores. Segundo Shiffett, pouco a pouco o Foo Fighters foi conseguindo mais fãs, até que chegasse ao patamar de tocar em arenas com o lançamento do disco “One By One” (2002).
“Foi só no próximo álbum [‘One By One’ de 2002] que começamos uma turnê em arenas, apenas no Reino Unido, e eu estava lá. Não participei dos primeiros discos, mas estive lá durante grande parte dessa jornada, que foi muito boa.”
Chris Shiflett e o luxo no Foo Fighters
Chris Shiflett tem outros projetos que não envolvem o Foo Fighters. Ao realizar shows como um artista solo, o músico percebeu as dificuldades técnicas e logísticas presentes numa turnê – o que não vivencia diretamente na banda, devido ao tamanho do grupo e, por consequência, sua grande equipe.
Anteriormente, ao Music Radar, ele explicou:
“Sair e fazer minhas turnês solo sempre me fez valorizar as boas condições que temos no Foo Fighters. Não apenas em relação ao lado musical, mas o luxo envolvido. Ter uma ótima equipe, sem precisar se preocupar em trocar as cordas da guitarra ou em dirigir a van, estar em um quarto de hotel agradável e confortável e tudo isso. Quando volto de uma das minhas próprias turnês, eu penso ‘ah, estou em casa!’.”
Chris Shiflett atualmente
Para além do Foo Fighters, que segue divulgando o disco “But Here We Are” (2023), em turnê, Chris Shiflett está focado em sua carreira solo. No ano passado, o cantor lançou o álbum “Lost at Sea” e, mais recentemente, uma versão para a faixa “Cowboy Song”, de Thin Lizzy.
Para promover os trabalhos, vem realizando uma série de apresentações, que continuam até maio. Também apresenta o podcast Shred With Shifty, no qual divide suas experiências na guitarra com outros grandes nomes do instrumento.
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