Apesar de ter lançado a própria biografia – que ganhou versões em todo o mundo e foi um sucesso de vendas -, Slash não é um grande apreciador desse tipo de literatura. Especialmente quando a obra envolve algum outro nome da música.
Em entrevista ao Linea Rock, da Itália (transcrita pelo Blabbermouth), o guitarrista revelou não ser um voraz consumidor das biografias de astros do rock, um meio que tem se mostrado até mais lucrativo que o dos discos após o declínio de vendas dos formatos físicos.
Ele disse:
“Para dizer a verdade, eu não consumo livros de rock and roll. Já li um de Jim Morrison e a biografia de Joe Perry (Aerosmith). Mas, na maioria das vezes, fico longe de autobiografias. Muito disso é porque conheço as pessoas e sinto como se as estivesse espionando (risos). É como seguir as pessoas no Instagram, se você as conhece, parece que está as investigando.”
Um dos motivos que afasta o guitarrista de obras do tipo é a falta de credibilidade no que é escrito.
“Autobiografias são em grande parte ou totalmente escritas por outras pessoas. Então, é sua própria fantasia que eles estão construindo nesses livros. Isso meio que me inspirou a escrever o meu sozinho ao invés de confiar em um escritor fantasma. Quis ser o mais honesto possível.”
Slash e sua polêmica biografia
Mesmo assim, a biografia homônima de Slash não deixou de causar polêmica. Lançado em 2007, o livro ganhou contestações públicas de Axl Rose. Um dos problemas a ser resolvido antes da reunião do Guns N’ Roses em 2016 residiu justamente no conteúdo publicado, como o próprio cantor deixou claro durante sessão de perguntas e respostas realizada em Londres no mesmo ano.
“Não nos falávamos há 19 anos. Disse a ele: ‘Você escreveu muitas coisas em seu livro que não aconteceram. Aquilo não era real’.”
“Slash”, a autobiografia, se tornou um bestseller. O livro entrou na lista dos mais vendidos do New York Times, chegando à sexta posição um mês após o lançamento.
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