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5 discos com as melhores linhas de baixo de acordo com Chris Squire

Saudoso integrante do Yes foi desafiado a elaborar a lista para a revista Bass Player em 2012

Chris Squire é reverenciado como um dos baixistas mais importantes de uma geração cheia de lendas. Porém, ele também precisou de influências, como qualquer aspirante.

Sabendo disso, a revista Bass Player lhe propôs um desafio em 2012: citar os discos com as melhores linhas do instrumento.

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A escolha recaiu sobre quatro exemplos que o guiaram nos primórdios. Mas também sobrou espaço para um nome posterior, que hoje também é o herói de muita gente.

1. The Who – “My Generation” (1965): “Claro, o mais icônico solo de baixo de todos os tempos é tocado por John Entwistle em ‘My Generation’. Devo dizer que ao longo dos anos tentei imitá-lo, mas não consigo fazer da mesma forma e com o mesmo tom que ele conseguiu alcançar no disco. Achei que sabia uma ou duas coisas sobre esse tipo de som, mas não. Minha educação em baixo não precedeu realmente os Beatles ou o The Who. Eu tinha 15 anos em 1963 quando os Beatles surgiram e aprendi a tocar suas músicas. Via pianistas de jazz com baixistas incríveis e pensava: ‘Não tenho certeza do que é isso, mas não é o que estou fazendo!’.”

2. The Beatles – “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (1967): “Paul McCartney foi uma grande influência para mim. Ele realmente sabia o que estava fazendo. Todas as suas partes de baixo são incríveis, mesmo tendo sido um guitarrista no início. Quando se juntou a George Martin e começaram a fazer aquelas linhas descendentes, ele pode não ter necessariamente pensado em tocar assim quando estava tocando ‘Long Tall Sally’ nos primeiros dias, mas foi quando começou a se mover para esse estilo barroco bem inglês, especialmente com a influência de John Lennon. Na verdade, você não poderia pedir uma receita melhor para o sucesso.”

3. The Rolling Stones – “Their Satanic Majesties Request” (1967): “Tive uma grande variedade de talentosos baixistas para ouvir quando era jovem, mas Bill Wyman realmente me impressionou. Era uma parte importante do swing dos Stones. Quando Bill saiu, eles passaram a não agir da mesma maneira. É uma pena, eu gostava do ritmo da música deles. Por outro lado, ainda são uma ótima banda. Realmente não existe outra como os Rolling Stones.”

4. Cream – “Wheels of Fire” (1968): “Outra grande influência para mim foi Jack Bruce. Eu o vi quando tinha exatamente a idade em que estava aprendendo a tocar: lembro-me de ter 15 anos, ir ao Marquee Club e assistir a Graham Bond Organization, que tinha Jack e Ginger Baker. Dick Heckstall-Smith tocava sax com eles também. Foi uma noite de boa música. Jack era realmente incrível tocando baixo e gaita. Os álbuns do Cream tinham ótimas linhas de baixo: ‘Sunshine of Your Love’ tinha que estar no dicionário com as linhas de baixo mais conhecidas de todos os tempos.”

5. Red Hot Chili Peppers – “Mother’s Milk” (1988): “Devo colocar um baixista moderno aqui, depois de todos os álbuns antigos que acabei de mencionar? Nesse caso, eu definitivamente tenho que citar Flea, do Red Hot Chili Peppers. Ele é um ótimo músico e absolutamente tem que estar aqui, especialmente se você quiser incluir ‘Mother’s Milk’, o álbum onde fizeram um cover de ‘Higher Ground’ de Stevie Wonder, que é um verdadeiro destaque na minha opinião. Mais tarde, muito tempo depois do lançamento deste álbum, conheci Flea. Ele é um homem adorável. Um baixista e tanto. E ainda canta muito bem, o que muita gente não sabe.”

Sobre Chris Squire

Nascido em Londres, Christopher Russell Edward Squire começou a carreira tocando em grupos de rock/r&b como The Selfs e The Syn. Em 1967 participou da criação do Yes, que se tornaria uma das maiores bandas da história do rock progressivo. Foi o único a participar de todas as formações e atividades enquanto esteve vivo.

Lançou dois álbuns solo, além de trabalhos com os projetos Conspiracy e Squackett. Também participou de discos de artistas como Gov’t Mule, Steve Hackett e The Buggles, entre outros. Morreu no dia 27 de junho de 2015, aos 67 anos, vitimado por uma leucemia.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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