Kerry King define álbum solo como extensão do Slayer

Guitarrista promete que sonoridade será uma sequência de “Repentless”, derradeiro trabalho da banda

Desde o fim do Slayer, ocorrido oficialmente em 2019, um projeto do guitarrista Kerry King vem sendo noticiado. Discreto, o músico concedeu poucas entrevistas no período, o que só fez aumentar o mistério. A única informação concreta era de que o baterista Paul Bostaph, seu colega de banda, estaria envolvido.

Nos últimos meses de 2023, o artista teve seu nome veiculado em anúncios de festivais na América do Norte e Europa. Foi o suficiente para deixar os fãs em polvorosa. Ainda assim, poucos detalhes sobre o que ele estaria preparando vieram a público até o momento.

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Em recente bate-papo com a revista Metal Hammer, o próprio ofereceu um pouco mais de pistas sobre o que o futuro reserva. Começou falando de forma breve e direta sobre o status do primeiro álbum da nova fase.

“Está pronto desde junho.”

A seguir, foi convidado a elaborar sobre o que pode ser aguardado em termos de sonoridade.

“Se algum dia fosse tentar algo diferente, acho que seria a hora. Mas não, realmente não tenho vontade de fazer nada do tipo. Se eu não estivesse no Slayer, seria um fã da banda. Então, sim, acho que é uma extensão do Slayer. Muitas pessoas vão pensar que poderia ter sido o nosso próximo álbum. Talvez 80%, talvez exatamente o que estou colocando nele. Aos meus olhos, acho que é uma extensão definitiva, uma continuação do ‘Repentless’, com certeza.”

Lançado em 11 de setembro de 2015, “Repentless” foi o 12º e derradeiro álbum de estúdio do Slayer. Foi o primeiro após a morte do guitarrista Jeff Hanneman, substituído por Gary Holt. Chegou ao 4º lugar na parada norte-americana, posição mais alta do grupo em sua terra natal.

Sonoridade e músicos participantes

A seguir, Kerry King foi convidado a elaborar um pouco mais sobre os formatos musicais que serão encontrados pelos ouvintes. Começou falando sobre velocidade.

“Definitivamente há algumas passagens rápidas. Não as mais velozes que já fiz, mas bem rápidas. Há elementos punk, outros doom. Você encontrará praticamente qualquer aspecto de qualquer tipo de música que fizemos em nossa história. A faixa mais lenta tem vibração semelhante a ‘When The Stillness Comes’, de ‘Repentless’. Ficou muito legal e assustadora.

Houve uma em que minha intenção foi escrever algo como ‘Animal Magnetism’, do Scorpions, cruzada com ‘Hell Awaits’. Essa surgiu bem cedo nas sessões. Eu gosto muito dela. Quer dizer, eu gosto muito de todas, mas essa tem uma vibe diferente, com certeza.”

Apesar de Bostaph já estar confirmado, o protagonista da obra não quis falar sobre nomes dos envolvidos. Apenas ressaltou:

“É minha intenção que todos que estão no disco estejam na banda. Não há convidados especiais, abordamos isso bem cedo. Sugestões foram feitas, mas minha resposta sempre foi não fazer o que não pudesse reproduzir ao vivo. Não quero desperdiçar músicas e não poder tocá-las nos shows.”

Sobre Kerry King

Em 1984, paralelamente ao Slayer, King integrou o Megadeth. A passagem durou apenas cinco shows na região de San Francisco. Ainda participou de discos do Pantera, Beastie Boys, Rob Zombie, Soulfly, Hatebreed, Sum 41 e Witchery.

Fora da música, é um colecionador de cobras. Possui um abrigo para répteis na Califórnia chamado Psychotic Exotics.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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