O Pearl Jam nunca escondeu sua posição política. Desde os velhos tempos até a atualidade, com duras críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o grupo optou por expor seus pensamentos, notoriamente progressistas.
Em função disso, a banda divide opiniões. Há pessoas que apoiam a visão da banda ou mesmo não concordam, mas acham saudável que se manifestem. Contudo, tem quem discorde das posições dos músicos e acredite que eles devem ficar em silêncio em vez de falar sobre tais temáticas — mesmo que sejam expressas em várias de suas canções.
Em entrevista de 2018 à Kerrang!, o baixista Jeff Ament comentou sobre a opinião dividida do público nesse sentido. O músico afirmou não ligar para os comentários de ódio e disse que é bom ter reações, sejam positivas ou negativas.
“Venho de um background ligado ao punk rock, então, eu amo essas coisas. Amo quando as pessoas ficam bravas ou tristes e reagem. Essa é a melhor arte: a que gera a reação de alguém, seja de pura alegria ou puro ódio. Acho que ambos são bons.”
Os fãs conservadores do Pearl Jam
Em entrevista de 2022 ao New York Times, Eddie Vedder também abordou o assunto. O vocalista explicou como lida com a situação no íntimo, especialmente compreendendo que parte do público possui visões mais conservadoras que as suas.
“Um cantor de uma banda de rock ‘n’ roll não será capaz de remodelar todas as coisas que gostaria. Talvez você possa sugerir ideias. Talvez algumas pessoas cantem junto e nem saibam do que se trata até que um dia a ficha caia. Já aconteceu de eu não entender uma letra do The Who até os meus 30 e poucos anos, sendo que a cantava desde os 14.”
Hoje, o cantor reconhece que muitas atitudes do passado contavam com seu idealismo sonhador. Porém, mantém a posição de que é importante lutar por algo em que se acredita de verdade.
“Tudo que fizemos no passado foi parte de um aprendizado, de uma evolução. Algumas lutas não dão o resultado esperado, como a que travamos contra a Ticketmaster. Aquilo machucou nosso músculo do idealismo. Éramos jovens e ingênuos, achávamos que podíamos mudar as coisas. Mas descobrimos que apenas ser corajoso e agitador pode não ser o caminho ideal.”
Batalha contra a Ticketmaster
O Pearl Jam travou uma batalha pública com a Ticketmaster em meados dos anos 1990. A banda alegava que a empresa cobrava taxas abusivas sobre as vendas de ingressos para shows.
Os músicos chegaram a testemunhar perante o Congresso sobre o tema, além de evitar locais que trabalhassem com a companhia.
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