Após quatro décadas, o Abba retornou aos palcos por meio de hologramas, com o show “Voyage”. Já o Kiss, encerrando sua turnê de despedida em dezembro último, anunciou que utilizará tecnologia semelhante para que a banda, em forma de avatares, realize apresentações nos próximos anos. Agora, é possível que o mesmo aconteça com Freddie Mercury.
A companhia Mercury Songs Limited, que cuida do catálogo solo do saudoso vocalista do Queen, entrou com um pedido a fim de que o nome do cantor possa ser comercialmente usado em trabalhos 3D e envolvendo realidade virtual. As informações são do The Sun.
Conforme apontado pelo documento obtido pelo veículo, a solicitação engloba “experiências imersivas de realidade virtual e realidade aumentada e misturada com o 3D em ambientes virtuais”. Dessa forma, seria permitido que a figura do artista fizesse parte de espetáculos holográficos — embora estaja não seja a única possibilidade.
O que já disse Brian May
Anteriormente, Brian May já havia comentado a possibilidade do Queen trazer hologramas para as performances ao vivo. Ao The Graham Norton Radio Show no ano passado (via NME), o guitarrista afirmou que não há interesse por parte dos músicos em serem substituídos por figuras virtuais enquanto puderem tocar. Vale reforçar, porém, que a iniciativa da Mercury Songs Limited engloba apenas o catálogo solo de Freddie.
“Adoramos tocar ao vivo, esse é o nosso foco. Agora, quando todos nós tivermos ido embora, aí, claro, poderia existir um show nosso estilo ao do Abba. Mas enquanto estivermos aqui eu quero tocar ao vivo. Já temos algo nesse estilo com Freddie. Quando canto ‘Love of My Life’ , Freddie aparece nos telões e se junta a mim no final. Mas não é um holograma, é apenas uma espécie de tecnologia mais antiga da qual gostamos.”
Abba Voyage e Kiss Avatar
O show “Abba Voyage” demorou dois anos para ficar pronto devido às pesquisas e estudos. Durante cinco semanas, o diretor Baillie Walsh, junto de sua equipe, filmou os integrantes do Abba em movimento com cerca de 160 câmeras diferentes para criar avatares virtuais específicos de cada um deles. Como os hologramas imitam suas aparências da década de 1970, a performance de dublês mais jovens também foi utilizada no resultado final.
Segundo a Vulture, o projeto custou US$ 175 milhões, tornando-se um dos shows ao vivo mais caros de todos os tempos. A duração da apresentação – cujo repertório passa por toda a discografia do Abba – é de 90 minutos e inclui 22 músicas com vocais gravados previamente. Há ainda a presença de uma banda ao vivo de dez membros, montada com a ajuda de James Righton, ex-integrante do Klaxons.
Por enquanto, o espetáculo está restrito a Londres, na Inglaterra, na Abba Arena– construída sob medida para a ocasião. Contudo, há planos para que o concerto holográfico percorra outros lugares do mundo em breve.
Já o Kiss, no dia 2 de dezembro, durante o seu último show, anunciou que a história da marca será prosseguida de maneira parecida, por meio de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que ainda serão devidamente explicados.
As figuras virtuais foram criadas pela Industrial Light & Magic (ILM), financiadas e produzidas pela Pophouse Entertainment — a empresa sueca por trás do “Abba Voyage”. Para a criação de suas versões digitais, os músicos ensaiaram com trajes de captura de movimento. A proposta é retratá-los como super-heróis, mas registrando seus trejeitos ao máximo.
A apresentação inaugural acontecerá somente em 2027, segundo vídeo publicado pela banda.
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