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A única e bizarra ocasião em que Gene Simmons ficou chapado

Baixista e vocalista do Kiss é um notório opositor ao consumo de substâncias químicas entorpecentes

Quem acompanha a carreira do Kiss sabe o quanto Gene Simmons é um opositor do consumo de drogas. A negação é tanta que ele culpa abertamente os vícios do guitarrista Ace Frehley e do baterista Peter Criss pela ruína da formação original – tanto na fase inicial quanto na reunião ocorrida entre o final do século passado e o começo do atual.

Na verdade, a repulsa vem de antes mesmo da banda. Preocupado em não magoar a mãe, que o criou sozinho após ter sido salva de um campo de concentração nazista, o Demon se manteve distante de qualquer substância do tipo. A exceção ocorreu quando, por engano, acabou consumindo brownies feitos com cannabis.

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O próprio explicou a situação ao podcast Your Mom’s House with Christina P. and Tom Segura, da Apple, em participação com seu filho Nick – que confessou ser essa a história favorita sobre o pai. Conforme transcrição do NME, ele disse:

“Nunca havia usado drogas e não estava preparado para isso. Então, imaginem uma sala cheia de gente comemorando – estávamos quebrando algum tipo de recorde em Detroit… Isso foi em 1976… A sala inteira cheia e eu só estou vendo os brownies empilhados. E eu adoro essas coisas. Todo mundo fica tipo: ‘vamos fumar, vamos colocar as coisas na bund@’. Não, só me dê bolo.”

A primeira unidade desceu tão bem que Gene pediu outra. E outra. E mais outra…

“Uma garota bonita estava nos servindo. Ela chega com a bandeja e eu digo: ‘me dá outro desses’. Então comecei, como um cachorro com um osso, apenas seguindo-a por aí. ‘Posso comer outro?’ ‘Você quer outro?’ E eu continuei comendo até ter engolido seis.”

Os efeitos do brownie batizado

De repente, Simmons começou a se sentir estranho. Ou ao menos com algumas percepções de realidade diferentes das habituais.

“Sentia que a sala ficava cada vez maior, enquanto a minha cabeça parecia estar do tamanho de uma azeitona. Comecei a arregalar os olhos para que as pessoas pensassem que eu era normal. E conforme eu me movia, minhas mãos inchavam, como se fosse em um desenho animado. Até que pareciam enormes. E enquanto caminhava, a cada passo meus pés ficavam gigantes.”

A salvação veio através da editora da revista Creem, que o ajudou a se recompor.

“Ela era uma amiga nossa. Viu que eu estava falando alto, porque achava que não podiam me ouvir. Levou-me até a limusine, mas eu estava com medo de me mexer e causar um acidente. Também tinha sede. Então, pararam dois ou três quarteirões em um gueto de Detroit e ela me leva para pegar uma bebida… Está cheio de gente da vizinhança que está lá à noite pegando um hambúrguer e outras coisas depois do show.”

Obviamente, até o pedido da bebida de alguém tão excêntrico acabou se demonstrando bizarro para os padrões da noite.

“E eu estou vestido de couro, sem brincadeira, e todos se viram… E eu fico pensando: ‘Estão todos olhando para mim porque minha cabeça é pequena’. Então tento me tornar maior. Entrei e o cara disse: ‘O que você quer?’ E eu – gritando – ‘Posso tomar um copo de leite?!’ Quando voltei ao hotel, a chave parecia enorme como nunca tinha visto antes na vida.”

Finalizando em um tom mais sério, Gene relembra a mãe como ponto de equilíbrio na decisão de não se entorpecer.

“Ela esteve em um campo de concentração quando tinha 14 anos. E eu nunca quis partir o coração dela. Sempre tive consciência de que nunca quis decepcioná-la – já havia trauma suficiente. Então, nunca fumei cigarros, nunca fiquei chapado, nunca fiquei bêbado.”

Gene Simmons no Summer Breeze Brasil

Após o fim do Kiss, no final do ano passado, Gene Simmons já possui planos como artista solo. O músico será uma das atrações principais da primeira noite do Summer Breeze Brasil 2024. O festival acontece nos dias 26, 27 e 28 de abril, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

A GSB (Gene Simmons Band) terá os guitarristas e vocalistas Brent Woods (Wildside, Sebastian Bach, Vince Neil) e Jason Walker, além do baterista Brian Tichy (Lynch Mob, The Dead Daisies, Whitesnake, Billy Idol, Foreigner, Pride & Glory, Slash’s Snakepit e outros).

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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