Mesmo que tenha realizado sua despedida dos palcos, o Kiss segue com muitos planos para o futuro, incluindo o lançamento de uma cinebiografia oficial. Chamado “Shout It Out Loud”, o filme é uma parceria com a Netflix, que se encarregará da promoção e distribuição, e ainda passa pelos estágios iniciais de produção.
Segundo o Deadline, os líderes e membros fundadores Paul Stanley e Gene Simmons vão colaborar ativamente com todo o processo. Já os outros integrantes originais do quarteto mascarado, Peter Criss (bateria) e Ace Frehley (guitarra), não parecem ter qualquer envolvimento — o que não é uma surpresa.
Durante entrevista para a rádio NJ 105.5 WDHA, transcrita pelo BraveWords, o guitarrista foi perguntado a respeito do assunto. Em resposta, ele disse estar idealizando por conta própria um longa-metragem do Kiss com foco em sua vida.
Nas palavras de Frehley, sua trajetória é a “mais interessante das quatro”, o que justifica a ideia.
“A única coisa que estou planejando é um filme do Kiss sobre minha vida, porque acho que minha vida é a mais interessante dos quatro membros originais. Sem ofensa aos outros caras, mas minha vida é como um conto de fadas.”
Ace Frehley e Kiss recentemente
Ace Frehley até havia declarado que o fim do Kiss após a conclusão da turnê de despedida “End of the Road” seria bom, já que a banda deixaria de falar sobre sua pessoa. Porém, o contrário parece que nunca vai acontecer.
Durante conversa com o Rock Antenne (via Blabbermouth), o guitarrista original do grupo falou sobre o prosseguimento da marca no formato de avatares.
A ação foi anunciada durante o último show do quarteto, realizado no início do mês em Nova York – cidade americana onde a história começou nos anos 1970. O primeiro Spaceman declarou:
“Não entendi a proposta dos avatares. Quero dizer, eu vi um pouco disso em um vídeo no YouTube ontem à noite. Parece algo voltado para crianças. E não é rock and roll. Subo no palco sem faixas de apoio, conecto meu amplificador, minha guitarra e pronto. É isso. Sempre foi assim e sempre será.”
Ace ainda negou ter assistido a derradeira apresentação dos antigos colegas. Ainda assim, reconheceu ter conferido outros registros online.
“Assisti a um vídeo no YouTube do show em Indianápolis e não fiquei impressionado. Mas é só a minha opinião. Tommy Thayer não é um mau guitarrista, apenas é mais mecânico do que eu. Ninguém pode copiar meus solos do jeito que eu os toco, porque sou desleixado e ninguém consegue se mover da mesma forma. Ninguém.”
Dando uma cutucada nos antigos colegas, em entrevista ao Ultimate Guitar, o Spaceman original ainda menciona se dar bem com quase todo mundo que passou pelo grupo – com exceção de Paul Stanley e Gene Simmons.
“É muito engraçado – sou amigo de todos os caras do Kiss. Até Eric Singer é um querido amigo meu. E agora sou amigo de Vinnie Vincent. Nunca tive problemas com nenhuma dessas pessoas. Mas, por alguma razão, Paul Stanley teve problemas com muitos deles, assim como Gene Simmons. Mas prefiro nem falar sobre esses caras, já que eles estão aposentados e a carreira deles está em declínio enquanto a minha está decolando.”
Sobre “Shout it Out Loud”
“Shout It Out Loud” contará a história do Kiss em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975. O norueguês Joachim Rønning (“Malévola: Dona do Mal”, “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “A Aventura de Kon-Tiki”) é o diretor. O roteiro é assinado por Ole Sanders.
Anteriormente, o empresário Doc McGhee havia anunciado que o lançamento aconteceria em 2024. Porém, de acordo com o baixista e vocalista Gene Simmons, o projeto recém está em seus primeiros passos, como destacou em entrevista ao LineaRock, da Itália (transcrita pelo Loudwire), em julho último.
“Temos um ótimo diretor, o cara que fez um dos ‘Piratas do Caribe’ com Johnny Depp. O roteiro está ficando muito bom. As coisas estão avançando. Mas ainda não começamos a filmar. As pessoas não entendem – você conhece uma garota e ela diz: ‘estou grávida.’ Então, na próxima semana você diz: ‘onde está o bebê?’. E você continua perguntando semana após semana após semana. As pessoas não entendem que os filmes levam anos. Ele será lançado depois que pararmos com as turnês.”
Sobre Ace Frehley
Nascido no Bronx, em Nova York, Paul Daniel Frehley começou a tocar guitarra ainda na infância, incentivado pela família. Participou de uma série de bandas amadoras entre o final dos anos 1960 e início dos 1970s.
A consagração veio quando se juntou ao Kiss. Esteve presente em dois momentos, entre 1972 e 1982, regressando em 1996 e ficando até 2002.
Criou o personagem Space Ace, além de ter desenhado o logotipo da banda. É até hoje o membro preferido de uma parte considerável dos fãs.
Na segunda metade dos anos 1980 comandou o Frehley’s Comet, que lançou dois discos de estúdio e teve repercussão mediana junto ao público. Possui sete álbuns solo, incluindo o lançado em 1978, quando ainda estava na banda que o tornou famoso.
“10,000 Volts”, novo álbum solo de Ace Frehley, sai dia 23 de fevereiro de 2024. O trabalho será disponibilizado pela MNRK Music, gravadora antes chamada eOne Music.
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Tá aí um filme que eu pagaria pra ver; a história de vida do Ace de fato é bem interessante. Porém, todavia, acho difícil um filme focado nele sair do papel, se ele precisar tomar alguma iniciativa que vá além das palavras, hahaha. Dito isso, amei o single novo, foi uma das músicas que mais ouvi no fim de 2023 no Spotify, e estou bastante ansioso para o disco completo!!! VIVA ACE!!!