O guitarrista Kerry King, consagrado pelo trabalho de décadas com o já encerrado Slayer, anunciou para 17 de maio seu primeiro álbum solo. “From Hell I Rise” chega por meio da Reigning Phoenix Music e teve seu primeiro single, “Idle Hands”, liberado nas plataformas digitais.
A banda que acompanha King é formada por Mark Osegueda (Death Angel) nos vocais, Paul Bostaph (ex-Slayer) na bateria, Kyle Sanders (ex-Hellyeah) no baixo e Phil Demmel (ex-Machine Head, Vio-Lence) na guitarra. A produção do disco é assinada por Josh Wilbur (Lamb of God).
Em entrevista à Rolling Stone, King conta que o novo single “Idle Hands” (que pode ser ouvido abaixo) e “Rage” foram compostas ainda nos tempos de Slayer, para o álbum final da banda, “Repentless” (2015). O grupo encerrou atividades em 2019. Ele também explicou por que decidiu batizar seu projeto solo com o próprio nome.
“Não era para ser. Seria King’s Reign por muito tempo, o que é muito legal. Mas mesmo com essa, fui até os caras e falei: ‘não sou um cara vaidoso, não quero que meu nome faça parte disso’. Conversamos sobre Blood Reign por um tempo, mas não funcionou. Toda vez que eu inventava algo remotamente legal, descobria que alguma banda obscura do Leste Europeu estava usando. Virou Kerry King porque adoro aquele logotipo.”
Curiosamente, o logo foi criado por um brasileiro. Marcelo Vasco, guitarrista do The Troops of Doom, foi o responsável pela arte. Ele já desenvolveu materiais gráficos para Kreator, Death Angel e o próprio Slayer, entre várias outras bandas.
Ainda durante a entrevista, King contou que estava definida desde o início a presença de Paul Bostaph. Demmel foi considerado após ter substituído Gary Holt durante quatro shows no fim de 2018 — “o que ele fez por nós, acho que eu não poderia fazer por nenhuma banda do planeta” —, enquanto Osegueda havia concordado participar desde estágios embrionários, mas não foi escolhido logo de cara, pois o empresário e a gravadora do guitarrista desejavam Phil Anselmo (Pantera).
“Meu empresário, meu promotor, minha gravadora queriam Phil. Phil é um grande amigo meu, mas sempre pensei que ele não era o cara certo. Isso não tem nada a ver com sua habilidade; só sabia que ele não era o cara certo. Quando você ouve Mark neste disco, você sabe que esse é o cara. Tive que decidir, porque no final das contas, se Philip fosse o cara, estaríamos nas arenas imediatamente porque poderíamos tocar coisas novas, poderíamos tocar Pantera, poderíamos tocar Slayer e os fãs ficariam felizes. Mas a possibilidade acabou quando surgiu o negócio do Pantera.”
Extensão do Slayer
Em recente bate-papo com a revista Metal Hammer, Kerry King ofereceu um pouco mais de pistas sobre o que o futuro reserva. Ao elaborar o que pode ser aguardado em termos de sonoridade do novo álbum, declarou:
“Se algum dia fosse tentar algo diferente, acho que seria a hora. Mas não, realmente não tenho vontade de fazer nada do tipo. Se eu não estivesse no Slayer, seria um fã da banda. Então, sim, acho que é uma extensão do Slayer. Muitas pessoas vão pensar que poderia ter sido o nosso próximo álbum. Talvez 80%, talvez exatamente o que estou colocando nele. Aos meus olhos, acho que é uma extensão definitiva, uma continuação do ‘Repentless’, com certeza.”
Nos últimos meses de 2023, o artista teve seu nome veiculado em anúncios de festivais na América do Norte e Europa. O primeiro show será no festival Welcome To Rockville, que acontece entre os dias 9 e 12 de maio de 2024, em Daytona Beach, na Flórida, Estados Unidos.
*O single está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!
Kerry King — “From Hell I Rise”
- Diablo
- Where I Reign
- Residue
- Idle Hands
- Trophies Of The Tyrant
- Crucifixation
- Tension
- Everything I Hate About You
- Toxic
- Two Fists
- Rage
- Shrapnel
- From Hell I Rise
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