A despeito de seu temperamento complicado, o guitarrista alemão Michael Schenker foi convidado a participar de vários projetos desde que apareceu na cena. O motivo era muito simples: embora uma pessoa difícil de lidar, seu talento prevalecia, sempre rendendo trabalhos interessantes.
Alguns desses são conhecidos do público, mas vários convites foram rejeitados pelo caminho. Alguns até chegaram a acontecer em estágios embrionários. Porém, não passaram disso.
Em entrevista à Guitar World, o mago das seis cordas relembrou a tentativa com David Coverdale. Ele conta:
“Peter Mensch, meu manager na época, foi quem deu a ideia. Aconteceu na virada dos anos 1970 para os 80. Chegamos a compor uma música juntos. Mas é claro, David não queria sair do Whitesnake. A ideia dele era que eu entrasse na banda. Sendo assim, seguimos cada qual para um lado. Reformei o MSG com a volta de Gary Barden nos vocais, além das chegadas de Mo Foster (baixo) e Simon Philips (bateria).”
“Michael Schenker Group”, o álbum
Apesar de a parceria com Coverdale não ter dado certo, outros dois nomes ligados ao Deep Purple estiveram presentes nas sessões de “Michael Schenker Group” (1980). O baixista Roger Glover assinou a produção, enquanto o futuro tecladista da banda, Don Airey, gravou seu instrumento como convidado. À época, ambos estavam no Rainbow.
O trabalho chegou ao Top 100 nos Estados Unidos, além de ter ficado em 8º no Reino Unido. Ainda assim, o guitarrista acha que o resultado sonoro poderia ter sido melhor.
“As composições eram muito boas, mas a sonoridade poderia ter ficado mais poderosa. Gostei de trabalhar com Roger Glover, mas sua produção não foi tão profunda quanto Ron Nevison poderia ter feito. E a seção rítmica, embora formada por músicos brilhantes, era mais leve do que eu queria naquele momento.”
Sobre o guitarrista
Nascido em Sarstedt, Alemanha Ocidental, Michael Schenker começou a tocar com o Scorpions aos 11 anos de idade. Quando o grupo lançou seu álbum de estreia, “Lonesome Crow”, tinha 17. Após uma turnê com o UFO como convidado, acabou se juntando ao grupo britânico. Entre idas e vindas, fez parte da banda em três distintas ocasiões.
Em sua lista de convites recusados ou ignorados estão propostas e testes com Aerosmith, Ozzy Osbourne, Rolling Stones (esta só ele lembra) e Deep Purple.
Após um breve retorno ao Scorpions, se estabeleceu de vez como cabeça de uma banda que já se chamou Michael Schenker Group (reutilizado atualmente), McAuley Schenker Group, Michael Schenker’s Temple Of Rock e Michael Schenker Fest.
Também participou do supergrupo Contraband, com integrantes do L.A. Guns, Shark Island e Vixen. Nos anos 1990, ainda substituiu brevemente Robin Crosby no Ratt.
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